Sete.

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  24 de março/2019

   Bruna já estava totalmente adaptada à nova escola, tinha contato com todos os colegas e classe e suas amigas eram ótimas.

  Pedro mandou uma mensagem.

  

Me encontre no estacionamento 10 minutos depois que o sinal bater.

                                            Tá bom, amor❤️

Assim Bruna fez.

  Encontrou Pedro no estacionamento e entrou no carro, a expressão dele não era nada boa.

  —Oi, amor. Está tudo bem? — foi ignorada.

  Tentou abraça-lo, porém ele tirou os braços dela.

  Ligou o carro e foi em direção a casa de Bruna em completo silêncio.
 
  Chegando lá, eles entraram em silêncio e Bruna tinha medo do que viria pela frente.

  —Pode me dizer porquê está com essa cara? — Bruna perguntou.

Pedro deu uma risada sarcástica e disse:

  —Você ainda pergunta? — tinha raiva em sua fala.

Bruna tinha uma expressão de confusão, Pedro disse:

  —Quem era aquele desgraçado que estava sentado com você no refeitório? E POR QUE VOCÊ ESTAVA LÁ COM ELE? — gritou.

  —Amor, ele é amigo da Patrícia, eu nem falei com ele.

  —NÃO IMPORTA — disse indo pra cima dela — VOCÊ NÃO DEVERIA ESTAR NO MESMO LUGAR QUE TEM OUTRO HOMEM — riu sarcasticamente — Qual é? Por acaso está interessada nele?

  —Amor não é nada disso, se acalma, por favor — já tinha expressão de choro.

  —Me acalmar, Bruna? — riu — minha vontade é de MATAR VOCÊ.

Bruna começou a chorar.

  —Amor, não é nada disso — chorava — eu te amo.

  —Me ama? Você é uma VAGABUNDA! Eu vou embora daqui.

  —Não, amor. Por favor, não vai — dizia em prantos e tentava segurar Pedro pelos braços.

  —NÃO ENCOSTA EM MIM — disse e deu um tapa no rosto de Bruna.

  A mesma não sabia como reagir. Parou o choro e colocou suas mãos no rosto.

  —Amor, desculpa, desculpa — foi em direção a garota colocando suas mãos no rosto dela.

  Bruna foi para trás e disse:

  —NÃO ENCOSTA EM MIM, PEDRO. VAI EMBORA DAQUI.

  —Não, amor. Por favor, me perdoa — se ajoelhou e começou a chorar — eu, eu não sei o que deu em mim, me desculpa.

  —Vai embora, Pedro. Por favor, vai — dizia chorando.

  Pedro levantou e andou até a porta.

  —Me perdoa, amor, por favor — disse mais uma vez.

  Bruna não disse nada e Pedro foi embora.

  A mesma foi até seu quarto, se deitou e começou a chorar. Por que o amor machucava tanto? Não era ser assim, né?

  Ponto de vista de Pedro.

 

  Por que aquela garota tinha que ser tão dramática? Não servia nem pra comer e ainda me faz passar por essas situações — Pedro pensava.

  Enquanto dirigia até um bar que tinha ali perto, iria beber até cair.

  Decidiu mandar uma mensagem para Bruna.

Espero que você possa me desculpar, vou trabalhar agora. Eu te amo.

  Deixou o recado e desligou o celular, não queria ter que atender caso ela ligasse.

  Pedro nem se quer tinha um trabalho.

  Passava suas tardes no bar bebendo com os amigos e rodeado das garotas que trabalhavam lá.

  Sua mãe recebia aposentadoria e Pedro pagava o dinheiro para gastar consigo mesmo.

  —Oi, gatinho — era Nathália, uma das prostitutas de lá — você parece estressado, talvez eu possa te ajudar com isso — disse em um tom sugestivo.

  —Me espere no quarto, vou só pegar umas cervejas e já estou indo.

  —Te espero lá, gatinho — disse indo em direção ao quarto.

  Nathália era uma mulher gostosa e Pedro já estava de pau duro para ela. Ao contrário de Bruna, essas sim sabiam satisfaze-lo.

                                  🕒

Ponto de vista de Bruna.

   Bruna estava sentada a mesa com seus pais para a janta, quase não tocou na comida e seus pais ficaram preocupados.

  A garota apenas disse que estava sem fome porquê já tinha comido algo antes.

  Tentou falar com Pedro, mas o mesmo não atendeu ao telefone. A mesma desistiu pois não queria atrapalha-lo em seu trabalho.

  Tinha tido um dia horrível e já estava pronta para dormir quando ouviu barulhos em sua janela, era Pedro jogando pedras.

  Desceu silenciosamente para não acordar seus pais e abriu a porta.

  —Oi, amor — disse Pedro — eu queria me desculpar de novo, posso entrar?

  —Entra, só não faz muito barulho, meus pais estão em casa.

  Entraram e foram em direção ao sofá, sentando nele.

  —Eu pensei em você o dia todo, estava morrendo de saudades — Pedro disse — eu trouxe uma coisa pra você me desculpar.

  Tirou do bolso um cordão de ouro com uma pedra e um chocolate.

  —Que lindo, Pedro — disse enquanto pegava o cordão nas mãos.

  —É o seu chocolate preferido.

  —Você lembrou?

  —Como eu poderia esquecer — pegou o rosto da garota e trouxe para perto — Você me desculpa?

  —Sim, amor. Só não faz isso de novo.

  —Eu prometo nunca mais fazer isso, eu te amo — beijou a garota.

 

 

 

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