Capítulo - 11

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Depois de dias na estrada, no caminha quase interminável, finalmente os reis, junto de seus soldados, avisaram, no horizonte, a capital, o palácio. Os soldados entravam na cidade festejando seu regresso com suas famílias, sendo presenteados com canecos de cerveja barata e vinho.

A festa se espalhava pelas ruas, até os portões do palácio. Música ecoava de todos os cantos, as tavernas estavam com as portas abertas, crianças corriam pelas ruas, desviando dos cavalos, e o povo agradecia aos reis pela vitória a qual trouxeram para o reino.

Leonarda, da janela de seu quarto, avistara os reis chegando e o portão se abrindo, e logo correra para avisar aos outros. Como sempre, Richarlyson estava em seu ateliê, pintando algumas telas, o garoto quase tomara um susto quando Leonarda abrira a porta repentinamente.

Não era preciso diálogo algum, Richarlyson entendera apenas pelo olhar da princesa o que estava acontecendo. O garoto não tardou a sorrir e abraçar Leonarda, para assim, juntos sairem correndo do cômodo, em direção ao quarto de Bobby.

- Bobby, abra a porta! Irmão, eles chegaram, abra a porta logo! - Richarlyson batia na porta.

- ¡Un segundo! Eres muy impaciente, no sé cómo te soporto. ¿Qué es? - O príncipe abrira a porta.

- Eles chegaram, Bobby! Chegaram! - Richarlyson, tomado pela emoção e entusiasmo, abraçara o irmão, que quase não pode reagir.

Os três príncipes correram juntos até o saguão do palácio, pouco se importando se estavam descalços ou, no caso de Bobby, de pijama. Parados, lado a lado, de mãos dadas, esperavam ansiosamente as portas se abrirem, o que não demorara muito.

Assim que foram abertas, q!Cellbit e q!Roier avistaram suas crianças sorrindo para si, crianças essas que corriam em sua direção para abraça-los.

Q!Roier não pudera conter sua emoção, tal qual as crianças, e começara a chorar, logo abaixando-se para abraçá-los, acompanhado pelo marido, que, igualmente, chorava de felicidade ao ver seus filhos.

- ¡HERMANOIER! ¡BASTARDO! ¡¿POR QUÉ TARDA TANTO?! TE EXTRAÑÉ MUCHO. - Leonarda falava aos prantos, agarrado a seu irmão.

- Yo también te extrañé mucho, Leo, no sabes cuánto. Y ustedes dos también. - Q!Roier abraçava os três garotos.

- Olha só para vocês, estão tão grandes, quando foi que ficaram tão altos? Richarlyson, seu cabelo cresceu tanto, me lembro como se fosse ontem de quando era curto. E você, Bobby, está tão crescido. Nos perdoem por demorar tanto, por favor. Oh, não sabem o quanto me sinto péssimo por passar tanto tempo longe de vocês, por ter perdido toda sua infância, vê-los assim, mais velhos, me faz sentir culpado por todos esses anos. Me perdoem. - Q!Cellbit tentava conter suas lágrimas enquanto via os filhos.

- No hay nada que perdonar, no fue tu culpa. Por muy tristes y dolorosos que hayan sido todos estos años de ausencia, estamos juntos y felices de nuevo, ¿no? Así que dejemos esto atrás y vivamos el hoy. - Bobby abraçara a q!Cellbit.

- Entonces, ¿qué has estado haciendo durante este tiempo? Apuesto a que Bobby pasó todos estos años entrenando con q!Felps, ¿verdad, Bobby? - Bobby balançara a cabeça em afirmação.

- E você Richas? O que tem feito?

- Eu aprendi a desenhar, geralmente passo meus dias pintando em meu ateliê, mas não acho que meus quadros sejam tão bons, porém Bobby e Leo discordam.

- ¡Ey! Tonto Richarlyson, deja de menospreciarte, tus cuadros son hermosos, mostre-os a Hermanoier y q!Cellbit y ellos concordarão assim que os virem. - Leonarda respondera.

- Gran idea, ¿podemos verlos, Richas? Me encantaría ver tu arte. - Q!Roier perguntava.

- Ah, é claro que podem, só não gosto de mostra-los a estranhos, sigam-me. - Richarlyson andara em direção ao corredor.

- Desde quando ele tem um ateliê? - Q!Cellbit susurrava para o marido.

- No tengo idea, pero aparentemente nuestro hijo ahora es artista.

Richarlyson liderava o caminho, seguido pelos reis, que conversavam com Bobby e Leonarda sobre os anos perdidos. Q!Cellbit contava a Bobby sobre algumas batalhas que teve, e o garoto o olhava admirado.

- Q!Felps dijo que soy un gran guerrero. ¿Puedes ver el entrenamiento de hoy, por favor? - Bobby perguntava agarrado ao braço de q!Cellbit, que ria da situação.

- É claro que sim, Bobby. Aposto que q!Felps está certo!

- Chegamos. - Richarlyson estava parado em frente a porta.

Assim que ele a abrira, dera passagem aos reis para que entrassem. Q!Roier olhava admirado para os quadros, nunca imaginara que seu filho de apenas 12 anos tinha tanto talento para as artes.

Q!Cellbit não estava diferente, olhava para um quadro de quase dois metros de altura, nele havia uma pintura de sua família, q!Roier sentado em seu trono, q!Cellbit ao seu lado, segurando uma espada apoiada no chão e usando sua armadura, Bobby ao lado direito do trono e Richarlyson na frente. Um digno quadro de uma família real.

- Richarlyson, você fez isso? - Ele perguntava ao garoto.

- Fiz sim, mas não acho muito bom, por mais que seja o maior que eu já tenha feito.

- Mas... É lindo! Por que está aqui, guardado, escondido do mundo? Richas, é o melhor quadro que eu já vi em minha vida, e eu não estou exagerando. Precisamos colocá-lo em um lugar visível para que todos possam apreciá-lo. - Richarlyson olhava para q!Cellbit com lágrimas nos olhos.

- Fico muito feliz que tenha gostado, pai. - O garoto abraçara q!Cellbit, que não tardara a retribuir o abraço, deixando-se cair em lágrimas junto ao filho quando percebera que, pela primeira vez, o havia chamado de pai.

Amarantos pra lá e pra cá - Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora