Capítulo 24

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JENNIE

— Eu certamente poderia me acostumar a viver assim… — Acordei em casa e vi Lisa parada na frente do fogão, vestindo apenas um short e um top com um boné de beisebol com a aba para trás. Eu a abracei e afaguei, beijando seu ombro.

— Acabei de voltar da corrida e ainda não tomei banho. Provavelmente, você beijou suor seco.

— Tenho certeza de que minha pele não está muito diferente depois da noite passada.

Ela virou e abraçou minha cintura. O sorriso malicioso em seu rosto me contou que ela lembrava o tanto que ficamos suadas.

— Você quebrou a cama — disse ela, rindo.

Eu recuei.

— Eu, não. Você quebrou a cama.

— Tenho certeza de que você estava em cima de mim quando o estrado cedeu.

— Talvez, mas você não estava parada. Você tem controle embaixo, sabia?

Lisa deu risada.

— Como assim?

— Pode dar a impressão de que me deixa assumir o controle, mas você nunca abre mão dele.

Sua expressão mudou e, de repente, ela parecia preocupada.

— E você não gosta disso?

— Gosto muito. Só quis dizer que você contribuiu para quebrar a cama.

Ela sorriu e me deu um tapa na bunda.

— As panquecas estão quase prontas, pode ir para a mesa.

— Ok.

A semana depois da viagem à Califórnia tinha sido incrível. Lisa e eu éramos inseparáveis. Trabalhávamos até tarde todas as noites preparando as coisas da Signature Scent e
alternávamos entre a casa dela em Incheon e meu apartamento em Seul. Eu provavelmente devia me preocupar por passarmos tanto tempo juntas, mas minha felicidade era demais para deixar alguma coisa estragar tudo isso.

Lisa pôs um prato na minha frente.

Eu ri.

— Que bonitinho.

Ela havia feito uma panqueca grande e decorado como um sol sorridente, com tiras de morangos formando raios pontudos e bananas e morangos criando uma carinha.

— É assim que a Minji gosta. Mas não crie expectativas. É a única coisa que sei fazer, além de macarrão com queijo.

— Pode deixar.

Ela podia ser ruim em quase tudo que eu ainda estaria suspirando por ela ser tão atenciosa e por ser incrível na cama. Dizer que estava me apaixonando por essa mulher era pouco. Durante a semana, várias vezes me peguei sentada no escritório, sorrindo sozinha. Eu nem precisava pensar em
nada específico. Só me sentia… plena.

— Caso ainda sinta fome… — Ela deixou uma banana ao lado do prato.

Eu ia dizer que nunca conseguiria comer panquecas e uma banana, mas vi a tinta na casca da fruta: “Por você sou uma banana”.

Quando levantei a cabeça, Lisa piscou e voltou para perto do fogão como se não tivesse me derretido por dentro.

Ela olhou para trás e apontou para meu prato com a espátula.

— Come. Não precisa me esperar, vai esfriar.

Quando pus o primeiro pedaço na boca, a porta da frente se abriu.

A Cinderela - Jenlisa (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora