Capítulo 5 - Visitas inesperadas ..

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Eu não acredito que Johanna droga os integrantes.. Eu não acredito que ela pode acabar sendo tão baixa.. Por isso que aqui os integrantes não arranjam confusões, porque estão sempre dopados pelo soro. Eles estão controlando as pessoas da Abnegação que aqui estão e a nós, também. 

Melhor eu levar Tris para seu quarto, já que ela não diz nada com nada, e muito menos consegue pensar... Mal se mantém em pé e se apoia em mim constantemente.

Entro em seu quarto e a deposito na cama. Ela parece estar fora de órbita.. Sem noção de sua volta.. Ela não dorme, porém fica rindo de algo e parece estranha mexendo no ar.. Aquela cena, me faz subir uma raiva, que não consigo permanecer ali. Não por Tris, mas pela ousadia de acharem que somos marionetes e que meros soros podem nos conter. Me surpreende Tris, uma divergente, não resistir a esse soro, no entanto, como Johanna disse, devem ter usado em grande quantidade.

Saio do quarto, mas de hora em hora, entro para inspecioná-la e ver se o efeito do soro já passou. A cada vez que entro, minha raiva parece aumentar.. Fico com vontade de ir aquele laboratório e quebrar e acabar com tudo. No entanto, sei que não devemos comer o pão, para não estarmos ingerindo esse soro.

Após algumas idas ao quarto, o que foi cerca de cinco horas depois, entro, e vejo Tris sentada na cama, olhando para a parede. Ela parece normal..

"Graças a Deus! Eu estava começando a pensar que nunca iria se desgastar o efeito do soro.. E eu teria que deixá-la aqui com suas flores, ou sei lá o que você via e pensava!" Digo com minha testa encostada na porta.

 "Eu vou matá-los! Vou matá-los." Ela diz com um ódio, mal contido em sua voz.. Sentimento esse que compactuo completamente.

"Não se incomode. Estamos saindo logo de qualquer maneira ", Digo entrando, fechando a porta. E com o disco rígido em meu bolso."Eu pensei que poderia esconder isso atrás de sua cômoda." Peço.

"É aí que era antes."  Ela me diz.. Deve ter sido ali que Peter achou.

"Sim, e é por isso que Peter não vai olhar aqui novamente." Puxo a

cômoda para distante da parede com uma mão

e coloco a unidade de disco rígido para trás com a outra. 

"Por que eu não pude lutar contra o soro paz? Se o meu cérebro é estranho o

suficiente para resistir à simulação de soro, por que não esta

um? " Realmente nem sei como responder a tal questão.

"Eu não sei, realmente", Digo. Deito ao seu lado na cama. "Talvez, a fim de combater

um soro, você tem que querer. " Talvez ela tenha gostado da sensação de leveza.

"Bem, obviamente eu queria", ela diz, parecendo frustrada, mas sem convicção. Será que ela realmente quis? Ou foi bom para esquecer

raiva, esquecer da dor, esquecer tudo por algumas horas?

"Às vezes",digo, deslizando meu braço sobre seus ombros ", as pessoas só querem

ser felizes, mesmo que isso não seja real." 

Ela fica um pouco pensativa. Deve ser verdade.

"Você pode estar certo", ela diz baixinho. 

"Você está sofrendo?", digo, com a boca aberta caindo com fingida surpresa. "Parece

que o soro fez algum bem

afinal .... "

Ela me empurra tão forte quanto pode. É bom descontrair..

"Tome isso de volta. Leve de volta agora. " 

Insurgente - Tobias EatonOnde histórias criam vida. Descubra agora