A Garota do Quarto ao Lado

Capítulo 45

A Garota do Quarto ao Lado:
Capítulo: 45

Acordo com o celular despertando. Respiro fundo e desligo o mesmo. Olho pra Melanie, e ela dorme tranquilamente. Me levanto com cuidado para não acordá-la. Vou até o closet e percebo que tem algumas roupas minhas, talvez as que estavam para lavar quando eu me mudei.

Separo uma roupa e depois vou tomar banho. Fico algum tempo no banheiro, até que me sinta relaxado, depois saio do mesmo e vou me vestir. Quando saio do closet, ouço a voz de Mel:

— Vai sair? — A olho.

— Vou visitar meu pai na clínica, quer ir?

— Não vai ser estranho?

— Não, até porque eu falo de você pro meu pai — ela arqueia as sobrancelhas.

— E o que você fala?

— Nada demais. Se quiser ir, se arruma logo, vou falar para a Bruna te emprestar alguma coisa — digo e saio do quarto. Desço as escadas e vou para a cozinha. Estão Bruna e Guto — Bom dia.

— Bom dia — Respondem juntos.

— Pi, empresta uma roupa pra Mel, ela vai comigo na clínica.

— Empresto. Eu vou também.

— NÃO — Grita Guto. Arqueio as sobrancelhas, e Bruna olha pra ele — Quer dizer, porque você e a Mel não vão ao mercado enquanto isso?

— Ih, Guto. Eu quero ver meu pai, algum problema? — Responde minha irmã.

— C-claro que não, meu amor. Mas seria mais fácil ir no mercado.

— Vai você, eu hein — ela sai da cozinha.

— E agora? — Guto pergunta pra mim.

— Eu vou dar um jeito de você falar com o meu pai, sem ela por perto.

— Valeu mesmo, Luan — não falo nada.

Depois de tomarmos café, todos saímos. Viemos no carro que costumava ser meu, agora estamos no quarto, esperando meu pai voltar da Fisioterapia. Não demora para que isso aconteça.

— Uau, quanta gente. Tô ficando importante — diz meu pai.

— Oi pai, bença — dou um beijo na testa do meu pai.

— Oi, papai — Bruna da um beijo no meu pai.

— Que bom ver você, filha. Você tá tão linda — diz ele.

— Obrigada, papai. Como está indo?

— Tô melhorando, filha. Acho que até o natal posso ir pra casa.

— Que maravilha, pai. Se Deus quiser, vai dar certo — digo.

— Meus filhos e o traste do Guto eu conheço, mas e essa moça linda? — Diz olhando Mel.

— Pai, essa é a Mel. A minha vizinha, que eu falei pro senhor — digo puxando Melanie pela mão.

— Muito prazer, Mel. Muito linda, parabéns — Mel fica vermelha.

— Obrigada, senhor. Da pra ver onde o Luan aprendeu tanta educação — solto um sorrisinho. Só falta eu e ela se matar, e ela mete essa de educação.

— A mãe dele também teve crédito nisso. Ela foi uma mulher maravilhosa.

— Eu lembro dela, e do senhor também, quando vocês iam lá pra decorar o apartamento do Luan.

— Você já morava lá?

— Sim, seu Amarildo. Eu ajudava a sua esposa as vezes.

— Ah, você é a neta da Rosinha, não é?

— Isso.

— Caramba. Você era aquele toquinho de gente, virou esse mulherão. Você tinha quantos anos quando eu e a Lizete íamos lá?

— Eu tinha treze anos — arregalo os olhos.

— Quantos anos você tem, Melanie? — Pergunto.

— 19, você não sabia? — Ouço Guto gargalhando, e minha irmã falando um: "Meu Deus".

— Não, Melanie. Eu não sabia.

— E qual o problema da menina ter 19 anos? — Pergunta meu pai — Ela já é maior de idade, você também é maior de idade. Não existe problema nenhum nisso.

— Verdade — diz Mel — E eu sou mais madura que a sua ex, que te deixou largado as traças — Guto solta outra gargalhada alta, e Bruna Solta um: "Eita"

— Você é bem escrotinha, né?

— Você sempre soube disso, não sei porque essa surpresa.

— Mas já estão tendo a primeira briga de casal? — Pergunta meu pai.

— Eu e a Melanie somos só amigo, pai. O único casal aqui é Bruna e Guto. Enfim, vamos mudar o assunto. Como está indo sua recuperação, seu Amarildo? — Pergunto cruzando os braços.

— Muito bem, filho. Estou conseguindo mexer um pouco as mãos.

— Que maravilha, papai! — Exclama a minha irmã — Logo vai poder estar em casa conosco.

— Verdade, filha. Estou tão ansioso para isso, para voltar pra perto de vocês, ficar de olho no Senhor Augusto aí — dessa vez quem ri sou eu.

— Eu não te contei, né pai? O Guto se mudou lá pra casa. Estão morando juntos.

— Como é que é? Como assim, mocinha? — Meu pai olha Bruna.

— A gente ia vim falar com o senhor, papai. Eu juro.

— Tinha que ter vindo antes de se mudar. Isso é culpa sua — ele aponta para mim.

— Explica — digo, cruzando os braços.

— Se não tivesse se mudado, ele não iria se aboletar lá — respiro fundo.

— Mel, você e a Bruna podem ir dar uma volta, para eu ter uma conversa com meu pai e meu cunhado?

— Claro. Vamos, Bru?

— Gente, isso é desnecessário. Parem de agir como se eu não estivesse aqui.

—Você e seu irmão são dois irresponsáveis. Não vejo a hora de voltar e pôr ordem nessa bagunça.

— Luan, você não vai falar nada? O Guto é seu melhor amigo.

— Por isso mesmo eu estou preocupado. Eu conheço bem o meu filho e esse mané aí.

— Papai! — me aproximo da minha irmã, e seguro suas mãos.

— Deixa que eu resolvo isso, Pi. Porque você não vai na capela agradecer por nosso pai estar melhorando? Certeza que ele só está preocupado. Eu vou resolver isso, prometo.

— Tudo bem. Você vem Mel? — Melanie me olha e afirmo com a cabeça. Elas saem do quarto e eu olho meu pai e Guto.

— Chega dessa putaria, tá na hora de resolver isso!

GENTE, VOU DEIXAR AQUI A IDADE DOS PERSONAGENS.

LUAN: 23 ANOS
GUTO: 23 ANOS
MEL: 19 ANOS
BRUNA: 21 ANOS
JADE: 21 ANOS