Quatro.

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  Bruna não podia negar que o resto daquele dia estava totalmente chato, não fez muita coisa além de ficar deitada assistindo televisão, seu pé doía bastante quando encostava no chão.

  Ela queria ligar para Pedro, porém não sabia se estaria incomodando, talvez ele tivesse uma namorada ou estivesse fazendo alguma coisa mais interessante do que estar com ela agora.

  Porém ele se deixou disponível, então ela iria ligar.

  —Alooodisse Pedro.

  —Oi, é a Bruna.

  —Ah, oi, Bruna. Está tudo bem?

  —Meu pé está doendo e você disse que eu poderia ligar.

  —Hum, verdade. Você já jantou?

  —Não, faz bastante tempo desde que eu comi algo, meu pé doe quando eu piso no chão.

  —Então eu vou pra aí e levo alguma coisa, você gosta de pizza?

  —Eu amo pizza — disse empolgada.

  —Qual sabor você quer?

  —Quatro queijos.

  —Ok, vou passar pra comprar e Jajá estou aí.

  —Estou te esperando.

  Desligaram a chamada e Bruna tinha um sorriso bobo no rosto.

  Depois de 1h Pedro ainda não tinha aparecido e Bruna achava que tinha tomado um bolo, até que campainha tocou. A menina foi em um pé só até a porta.

  Quando abriu pensou que ia cair pra trás, Pedro usava uma calça jeans e uma jaqueta de motoqueiro, seu cabelo estava bagunçado e seu sorriso estava lindo.

  —Posso entrar? —disse Pedro.

  —Claro!

  Os dois caminharam até a sala e começaram uma conversa enquanto comiam, estava muito divertido para ambos.

  —Oi? 14 anos? É brincadeira, né? — disse Pedro.

  —É sério, mas não por muito tempo, meu aniversário está chegando.

  —Você não parece ter 14 anos, é bem bonita pra sua idade — Bruna ficou envergonhada e Pedro percebeu — quando é seu aniversário?

  —Dia 11 de março.

  —Tá chegando, vai ficar velhinha — eles riram — vai fazer festa de debutante? Porque eu quero ser convidado.

  —Não vou fazer — disse rindo — Não tenho amigos para convidar.

  —Eu sou seu amigo.

  —Você é meu amigo? — disse em tom de ironia e o outro concordou como se fosse óbvio — só nos conhecemos a algumas horas.

  —Só por isso não podemos ser amigos? Eu gosto de você, Bruninha.

  Outro apelido, até que eu gosto — pensou.

  —Então tá, Pedrinho, somos amigos.

  Eles continuaram conversando e rindo bastante até a hora do Pedro ir embora.

  —Já está na minha hora, melhor eu ir embora.

  —Mas já, tá cedo ainda — disse uma Bruna triste.

  —Ei, não fique assim, eu posso voltar aqui amanhã.

  —Hum — fez biquinho.

  —Você consegue subir até seu quarto?

  —Consigo, mas é bem difícil.

  —Quer ajuda?

  —Não precisa, pode ir embora.

  —Faço questão.

 
  Pedro pegou Bruna no colo e levou até o andar de cima, colocou ela na cama e jogou a coberta por cima. Parou um momento pra olhar aquelas pernas descobertas pelo pijama curto.

  —Então eu já vou, boa noite.

  —Boa noite.

  Pedro desceu as escadas e foi embora da casa da garota.

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