Três.

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5 de março/2019

Bruna estava tão ansiosa que acordou antes do despertador, não conseguiu voltar a dormir então levou e foi tomar banho. Seus pais estavam tomando café na mesa quando a menina desceu.

-Bom dia mamãe e papai - disse a garota ao descer.

-Bom dia minha filha - respondeu seu pai contente.

A garota se sentou à mesa e começou a comer as frutas que haviam ali.

-Eu e seu pai iremos fazer uma viagem a trabalho hoje - disse sua mãe - devemos estar de volta até seu aniversário.

A garota apenas concordou com a cabeça, aquilo não era novidade pra ela.

Depois do café, foi com seu pai até a escola, o mesmo lhe desejou um bom primeiro dia, se sentia tão ansiosa que suas mãos suavam e suas pernas estavam trêmulas.

Sua aula começou exatamente às 7h da manhã, foi tudo bem tranquilo, depois de um tempo conseguiu relaxar e umas meninas vieram conversar com ela. Até que eram legais e a chamaram pra passar o intervalo com elas.

No fim das aulas a garota decidiu dar uma volta pela escola, queria conhecer o lugar. Até que era bem interessante e bonito, muitas árvores, o vento fresco, a biblioteca linda. Explorava tudo com seus fones de ouvido no máximo, andava distraída até que de repente seu corpo foi arremessado ao chão.

-AI PUTA MERDA - a garota dizia com dor.

-Cacete foi sem querer, não te vi aqui - disse um garoto desconhecido.

-Como você não me viu aqui, está cego? - expressou com raiva.

-Ei, calma aí garotinha, não seja grosseria - a outra elas revirou os olhos -você se machucou?

-Sim, meu pé tá doendo muito.

O garoto pensou por uns segundos no que iria fazer.

-Ei, o que você está fazendo? - disse a garota quando ele a pegou e jogou em seus ombros.

-Vou te levar até sua casa, seus pais podem cuidar de você.

-Meus pais não estam em casa.

-Então eu dou um jeito nisso.

Ele levou a garota até seu carro e depois perguntou onde a mesma morava, ela não sabia se deveria confiar seu endereço a um estranho que acabou de conhecer, mas seu pé doía tanto que resolveu que iria dar uma chance.

Chegando lá, ele pegou ela no estilo noiva e levou até a sala da casa, retirou o tênis e viu que estava bem inchado a área.

-Acho que seu pé tá torcido.

A garota se desesperou, nunca tinha passado por aquilo e não sabia lidar.

-Ei, relaxa, vou resolver.

Ele virou o pé da garota bem rápido e colocou de volta no lugar, ela achou que ele tinha quebrado seu pé.

-O QUE VOCÊ FEZ COM O MEU PÉ?

-Coloquei ele no lugar, relaxa, gatinha.

Gatinha? Quem esse cara pensa que é - pensou.

- Depois você toma um remédio pra dor, tenho que ir.

Ia saindo, porém voltou.

-É melhor eu conferir se você consegue andar.

-Não precisa, pode ir embora.

Ele ignorou e foi até ela, puxou a mesma do sofá e colocou as mãos dela em seus ombros enquanto sua mão estava na cintura dela.

-Está sentido dor?

-Um pouco, acho que dá pra me virar.

-Quando seus pais irão voltar?

-Eu não sei.

-Não sabe?

-É.

-Hum, então irei deixar meu número com você, qualquer coisa você pode me ligar.

-Te ligar? - a garota dizia rindo - eu nem sei quem você é, não vou confiar em um estranho.

-Tecnicamente você já confiou em mim quando me deixou vir até aqui - olhou com cara de convencido - prazer, Pedro.

-Bruna - respondeu enquanto apertavam as mãos.

-Viu, agora não somos mais estranhos, pode me ligar se precisar de algo.

Pedro seguiu pra fora da casa e Bruna estava um pouco mexida, o cara era simplesmente lindo e generoso, ajudou ela sem pedir nada em troca e ainda se deixou disponível caso precisasse de algo, talvez ela estivesse tendo uma quedinha por ele.

Mal sabe ela que essa quedinha vai levá-la ao inferno.

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