Deixada no altar: Kim Taehyung

Capítulo 06

— Você acha melhor usar rosas brancas ou vermelhas? — Encaro a loira falante.
— Estou na dúvida

Rosé está sentada a minha frente, sendo que do outro lado da pequena mesa.  Do buffet do hotel.

— Porque não, Lírios vermelhos? — Opinei bebendo um gole do suco amargo de limão.

— Isso! Lírios — Rosé fala entusiasmada dando leves palminhas
— Você é única, S/n. — Disse segurando em minha mão.
— Eu sinto que seremos boas amigas.

Sorrio envergonhada. Ela é uma pessoa boa e altamente alegre. Seu carisma é verdadeiro.

— Espero que sim, Srt. Rosé — Digo, logo em seguida reviso o celular.

— Rosé, estava te procurando... — Olho para Kim Taehyung que acabou de chegar aqui.
— Bom dia, S/n. — Sorrio levemente com pingos de ironia.

— Oi amor. Esqueci de te avisar que viria tomar café com a S/n. — Falou a loira com os olhos brilhantes.
— Está tudo bem?

— Sim. Posso me juntar? — Perguntou ele

Não, não e não!

— Claro, amor. Você não se incomodaria. Certo, S/n? — Murmurou Rosé. Em seguida selando os lábios do Kim.

— Não, não! — Na verdade sim, porém não vou falar isso.

Fico concentrada no celular por alguns instantes enquanto os dois ficavam de namorico.

— E você, S/n, está saindo com alguém? — Mudo minha visão do aparelho para a mulher.

Olho de relance para Kim Taehyung, que espera ansiosamente por minha resposta.

Seus olhos contém sarcasmo e ironia.

— Sim. Quando tenho tempo de vê-lo...

Faço uma pequena careta quando ele começa a rir descaradamente.

Sua risada foi interrompida pelo o barulho estridente do toque do celular da Rosé.

— Com licença, preciso atender... — Assinto logo vendo a mesma sair.

— É sério? — Ouço o mesmo falar. Encaro sua feição ridiculamente linda.
— Saindo com alguém — Falou bebendo um gole de chá.

— O quê? Acha que não sou capaz? — Perguntei levantando a sobrancelhas.

— Claro que não. Pelo o contrário, você é capaz de arrumar qualquer homem que desejar — Murmurou ficando seu olhar em mim.

Agora chega a minha vez de rir. Não rir de algo engraçado, mais de irritação.

Como ele ousa?

Me quebrou por completo e depois vem falar isso.

— É sério? Eu olho para você e só enxergo um palhaço irrelevante. — Falei levantando do assento.
— As vezes penso comigo mesma: Kim Taehyung, já existiu mesmo na minha cabeça ou foi só um delírio?

Coloco o celular dentro da bolsa.

— Você não pode pensar que nunca existir aí dentro, porque eu existi e permaneço existindo — Falou ficando de pé também.
— Viver sem mim, você pode até viver. Agora se livrar, jamais!

Seu murmuro preenche meus ouvidos.

— Na verdade eu já me livrei de você há 5 anos atrás, Kim Taehyung. — Sussurrei para ele colocando meu cabelo atrás da orelha.
— Você que fez o favor de ir embora... Então eu e você acabamos de nos conhecer.

— Eu não lhe abandonei, porra! — Disse entre dentes
— Fui forçado.

Coloco a mão na testa sorrindo desacreditada.

— É claro. Você foi um completo vagabundo. E eu te odeio demais, sabia? — Falei logo dando a meia volta e saindo dali.

Ser forçado ir embora é uma coisa, e ser covarde é outra.

Jogo a bolsa de mão em cima da minha mesa de escritório. Sacudindo meus braços nervosamente.

Não vejo a hora de tudo isso terminar. E eu não vê-lo nunca mais.

Respiro fundo fechando os olhos com força.

Eu só queria uma passagem para outro país agora. Esquecer um pouco dessa vida pacata e correr pelada com um homem atrás.

Eu me sinto entre a cruz e a espada.

Puta merda.

É como lavar uma sandália branca, e em seguida pisar na lama.

Só não irei falar tudo para a Rosé, porque ela é uma boa mulher, e não merece idiotices na mente.

— S/n! — Encaro Bo- gum que está prestes a entrar no cômodo.
— Tenho algo para nós, hoje a noite, topa? — Reviro os olhos.

— Você já percebeu que me faz convites todos os dias? — Falei sentando-me na poltrona. Seu sorriso ladino é convencido.

— E você recusa todos. — Estralo a língua movendo minhas mãos com os papéis.

— Hoje é seu dia de sorte, meu jovem — Murmurei sem prestar atenção nele.
— Vá me buscar as 20:00!

— Você está bem? — perguntou Bo-gum, faço careta.

— Sem gracinhas. Até lá posso mudar de ideia, não esqueça. — Dito encarando sua face.

— Nem pense nisso, mulher!

Continua...

Pode conter erros ortográficos.