Assim que Tris se levanta, vejo todos saírem da sala, exceto Christina. Eu preferi não me aproximar. Elas tinham que resolver tudo ... Aquilo... Por falta de melhor palavra. Eu observo a distância para caso aconteça. Estou muito decepcionado com Tris. Não pelo o que ela fez em si, mas isso aconteceu a tanto tempo, que demonstra que ela não confiou em mim a tal ponto de me contar o que aconteceu. E pelo visto, ela planejava guardar isso para ela mesma, por tempo indeterminado. Resumindo, ela não pretendia se quer me contar.
Um soldado da audácia me chama e eu o sigo em silêncio. Ele me leva a uma sala, onde estão dispostas minhas armas e a de Tris. Ele me oferece e eu as pego e saio rapidamente. Pelo visto o soro deu certo e não nos consideram mais como traidores. Volto rapidamente a sala onde Tris estava com Christina.
Dentro de alguns minutos, percebo que a situação de ambas em si não melhora muito. No entanto, Uriah se aproxima de Tris e percebo que a conversa delas já terminou e resolvo assim, me aproximo também. Preciso mostrar a Tris que independente do que ela fez, e a forma que fez, me escondendo tudo, estou ali para ela, para o que precisar.
"Você está bem? – pergunta Uriah, "Ei. – Ele aperta meu ombro. – Você fez o que precisava, certo? Para evitar quevirássemos escravos da Erudição. Ela vai acabar enxergando isso. Quando a tristezapassar."
Tris parece estar sem vida e confusa, como se nenhuma palavra pudesse ser capaz de a tirar daquele martírio. Uriah sorri para ela e vai embora. Algunsmembros da Audácia passam por ela e murmuram o que parecem ser palavras degratidão, de conforto ou elogios. Outros passam longe, encarando-a com olhosdesconfiados.Os corpos vestidos de preto se misturam diante de nós. Fico parado a seu lado e sinceramente, não sei como agir.
"Peguei nossas armas de volta – informo, oferecendo a faca a ela.Ela enfia no bolso de trás sem olhá-la.
"Podemos falar sobre isso amanhã" Digo calmamente não querendo pressioná-la. Mas por dentro tudo em mim está explodindo em chamas.
"Tudo bem." É tudo que ela consegue me responder.
Eu deslizo o braço sobre seus ombros. Sua mão encontra o meu quadril, e ela me puxa para perto de dela. Ela se agarra a mim com força, como se sua vida dependesse disso, e assim, caminhamos juntos até os elevadores.
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Eu encontro duas camas dobráveis para nós no final de um corredor. Deitamos com ascabeças a poucos centímetros de distância uma da outra, sem conversar. Esse foi um dia longo e muito cheio. E assim, olhando para Tris, adormeço rapidamente.
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Sinto meu corpo aquecer e sinto um clarão em meu rosto. Abro os olhos lentamente e vejo que o sol já está despontando no céu, e sua luminosidade entra pela grande janela do corredor do prédio da Franqueza. Olho para o lado e noto que Tris não está lá. Dentro de poucos minutos ela aparece na porta, pelo visto ela se quer dormiu. E nós precisamos muito conversar. Minha noite foi agitada, devido ao assunto não esclarecido de ontem.
Olho para ela seriamente e me viro caminhando em direção aos elevadores, e sinceramente, espero que ela entenda meu sinal e venha conversar comigo. Não quero pressioná-la, mas quero respostas. Ficamos parados no elevador, um ao lado do outro. Há um zumbido emmeus ouvidos.O elevador desce até o segundo andar, e eu começo a tremer. Primeiro são minhasmãos, mas depois o tremor sobe até os braços e o peito, até que pequenos arrepiosatravessam todo o meu corpo, sem que eu consiga detê-los.
Paramos entre oselevadores, sobre outro símbolo da Franqueza, a balança desequilibrada. O símbolo quetambém está desenhado no meio da minha espinha.Durante um longo tempo, eu não consigo olhar para ela. Fico parado com os braçoscruzados e a cabeça abaixada até que ela possa me responder com sinceridade. Mas ficamos ali um grande tempo e ela não falava nada. Decido então, começar...
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Insurgente - Tobias Eaton
FanfictionDepois de acabarem com a simulação, Tris e Tobias, embarcam para uma nova aventura, cheia de romance e muita ação! Venha conferir, Insurgente!