Uma paixão incontrolável

Capítulo 15

Sn *POV*

Eu passei a aula toda distraída, não conseguia parar de pensar no que aconteceu mais cedo.

Daniele - Tá tudo bem Sn? Tô te achando meio preocupada.

- Hã? Tá sim, tá tudo bem.

Assim que a aula terminou saí da faculdade, corri pra rua e peguei um táxi, pedi pra que ele me deixasse em frente a empresa, eu tinha coisas a resolver, não poderia passar o dia todo pensando no que aconteceu.

Ao chegar na minha sala liguei em vídeo para minha mãe.

Mãe - Filha, achei que você tinha esquecido da sua mãe

- Desculpe mamãe, eu tive um final de semana agitado, como você está? Cadê o papai?

Mãe - Estamos bem, o seu pai está no jardim brincando com seu sobrinho, seu irmão viajou e pediu pra que ficássemos com o Ian.

- Ah mamãe, me deixa ver ele um pouco.

Mãe - Deixo sim, mas antes quero saber do Jong.

Sempre que eu falava com minha mãe ela perguntava pelo Jong.

- Não sei, ele deve estar na sala dele, eu não falei com ele hoje.

O Jong é o gerente de marketing da empresa.

Mãe - Sn minha filha, por que você não namora com esse homem?

- Mãe, eu já disse que eu e Jong somos apenas amigos, nunca aconteceu nada entre a gente e nunca vai acontecer, é melhor você aceitar isso logo, agora me deixa ver o papai e meu sobrinho.

Mãe - Ah tudo bem, eu não falo mais nada, depois não fique ai chorando pitangas.

Minha mãe deu o telefone para o meu pai que mal falou comigo, pois estava empolgado brincando com o neto.

Pai - Oi filha, o papai te ama.

- Também te amo papai, mas preciso falar com você sobre a filial de Seul.

Pai - Você não vai pra Seul, é muito mais longe que Londres.

- Mas pai, é um oportunidade única.

Pai - Depois falamos disso.

Mamãe pegou o telefone e foi logo falando.

Mãe - Eu concordo com seu pai, que invenção essa sua de ir pra Seul, fica do outro lado do mundo, por mim você voltaria pra casa agora mesmo.

- Você sabe que eu não pretendo voltar pra o Brasil tão cedo né? Eu tenho muitas coisas a fazer aqui ainda.

Mãe - Mas faltam menos de 6 meses pra você terminar a faculdade, vai ficar fazendo o que aí depois disso?

- Mamãe, eu gerencio essa empresa e eu tenho planos pra ela.

Mãe - Se você se casar com o Jong, eu convenço seu pai a te deixar ir pra Seul.

Reviro os olhos pra ela, que ideia maluca foi essa?

- Mãe, vou desligar tenho uma reunião agora, beijos, amo vocês.

Mãe - Te amamos um beijo, mande um beijo pro Jong por mim.

- Ok ok, até mais.

Desligo sem esperar resposta, eu vou enlouquecer se ela não parar com isso.

O resto do dia foi bastante corrido, mal tive tempo de almoçar, e também não olhei meu telefone, iríamos novamente pro show dessa noite, convenci Jong a ir comigo, pois não queria ir sozinha.

- Ah por favor Jong, você não vai fazer nada essa noite mesmo.

Jong - Quem disse? Tá sabendo da minha vida mais do que eu mesmo, eu não quer ir hoje.

- Por favor, eu te recompenso depois.

Jong - Ok eu vou com você, mas vou cobrar a recompensa depois.

- Você é o melhor, te vejo mais tarde, eu vou pra casa com você hoje.

Jong - O que deu em você? E essa mania de ir andando pra todo lugar?

"Eu só quero chegar em casa mais rápido pra me arrumar.

Jong - Ok, te vejo daqui a pouco.

Eu não gostava de mentir pro Jong, mas sei que ele ficaria preocupado se soubesse o que aconteceu essa manhã, mas a verdade é que eu estava assustada.

Terminei meu expediente, peguei minhas coisas e fui até a sala de Jong.

- Vamos, eu preciso me arrumar.

Jong se levantou pegou sua bolsa, descemos para o estacionamento, ao sair vi Mathew parado na entrada da empresa, meu coração gelou.

"O que ele está fazendo aqui? Ele está me perseguindo?"

Fui distraída de meus pensamentos por Jong.

Jong - O que está acontecendo Sn? tô te achando meio estranha.

- Nada, tá tudo bem, só estou me sentindo sobrecarregada com a faculdade e o trabalho

Sorri fraco para Jong que se concentrou na estrada, peguei meu celular e vi uma mensagem de um contato salvo como Jin o mais lindo, não pude deixar de sorrir, era bem a cara dele fazer isso.

Abri a mensagem.

Jin - Oi como está sendo sua manhã? Já sinto sua falta.

A mensagem foi enviada por voltas das 11 da manhã e eu não vi, ele deve estar enloquecendo com meu sumiço, no lugar dele eu estaria.

Respondo a mensagem.

- Me desculpe pelo sumiço, o dia hoje foi bem corrido, mas foi muito tranquilo, vejo você daqui a pouco.

Quase que instantaneamente recebi sua resposta.

Jin - Achei que você tinha voltado para o Brasil e que não iria falar mais comigo, até já.

- Não seja tão dramático.

Guardo o telefone.
Ao chegar no prédio desço do carro e subo correndo para me arrumar, preciso ver o Jin.