Seis.

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  Uma semana depois do primeiro beijo e as coisas estavam ótimas com os pombinhos, combinavam tanto que pareciam ser feitos um para o outro.

  Pedro iria na casa de Bruna pela tarde, é o horário que seus pais não estariam em casa.

  Assim que ele entrou na casa da garota, deram um beijo cheio de saudade e apaixonado, eles eram tão fofos juntos. Foram sentar no sofá.

  —Quero aproveitar bastante com você antes de ter que voltar pro trabalho — disse Pedro.

  —A gente precisa conversar sobre uma coisa.

  Pedro ficou preocupado.

  —Eu fiz alguma coisa?

  —Sim.

  —O que é?

  —Primeiro eu queria saber, o que é isso que a gente tem?

  Pedro pensou por um segundo.

  —Acho que é namoro, se você quiser que seja.

  —Um namoro? — o menino concordou com a cabeça — Se é um namoro, por que você não fala comigo na escola?

  Pedro abaixou a cabeça.

  —Olha, Bruna. Eu queria muito poder falar com você na escola, poder andar de mãos dadas, abraçados, te beijar, mas não podemos fazer isso.

  —Por que não?

  —Você não percebe que nosso amor não vai ser aceito pela sociedade, você só tem 15 anos e eu já tenho 19. Todos vão nos julgar, são pais podem não aceitar a gente e eu posso acabar indo preso.

  —A opinião dos meus pais não importa, e eu não denunciaria você.

  —Importa sim, porque se eles quiserem nos separar e eu não puder mais te ver, eu vou pirar de verdade. Além de que qualquer um poderia me denunciar.

  —Eu poderia sair de casa, fugir com você.

  —Não seja doida, o dinheiro que eu ganho mal dá pras minhas despesas, além de que se a gente fugisse eu teria que largar ele e não teria mais dinheiro.

  Bruna ficou cabisbaixa.

  —Ei, olha pra mim — disse Pedro se aproximando e pegando no queixo da garota — eu te amo demais pra querer que algo aconteça com você.

    Espera, ele me ama — Bruna pensou.

  —Você me ama? — perguntou e a garota respondeu que sim imediatamente — então você tem que ser paciente, com o tempo a gente vai conseguir sair dessa. Por enquanto tem que ser assim, infelizmente. Você não pode comentar sobre nós com ninguém.

  Bruna concordou cabisbaixa.

  Pedro começou a mudar de assunto e falar sobre o trabalho.

  —As pessoas daquele lugar são muito tóxicas, insuportáveis, se eu não precisasse tanto do dinheiro já teria saído de lá.

  —Poxa, achei que você gostasse do trabalho.

  —Eu gosto do trabalho, não gosto das pessoas.

  —Hum, que chato. Tem alguma coisa que eu possa fazer pra você se animar?

  Pedro pensou enquanto olhava pra garota, queria pedir uma coisa, mas achava que a garota não ia querer.

  —Até tem, mas não precisa fazer nada.

  —Me diz o que é, se estiver ao meu alcance irei fazer.

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