Capítulo 31

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Sn *POV*

- Jiiin, tô em casa.

Ele surge na porta do quarto e corre até mim, me beija e me abraça.

Jin - Senti sua falta.

- Também senti sua falta.

Jin - Como foi a reunião?

- Nada bem, eu me demiti.

Me solto de seu abraço e vou pra cozinha, me sirvo uma taça vinho.

Jin -Por que? o que aconteceu?

Conto pra ele tudo que aconteceu na reunião e a briga que tive com meu pai.

Jin - Mas amor, ele tem os motivos dele, você não pode se demitir por que ele não concordou com a expansão do negócio.

- Eu não me demiti por isso, eu me demiti por que vi que ele não confia em mim, ele duvidou de todo trabalho que eu fiz, usando você como desculpa.

Jin - Ele sabe que você tem feito um ótimo trabalho aqui.

- Talvez ele saiba, ele só não soube reconhecer todo meu esforço.

Jin me abraça, estou arrasada, a briga com meu pai me deixou mais sensível do que eu imaginei.

Meu telefone toca é minha mãe.

Mãe - Querida, podemos conversar?

- Mãe eu não estou com cabeça agora, o Jin vai embora hoje e eu quero passar esse tempo com ele, podemos conversar amanhã?

Mãe - Sim querida.

Ela falou com a voz calma, eu sei muito bem o que me espera nessa conversa.

- Até amanhã.

Passo o resto dia grudada em meu namorado, as horas iam passando e meu coração se apertava cada vez mais, eu sabia que dali a poucas horas ele iria embora e eu ficaria sozinha nessa cidade novamente, sem emprego e muito provavelmente sem casa, já que esse apartamento é da empresa.

Não quero pensar sobre isso agora. Passo todo tempo possível com Jin, até que chegou a hora dele ir embora.

Me sentei na varanda enquanto ele arrumava a mochila, instantes depois ele aparece na porta.

Jin - Eu preciso ir agora.

Suas palavras partiram meu coração, eu sabia que era uma despedida temporária, mas doía ter que deixá-lo ir.

Me levantei e o abracei, nesse momento já não conseguia parar de chorar.

- Eu vou morrer de saudades.

Jin - Eu também, mas a gente se vê em breve e eu vou te ligar toda hora possível.

- Eu te amo.

Jin - Eu também te amo.

Jin me soltou e segurou o colar que me deu, eu não o havia tirado desde o dia que coloquei.

Jin - Não tire esse colar por nada.

- Pode deixar, eu não vou tirar.

Acompanhei ele até o elevador nos despedimos e ele foi embora.

Voltei para o meu apartamento e decidi beber até esquecer de tudo.

Acordei no dia seguinte, com uma ressaca daquelas.
Peguei o celular e já eram uma da tarde, tinha uma mensagem de Jin.

Jin - Cheguei no hotel, não se preocupe e não chore tanto. Nos veremos logo. Eu te amo.

- Eu também te amo, se cuide. Avise quando chegar a america.

Liguei pra minha mãe e marcamos de nos encontrar em frente ao hotel.

- Oi mãe.

Mãe - Pi querida, você andou chorando?

- Sim, por que você queria me encontrar?

Mãe - Eu não posso querer passar um tempo com minha filha? Vamos as compras.

Eu realmente não tinha cabeça pra fazer compras, mas mamãe estava animada então decido me esforçar para que ela passe uma tarde agradável, ela era uma consumista compulsiva. Comprou bolsas, sapatos, roupas, joias.

- Mãe, já chega. Desse jeito nós vamos a falência.

Mãe - Eu e o seu pai trabalhamos a vida toda para ter esses luxos, então me deixe comprar.

Depois de passarmos a tarde toda andando, paramos em uma cafeteria, mamãe adorava esse lugar ao entrarmos no local vejo meu pai sentado em uma das mesas, paro na porta, mas mamãe segura meu braço me forçando a andar.

Mãe - O seu pai só quer conversar, apenas ouça o que ele tem a dizer.

Ela se senta ao lado dele, enquanto eu me sento de frente para os dois.

Pai - Como você está?

- Bem!

Pai - E vai realmente se demitir da empresa?

- Sim!

Pai - Olha filha, você sabe por que eu sou assim, você está seguindo os mesmos passos da sua irmã, querendo agir por emoção e ir atrás de um amor, mas eu não posso me permitir te perder também, eu não suportaria se a mesma coisa que aconteceu com ela acontecesse com você, isso nos destruiria. Filha, por favor entenda meu lado eu amo você mais que tudo na vida, eu só tenho medo, quando me contou o que aconteceu com você, eu senti que poderia morrer ali mesmo.

Sinto meus olhos encherem de lágrimas, lembro o que aconteceu com minha irmã a 5 anos atrás. Ela viajou pra Espanha pra encontrar o namorado e desapareceu, foi encontrada morta alguns dias depois, a polícia prendeu o namorado dela que confessou tê-la assassinado.

- Papai, eu sei que o senhor tem medo, mas eu preciso seguir meus sonhos não é só pelo amor e sim pelo meu esforço e por todo meu trabalho nesses ultimos 2 anos, eu quero ser motivo de orgulho pra vocês, eu preciso disso pra me sentir bem comigo mesma, sempre me falaram que eu tenho o que tenho por ser filhinha de papai, mas eu preciso mostar a eles que não, tudo o que tenho realizando é pelo meu esforço, então por favor pai não me impeça de fazer esse projeto.

Pai - O Sr. Davis, vai com você certo? Ele não pode sair do seu lado.

- Sim, papai.

Sorrio e bato palmas de felicidade.

Pai - Vou aprovar o projeto, mas você só vai quando concluir a faculdade.

Nesse momento estou com um sorriso de orelha a orelha, me levanto e abraço meu pai distirbuindo beijos por toda sua cabeça, ele e mamãe riem da minha empolgação.

Seul, aí vou eu.

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