Capítulo 58

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Felipe

Depois de uma noite maravilhosa com minha amada, a levei para casa  e fui trabalhar.
Ao chegar na empresa, pedi que arrumassem  uma sala no andar de baixo para que eu possa trabalhar sozinho, porque não estou afim de aguentar o mau humor de Gustavo, que a essa altura já deve saber que a irmã não dormiu em casa.

Depois de tudo pronto, desci, mas Camila permaneceu trabalhando na mesa de Rebeca. Prefiro evitar a proximidade! Ela não sabe se colocar em seu lugar e por isso teremos o mínimo contato possível, pois não vou deixar que nada atrapalhe  meu relacionamento.

Trabalhei concentrado por algumas horas, mas de repente me peguei lembrando da noite que tivemos. Suas atitudes me surpreendem... Ela parece um furacão!!! E a melhor parte foi que ao acordarmos ela se manteve ali comigo e não agiu como da outra vez.

Reclinei a cadeira e me permiti fechar os olhos por alguns instantes. Eu estava tão entregue às lembranças, que pude sentir seu perfume suave invadir minha sala e isso me fez sorrir. Era tão real que ao abrir os olhos a imagem de seus belos olhos azuis estavam em minha frente, acompanhados de um sorriso faceiro que destacava seus dentes brancos...

— Sonhando acordado? — Perguntou tirando-me de meus devaneios e eu me levantei e dei a volta na mesa para chegar até ela.

— Sim… contigo! — Respondi e vi seu sorriso aumentar, então nos beijamos. — Onde vai assim, tão linda? — Perguntei observando-a de cima a baixo, ao nos afastar.

— Vim te fazer um convite! — Comunicou determinada.

— Olha... Isso sim é uma surpresa! — Exclamei convicto e logo após interroguei, um tanto curioso. — E para que seria?

— Para jantar com minha família, no sábado. — Pronunciou, deixando-me atônito.

— Já falou com seus pais? — Questionei encarando-a, ainda sem acreditar e ela assentiu sorrindo.

Diante de tal ato, não consegui conter o sorriso. Encostei-me na mesa, puxando seu corpo de encontro ao meu e lhe dei um  beijo apaixonado, que foi correspondido com sucesso e veio acompanhado de carícias em meu rosto.

Nossas línguas entraram em uma sintonia perfeita e juntas conseguiram despertar em mim uma ereção que foi impossível evitar. Aquele cropped, juntamente com a calça de cintura alta, deixando à mostra somente uma parte de sua barriga, a deixava muito sexy. Além disso, a mesma era de um fino tecido que me permitia sentir a renda de sua calcinha, a qual eu imediatamente me imaginei tirando, e era comprida a ponto de esconder seu sapato, que sem dúvidas tratava-se de uma sandália rasteira, pois ela estava em sua altura comum, tão pequena e frágil, como uma boneca de porcelana, que precisa de muito cuidado para não quebrar, mas sua boca quente me provocava como uma mulher decidida.

Eu queria fødê-la ali mesmo, em cima daquela mesa! E embora fosse muito arriscado, o tesãø não me deixava mais raciocinar. Ela  passou os braços em volta de meu pescoço e no meio do beijo, suas unhas subiam e desciam em minha nuca, tirando de mim arrepios que nunca senti. A peguei no colo e coloquei sentada na mesa, me posicionei entre suas pernas e continuamos nos beijando, até que o telefone tocou.

— Püta que pariu! Por que sempre tem que ter alguma coisa para atrapalhar?! — Praguejei aos ventos e ela riu.

— Se acalma e atende, depois continuamos. — Falou tentando conter o riso.

Respirei fundo, tirei o telefone do gancho e atendi. Após resolver o assunto, desliguei e voltei para o que de fato era mais importante naquele momento.

— Onde estávamos? — Inquiri aproximando-me novamente .

— Naquela parte que você me beijou cheio de vontade. — Pronunciou sorrindo e mordeu seu lábio inferior, aguçando em mim cada vez mais o desejo de fazê-la minha.

Iniciei outro beijo calmo, segurando com as duas mãos em seu rosto e ela se deixou ser guiada pelo ritmo que eu conduzia. Desta vez o telefone não tocou e eu achei que seria diferente e que daria para terminar o que havíamos começado…  Pena que tudo que é bom sempre dura pouco.

— Agora vocês não se desgrudam mais? Já não basta terem dormido juntos? — Gustavo interrogou ao entrar em minha sala sem bater e só aí que me dei conta de que a porta estava destrancada.

— Cunhado… Bom dia… — Ironizei me recompondo e forcei um sorriso, quando a minha vontade era falar que ele chega sempre no momento inadequado.

— Oi, Gus! — Ela o cumprimentou enquanto limpava o batom borrado.

— O que faz aqui de novo, Allana? Não tem nada para fazer em casa ou no shopping? — Indagou, indo colocar na mesa os papéis que estavam em sua mão.

— Não. Em casa estava muito entediante… e ao shopping vou mais tarde com Felipe! Além disso, acho que não preciso te lembrar quem foi que me deu a ideia de vir para a empresa. — Respondeu afrontando o irmão e ele apenas se expressou facilmente, enquanto balançava a cabeça em sinal de negação.

— O que são esses documentos, Gustavo? — Perguntei desviando o assunto.

— A análise da revisão de ontem. — Comunicou e eu peguei os papéis em minha mão e comecei a ler enquanto ele terminava de explicar… — A que as secretarias fizeram deu certo, mas a nossa estava um caos, graças à frescura de vocês! Então hoje vamos trabalhar até a hora que for necessário, pois temos que entregar isso amanhã bem cedo para começar a revisar os próximos. Eu havia pedido a Camila que trouxesse os documentos, mas como ela me disse que minha irmã estava aqui, decidi vir pessoalmente e anunciar que vamos trabalhar juntos de novo em minha sala, porque precisamos estar concentrados e com vocês dois sozinhos não vai rolar. — Afirmou e eu nem tive como discordar.

— Certo! Vamos subir, então. — Concordei sem hesitar e nós fomos.

Ao sair do elevador, encontramos Adrian, pai de Allana e Gustavo, e ele veio falar conosco.

— Filha, para mim é novidade te ver aqui! — Ressaltou admirado. — Como vai Felipe?— Cumprimentou-me estendendo a mão e eu apertei a dele.

— Muito bem, obrigado!

— Ontem eu também vim, pai! Estou ajudando com a revisão dos documentos. — Allana respondeu calmamente.

— Que bom! Fico feliz que esteja se interessando pela empresa! — Seu pai demonstrou satisfação, mas seu irmão não perdeu a oportunidade.

— Não é bem na empresa que ela está interessada! — Gustavo resmungou disfarçando e todos rimos.

— Bom…  de qualquer forma, estou feliz de tê-los encontrado juntos. Quero conversar com vocês dois. Vamos até minha sala! — Convidou alternando o olhar entre mim e Allana e nós concordamos, então Gustavo entrou em sua sala e nós três nos dirigimos para a presidência…

Obsessão: Loucos Por Ela Onde histórias criam vida. Descubra agora