Capítulo 44

87 4 0
                                    

Sn *POV*

O Jin voltou de viagem a primeira semana foi ótima, passamos bastante tempo juntos, parecia que agora ficaria tudo bem, mas eu estava enganada.

Ele continuava trabalhando muito e não me dava atenção, eu sei que ele precisa dar tudo de si pelo trabalho dele, mas ele estava estranho, não era só a falta de tempo que o afastava de mim, eu me sentia cada vez mais magoada, ferida. Todas as vezes que eu tentava conversar com ele, a gente brigava, mas no dia que ele disse que se eu quisesse poderia ir embora, aquilo partiu meu coração em milhares de pedaços, como ele tinha coragem de dizer isso?

Joong - Você tá prestando atenção no que eu tô falando?

- Ãn? Tô sim, pode continuar.

Joong - Conta pra mim o que tá acontecendo, você prometeu que não esconderia mais nada de mim.

- É o Jin, a gente tem brigado muito e ele hoje quase me disse que deveríamos terminar.

Joong - Ele disse isso?

- Não exatamente.

Conto pra ele sobre a briga de hoje mais cedo, e choro.

Já a três dias não vejo Jin, não tenho coragem de olhar pra ele depois do que ele me disse, saio cedo, chego tarde, ele liga e eu não atendo, respondo as mensagens apenas com uma ou duas palavras.

Eu sei que precisamos conversar, estou adiando isso, mas decido ir pra casa mais cedo, amanhã ele viaja para o Japão, precisamos nos resolver.

Entro em casa e vou direto pro estúdio a porta está meio aberta, ouço a voz de Yoongi.

Sg - Você não a ama mais?

Jin - Amo, eu só não gosto mais dela, ela invade meu espaço pessoal, tem coisas dela em todos os cômodos da casa, eu não tenho mais privacidade, só queria poder ficar sozinho um pouco.

Sg - E por que não fala isso pra ela?

Jin - Eu não sei como falar isso sem magoar ela.

Sinto as lágrimas escorrendo por meu rosto, não quero ficar aqui.

- Paul, me dê a chave do carro.

Sr. Davis - Eu posso levar você onde quiser ir.

- Eu quero ir sozinha, me dê a chave e não me siga ou eu demito você.

Ele me entrega a chave relutante, pego e saio de casa correndo, desço até garagem ligo carro e saio sem rumo, preciso apenas dirigir por aí, dou algumas voltas na cidade, e paro próximo ao Rio Ham, meu telefone toca, é o Jin, desligo o aparelho, não quero falar com ninguém agora.

Passo horas sentada em uma pedra observando o movimento das águas, vejo pessoas indo e vindo, casais apaixonados e só consigo pensar em como chegamos até aqui, como chegamos até esse momento, ele me prometeu que se mudasse de ideia me diria. Muitas perguntas passam pela minha cabeça agora.

"Como assim me ama, só não gosta mais de mim?"
"Eu invado seu espaço pessoal?"
"Será que ele se apaixonou por outra pessoa?"
"Por que ele não me falou como estava se sentindo?"

Está anoitecendo e eu decido voltar pra casa, quando entro Jin corre em minha direção.

Jin - Onde você estava?

- Andando por ai.

Jin - E por que não avisou? Ficamos preocupados.

- Eu queria ficar sozinha um pouco, vou dormir estou cansada.

Jin - A gente tem que conversar.

- Hoje não, amanhã.

Jin - Amanhã eu viajo pro Japão só volto em uma semana.

- Então conversamos quando você voltar, boa noite.

Subo e me deito, me enrolo nos lençóis e começo a chorar baixinho pra que ele não ouvisse, ele se deita ao meu lado na cama, mas não fala nada, em outra época ele teria me colocado em seu colo e acariciado meu cabelo até que eu me acalmasse, mas dessa vez ele apenas me ignorou, choro ainda mais com esse pensamento.

Não dormi a noite toda, as quatro da manhã levanto me arrumo e vou pra empresa, não me despeço de Jin.

Horas depois Joong entra na minha sala praticamente gritando.

Joong - Onde você se meteu ontem? Tem noção de como eu fiquei preocupado?

Não consigo falar nada, começo a chorar, sinto os braços do meu amigo me envolverem em um abraço caloroso, ele me abraça até que eu me acalme.

Não insiste em saber o que aconteceu por hora, mas exige que eu conte tudo depois.

Não consigo me concentrar no trabalho, muita coisa passa por minha mente, estou perturbada.

O Paul decidiu passar o dia sentado no meu escritório, disse que não pode me deixar sozinha. Depois de tantos anos juntos ele se tornou mais que meu segurança, e sim um amigo, ele cuida de mim com carinho e respeito.

- Paul, você iria comigo para o Brasil?

Sr. Davis - Claro que sim, eu vou aonde você for.

Ligo para minha secretária.

- Lia, compre duas passagens para o Brasil só de ida, uma pra mim e outra para o Paul, o mais breve possível.

Lia - Sim senhorita.

- Vamos pra casa, precisamos fazer as malas.

Uma paixão incontrolável Onde histórias criam vida. Descubra agora