14- Gripezinha/DJ Music Man

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~•Glamrock Montgomery Gator•~

Eu tinha me lembrado de algumas coisas que Vanessa disse quando explicou sobre nós já termos sido humanos antes, e uma parte chamou minha atenção.

Ela havia dito também que nós temos as almas desse corpo, e que cada alma tem um conflito, e quando tocamos nele, nessa parte sensível da alma, ela chega a tomar o controle no humantronic.

Isso foi tão estranho mas ninguém deu bola para esse fato assustador. Essa é a explicação pela qual Gattie surtou. No caso dela, sua alma tinha um conflito: a solidão, e ela surtou a ponto de matar alguém.

Isso é horrível e chocante, agora todos temos que tomar cuidado com nossas ações e pensamentos, mesmo não sabendo o conflito que nossa alma tem.

Eu falei isso para Freddy mas ele disse que era bobagem, e que não precisávamos nos preocupar, quase discutimos sobre isso.

Ele parece não ter mais sentimento, importância e empatia, não dá mais ouvidos a nada que digo, e eu me sinto cada vez mais com um grande peso nas costas.

Hoje a noite quero falar com ele novamente, e ele vai me ouvir, sim.

Recentemente pouca gente veio para o Mega Pizzaplex, mas mesmo assim estava movimentado o suficiente para que no fim do dia tenhamos lembranças, pelo menos foi assim comigo.

Eu entrei no elevador para subir porque não estava afim de usar a escada, cruzei os braços e suspirei, escutando a música padrão dos elevadores do Pizzaplex.

Foi quando eu percebi que uma garotinha me encarava encantada com seus lindos e grandes olhos azuis, segurando a barra de ferro do elevador, perto de sua mãe.

- Oi, Monty. - Disse ela, sua voz doce era reconfortante para mim que estava sobre grande tensão.

- E aí. - Minha voz está rouca. - Tudo bem, garota?

- Sim, obrigada. - Cumprimentei ela com um soquinho. - Você é bonito.

Sorri para ela e olhei para sua mãe que parecia um pouco constrangida, mas tentou não me olhar.

- Você também é, linda. - Abaixei e ela me deu um abraço, e eu suspirei calmamente. - Tchau.

- Tchau! - Ela se despediu indo embora junto com a mãe quando o elevador abriu.

Eu saí logo em seguida e fiquei observando a garota, mas logo me lembro que tenho meu rumo.

Eu estava tossindo de vez em quando mas não liguei muito para a tosse.

Encontrei Freddy parado na porta do Fazer blast me esperando de braços cruzados, sem paciência, o que é estranho já que ele sempre foi calmo e apreensivo.

- Oi Freddy. - Fui interrompido pela tosse. - Ah, que merda.

- Você não tá com frio? - Ele fechou o casaco que usa e eu neguei. - Como não? Se eu estou com frio mesmo com um casaco?

- Não sei de nada. - Espirrei. - Aí não...

- Vem cá. - Pediu gesticulando e eu me aproximei, ele pôs sua mão da minha testa e arregalou os olhos. - Você tá com febre!

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