Nove.

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2 de setembro/2019.

  Bruna estava ficando cada vez mais deprimida, Pedro passava a maior parte do tempo longe e quando procurava ela era para transar. Não tinha mais aquele cuidado que tinha no início, não recebia mais presentes, muito menos presença.

  Já havia um tempo que se sentia pouco disposta, tinha insônia, dores no corpo e tudo que comia colocava para fora. Pedro dizia para ela parar de drama porque não era nada demais.

  Suas olheiras estavam aumentando e suas amigas estavam preocupadas, Bruna contou sobre os sintomas e elas ficaram desconfiadas de uma gravidez.

  Bruna falou para elas que não era aquilo, porém ficou na sua cabeça. Resolveu fazer um teste de farmácia para tirar as paranóias e...

    Positivo...

   Aquilo não podia ser verdade, fez mais dois testes e os dois deram positivo. Começou a chorar sem saber o que fazer e como iria contar para Pedro, e pior, seus pais.

  Ligou para Pedro várias vezes e não foi atendida em nenhuma vez, continuou chorando no chão do banheiro.

  Já era noite quando Pedro retornou as ligações e Bruna pediu para que ele fosse até lá.

  Pedro chegou e eles foram até o sofá.

  —Você estava chorando? — Bruna concordou com a cabeça — eu sei um jeito de te deixar feliz — foi pra cima da garota.

  —Pedro, agora não. A gente precisa conversar!

  —Conversar sobre o que?

   Bruna foi até a bancada e pegou os testes entregando nas mãos de Pedro.

  —O que é isso, Bruna? — estava bravo.

  —Eu estou grávida, Pedro — chorava de novo.

  —Grávida? — levantou bravo — você espera que eu acredite que esse filho é meu?

  —Óbvio que é seu! Eu não tive relações com mais ninguém — chorava — você sabe que eu era virgem.

  —Você era virgem a meses atrás, quem me garante que você não está se encontrando com outras pessoas nesse meio tempo?

  —Pedro, eu não fiz isso! Esse filho é seu.

  —NÃO É MEU! — gritou — bem que eu já estava sentindo você mais larga, já não sentia mais dor enquanto nós transavamos, deve estar bem acostumada com o seu amante.

  —Pedro, para com isso, por favor! Eu nunca trairia você, eu te amo.

  —Você acha que eu acredito nisso? — riu sarcástico — você é uma vagabunda! Agora eu entendo porquê você sempre negou pra mim, se satisfazia com o outro.

  Bruna chorava mais e Pedro continuou falando:

—Você sempre foi uma puta, sempre percebi você dando confiança pra aqueles muleques na escola, você deve estar grávida de algum deles.

  —Isso nunca aconteceu, Pedro! Eu nem falava com eles, quando você pediu para eu me afastar, eu fiz!

  —Você não cansa de ficar mentindo? — riu — eu não quero mais nada com você, não me procura mais.

  —Pedro, você vai me deixar agora? O que eu vou fazer com esse bebê?

  —Se vira, porra! Na hora de fazer você gostou. Não pense que vou assumir filho dos outros, não me procure NUNCA MAIS!

 

  Pedro foi embora!

  E agora? O que faria? Grávida adolescente e ainda mãe solo. Sentou no sofá e se afundou nos travesseiros chorando. Pedro havia a bloqueado de tudo e simplesmente sumido. Ela nem se quer sabia onde o mesmo morava, não sabia sobre sua vida, com quem andava, com quem falava, onde trabalhava, ele nunca deixou ela se aproximar, dizia que os outros não podiam saber dos dois.

  Agora ela não sabia onde procurá-lo e nem o que fazer.

                                   🕒

  Seus pais chegaram e a viram chorando no sofá, foram até ela e a mesma confessou tudo. Contou sobre Pedro e das coisas que fizeram e que agora estava grávida.

  Sua mãe começou a chorar e seu pai a surtar. Dizia que ela iria estragar a reputação da família com aquilo, que era doida por estar grávida adolescente e sem um marido. Seu pai ficou pior ainda quando soube que o garoto sumiu e ela não sabia nem onde procurá-lo.

  Pedro sumiu da escola e Bruna não o via em nenhum lugar da cidade. Depois de uns dias seus pais resolveram manda-la para a casa de seus avós no interior para que pudesse ter o bebê as escondidas.

  Bruna ficava mais deprimida a cada dia, mas mesmo assim não rejeitava o bebê. Chorava de saudades e de tristeza, o pequeno era a única lembrança que ela tinha de Pedro. Ele foi, mas deixou um pedaço dele com ela.







                  Fim!
    Obrigada a quem acompanhou até aqui. Vocês são demais!

  

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