ray of sunshine

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Sunoo.

A resposta de Park foi suficiente para me dar coragem e o seguir até o balcão, um pouco depois dele para não parecer muito esquisito. Então ele era completamente gay, assim como eu. Sei que ele não disse aquilo para mim, sobre estar aberto a conhecer novas pessoas, mas, eu sou um amigo gay do meu irmão que está interessado nele. Sei também que se eu não agir, irei criar raízes ao esperar com que ele faça alguma coisa, por isso estou aqui na sua frente, sem saber como puxar um assunto.

— Kim Sunoo – ele me olhou com a sobrancelha arqueada. — O meu nome, sabe? É injusto que eu saiba o seu e você não saiba o meu.

— O meu é Park Sunghoon – se eu não tivesse tão nervoso quanto ele, daria uma risada e uma resposta sarcástica. — Que você já sabe, mas eu queria que tivéssemos uma apresentação formal. Quer outro café?

— Eu também sou completamente gay – seu olhar mudou de envergonhado para surpreso. — E estou interessado em você.

— Isso é algum tipo de brincadeira? Porque se for, não tem muita graça assim.

Por que eu estaria brincando? Se fosse eu em seu lugar, só acharia que estivessem brincando se eu gostasse da pessoa que falou isso. Espera... Ele gosta de mim? Meu Deus.

— O que? – Ele tinha ficado sério derrepente. — Não! Não é brincadeira. Eu venho aqui todos os dias simplesmente para te ver, não teria como brincar com uma coisa dessas.

— O que? – Mais uma vez, ele ficou envergonhado e surpreso. — Eu comecei a trabalhar aqui só para te ver...

— Você quem está brincando agora.

— Eu juro por Deus.

Sorri de lado. Ele era mais fofo ainda quando não estava me perguntando se eu iria querer o de sempre, ou apenas me desejando boa noite. Ficamos por um bom tempo conversando, até que seu avô, que é um grande amigo do meu irmão, veio nos avisar que na iria fechar a cafeteria.

Heeseung e os meninos foram na frente, até mesmo Jay juntou-se a eles, só para que Sunghoon e eu tivéssemos mais tempo juntos. Ele era atencioso, prestava atenção em absolutamente tudo que eu falava. Contei para ele tudo que gostava de fazer, de comer, de ouvir, de assistir e muito mais. Ele também me contou as mesmas coisas, disse que antes de me conhecer, passava o dia inteiro jogando jogos on-line e que quase saia de casa, mas, parece que foi atingindo em cheio pelo efeito "K.S", que é como ele me conhecia.

— Você quer sair comigo no sábado, Hoon?

— Eu quero sair com você todos os dias da semana – pela incontável vez nessa noite, foi a minha vez de ficar envergonhado. — Não posso no sábado, infelizmente, mas se tiver livre na sexta-feira a noite.

— Para você estarei sempre livre.

— Perfeito então, pois eu também sempre estarei livre para você.

Sorri e me despedi do mesmo que me trouxe até a porta da minha casa. Ele não sabia onde era, podia até ter me observado de longe por esses anos mas não era um maluco perseguidor, afinal, não sabia nem o meu nome. Eu lhe mostrei o caminho e descobrimos que moramos bem perto um do outro. Creio eu que esse pode ser considerado como o melhor dia da minha vida inteira.