capitulo 05

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capítulo 05| AMELIA COLEMAN

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capítulo 05
| AMELIA COLEMAN

Já era o dia seguinte. Eu estava tomando café com os meus pais e conversando sobre o Brasil e outras coisas.

Meu pai estava animado porque estava indo ver um emprego em uma empresa que, pelo que ele me disse, se chama Monter.

Minha mãe, por outro lado, estava tranquila e disse que ia dar uma volta no bairro atrás de algum emprego que ela gostasse. E bom, o que tudo indicava era: hoje eu ia estar sozinha em casa.

— Tem certeza que não quer ir comigo, Amélia? — minha mãe me perguntava pela centésima vez. — Não quero te deixar sozinha se você não gostar...

Mama, já disse para ir em paz. — sorrio fraco e me remexo na cadeira — Na Alemanha eu já ficava sozinha, aqui é a mesma coisa — explico comendo meu pão de queijo. Algo que por sinal é muito bom.

Então tá, filha. — minha mãe se arruma e levanta da cadeira vindo até mim — Qualquer coisa pode me ligar, tudo bem? Vou deixar a chave com você, Lia. — ela beijou minha testa e depois foi buscar sua bolsa no sofá.

Sorri e logo senti outro beijo na minha testa vindo de meu pai. Ele segurava uns papéis — provavelmente documentos — e caminhava em direção a porta esperando minha mãe.

— Ah, qualquer coisa tem os vizinhos também, Lia. — ele me avisou. — Em cima mora os Monteiros, em baixo os Ferrari e as Gaspar... ah, esses são os mais fácies de falar, ok?

Ferrari. Em. Baixo.

Ou seja, Alex Ferrari mora no apartamento a baixo de mim.

— Tudo bem, Papa. — aceno — Boa sorte na entrevista. — digo e vejo minha mãe indo para a porta — Tchauzinho!

— Tchau, meu amor. Se comporte.

É claro que que vou me comportar, não é como se eu fosse  quebrar a casa, mama. Levanto-me e me preparo para arrumar a mesa que estávamos tomando café. Tiro as comidas que sobraram e depois tiro a toalha a guardando-a.

'Cause there we are again, in the middle of the night — começo a cantarolar enquanto volto da cozinha e me dirijo ao sofá — We're dancing 'round the kitchen in the refrigerator light... — continuo a cantar enquanto me jogo no sofá e me aconchego — Running scared, I was there — murmuro pegando o meu celular e abrindo qualquer rede social para mexer — I remember it all too well.

Termino de cantarolar baixinho e me remexo no sofá procurando por uma posição boa para eu descansar. Aliás, não é todo dia que eu posso ficar em casa tranquila.

Ai, ai, Taylor Swift... — murmuro por fim.

Estava vendo outer banks na TV da sala, quando escuto a campainha do meu apartamento tocar

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Estava vendo outer banks na TV da sala, quando escuto a campainha do meu apartamento tocar. Minha mãe e meu pai já voltaram? Não, mamãe me falou que ligaria quando tivesse vindo... mas vai que aconteceu algo, né!?

Já vai. — grito me levantando do sofá e calçando meu chinelo para ir até a porta. Caminho até a porta e a destranco — Mãe, você disse que ia me avisar quando estivesse... — minha voz morre quando eu abro a porta por inteira. Não era minha mãe. Não era meu pai. Era Alex Ferrari, meu vizinho de baixo, segurando um prato com um bolo. — O que?!

Alex sorri de lado e acena.

— Oi, Coleman.

Oi, Alex. — murmuro — Eu devo dizer: bom dia? — questiono.

— Sim, eu acho... — ele diz e depois solta uma risadinha fraca. Franzo o cenho como se perguntasse: "Do que está rindo?" e ele percebe. — Seu pijama de Panda. — Pijama de Panda? Oh! Eu ainda estou de pijama. Merda.

E o que tem ele? — troco o peso de uma Parma para outra enquanto o olho.

— Bom, é fofo.

Ele não é só fofo, Alex!
Ele é lindo e aconchegante.

Sei que não está falando sério. — digo entediada. — Veio até aqui só para zoar meu pijama super-confortável? — arqueio uma sobrancelha.

— Na verdade, Coleman, meu pai me disse para trazer esse bolo para os novos moradores do prédio — Ele diz. ah, agora entendi o porque do bolo.

Alterno meu olhar do bolo para o rosto de Alex. Um bolo até que cairia bem agora, não é? Sorrio grande e dou um espaço para ele passar e entrar em casa.

Ele entende e adentra em casa. Fecho a porta e pego o bolo de suas mãos e, depois, o coloco em cima da mesa. Viro os calcanhares, ficando de frente para Alex novamente.

— Margot e Lorenzo não estão aqui? — o menino me pergunta e eu nego. — Ah, então vai ter que comer o bolo sozinha, Coleman. — ele faz menção de virar mas eu o impeço.

— Não quero comer sozinha. — faço um biquinho triste. — Come comigo, Alex!

— Bom, comida não se nega, né? — concordo rindo — Então, ok. Eu fico! — ele diz e eu sorrio pulando em meus próprios pés — Mas não pense que é por você, porque, juro, é pelo bolo.

— Tá, Tá, já entendi que você não vai com a minha cara. — balanço a cabeça — Olha, você se importa de esperar eu me trocar?

— Me importo — ele diz e eu franzo o cenho na hora — Estou brincando, Coleman. Eu espero aqui.

Sorrio e me viro para ir pro meu quarto.

— Ich werde schnell sein. (eu serei rápida.) — grito, mesmo que seja em outra língua e ele não vai entender.

capítulo 05

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capítulo 05.
877 palavras.
"Vizinho de baixo."

OLHOS AZUIS - Alex Ferrari Onde histórias criam vida. Descubra agora