Amarantos pra lá e pra cá - Parte 2

Capítulo - 9

Cansaço, estresse e saudade. Essas eram as palavras que definiam como q!Cellbit e q!Roier se sentiam. Ambos os reis não aguentavam mais a guerra, que lentamente se espalhava por todo reino, a cada momento chegando mais perto do palácio, mais perto de seus filhos, de sua família. Dia após dia em batalhas, lutando incansavelmente para protege-los, para proteger o povo.

Q!Roier se preparava para a próxima batalha, que se aproximava rapidamente, em sua tenda, a qual dividia com o marido, que afiava a lâmina de algumas espadas enquanto observava o marido preparar-se.

- No puedo más, mi amor. Extraño a los niños, extraño a mis padres, a mi hermano, extraño cuando podíamos vivir en paz en nuestro palacio. ¿Cuándo terminará esto? ¿Cuándo podremos volver? Siento que me duele todo el cuerpo, siento que mi corazón se aprieta y mi cabeza siente que va a explotar. - O rei sentava-se em uma cadeira próxima, com o semblante triste.

- Também sinto, meu amor, mas não podemos desistir, a qualquer momento eles podem se render, podem perceber que não foi nossa culpa a morte de sua princesa, ou podemos ganhar essa batalha que se aproxima, então poderemos ir para casa. Aguente mais um pouco, eu estarei aqui para ajudá-lo e apoiá-lo, como sempre estive, e como sempre estarei. - Q!Cellbit segurava as mãos do marido.

Recentemente um mensageiro havia chegado ao acampamento dos guardas, um mensageiro vindo diretamente do palácio de q!Slime e q!Mariana, consigo trazia uma carta assinada pelo rei. No primeiro momento, q!Cellbit pensou que talvez fosse uma ameaça, mas estava enganado. Em sua carta, q!Mariana informava que iria mandar todas as tropas de seu reino para atacá-los, porém, se ganhassem a batalha, eles recuariam e aceitariam um tratado de paz. O mesmo descrevera não aguentar mais tal guerra, igualmente a seus inimigos, queria apenas juntar-se com seu marido, q!Slime, e lidar com o luto por sua filha que tanto amava.

Q!Cellbit não confiava cem porcento nas palavras de q!Mariana, porém sentiam um último fio de esperança de poder regressar para casa e acabar com a guerra que devastava seu reino.

Os reis tiveram seu momento de intimidade interrompido ao ouvirem sons de passos aproximando-se. Era q!Forever, o mesmo viera os avisar que o exército inimigo se aproximava e havia chegado a hora de irem até a batalha.

E assim fizeram, vestiram suas armaduras e pegaram suas espadas, liderando os outros soldados até os cavalos, onde montaram e se dirigiram até o campo de batalha. Q!Roier tomando a frente, com q!Cellbit logo atrás de si.

Assim que chegaram, não tiveram tempo de dialogar, as tropas inimigas vieram para cima de seus soldados, como o mar em uma tempestade. Q!Cellbit perdera o marido de vista, mas não havia tempo para procurá-lo, não agora, já que estava cercado por inimigos.

Q!Roier via sangue para todo o lado, membros sendo decepados, corpos caidos sem vida no chão e cavalos correndo desesperados sem seus donos. Por um momento de descuido, ele quase fora esfaqueado, mas por sorte conseguiu desviar e derrubar o inimigo de seu cavalo.

Assim que q!Cellbit derrotara os soldados os quais o cercavam, ele avistou seu amigo, q!Forever, correr para ajuda-lo, porém, o mesmo não prestara atenção a sua volta enquanto corria, e acabara sendo atingido com uma espada cravada em seu abdômen. Q!Cellbit vira seu amigo sendo esfaqueado na sua frente, por sorte o golpe não o matou, mas deixou gravemente ferido.

Tal visão deixara o rei furioso, e com toda a sua raiva e sentimentos acumulados, o mesmo empunhou sua espada e partiu para cima de todos os inimigos que via pela frente. Q!Cellbit não ligava se seria esfaqueado ou até mesmo morto, ele só queria proteger o corpo ferido de q!Forever. O rei desferia golpes com toda a sua força para todos os lados, derrubando os soldados que se aproximavam, e depois os matando sem remorso algum.

A batalha seguiu assim por horas, até que derrepente, ao longe pode ser ouvido o soar de um berrante. Todos pararam exatamente onde estavam e olharam para onde vinha o som, era um soldado à cavalo, e a seu lado estava q!Mariana, que vinha correndo com sua montaria até os soldados.

Ele parara o cavalo e olhara para o campo de batalha, observando silenciosamente seus soldados caidos no chão, as bandeiras rasgadas e cravadas com suas estacas no solo, o mar de sangue que se formara no local.

Q!Mariana descera de seu cavalo e andara até q!Roier, que estava caido no chão, exausto de tanto lutar, e o estendera a mão para ajudá-lo a se levantar. Q!Roier a recusou, levantando-se sozinho e olhando com raiva para o homem a sua frente.

Assim que o rei se levantou, q!Mariana respirou fundo.

- Ya basta de esta guerra interminable, mis soldados y yo nos retiraremos ahora. Pido disculpas por invadir tu reino, pero no te perdonaré la muerte de mi hija, que quede claro que esto será una deuda eterna entre nosotros, pero no la cobraré, no ahora. Dentro de unos días enviaré un mensajero a tu palacio, con un tratado de paz entre nuestros reinos. (Chega dessa guerra sem fim, eu e meus soldados recuaremos agora. Peço desculpas por invadir seu reino, porém não os perdoarei pela morte de minha filha, que fique bem claro que esta será uma dívida eterna entre nós, porém não irei cobra-la, não agora. Dentro de alguns dias mandarei um mensageiro até seu palácio, com um tratado de paz entre nossos reinos)

O rei montara em seu cavalo novamente e se retirara com suas tropas, deixando para trás os corpos dos soldados mortos, sendo banhados pelo sol poente.

Q!Roier desmaiara ali mesmo onde estava, deixando-se tomar pelo cansaso. Q!Cellbit corra até seu corpo desacordado, e o pegara em seus braços, dando ordens a seus soldados para levar os feridos até a tenda onde estavam os médicos no acampamento de seu reino, e recuando.