Capítulo 4

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Estávamos chegando enfim segundo Nathan, eles cresceram aqui porém soube que ele matou seu pai por tentar abusar dele e da sua irmã a uns anos atrás atrás, oque me deixou surpreso ele compartilhar isso com uma pessoa que ele mal conhece, mas disse que eu sentia muito por eles terem passado por isso.


- Não precisa sentir muito, posso garantir que ele sofreu bastante antes morrer - Disse ele piscando um dos olhos pra mim - Só se morre uma vez, mas se vive todos os dias ou seja ele não tem importância mais! - Concluiu, Nathália sorriu.



- Cada um tem oque merece mesmo! - Comentou ela.


Dei de ombros, não sei oque dizer sobre essas coisas e está na cara que eu não tenho vivido e sim fui criado em uma redoma.. oque me deixou um pouco triste, quem sabe ter vindo para cá fosse uma coisa boa e não algo tão ruim assim.


Paramos em frente a uma casa que até que era grande, dois andares e um grande portão cinza que não dá dava para ver o lado de dentro, acho que eu tinha um tipo estereótipo sobre oque era uma favela, já que notei que as casas daqui a grande maioria eram casas boas e pensei se de fato eu não poderia viver aqui.

Nathan tocou a companhia e chamou por Adelaide que era o nome da minha vó.


- JÁ VOU BUCETA! - Escutei ela gritar, oque me surpreende o fato dela ser tão assim de boa.


- Sua avó é tão educada! - Disse Nathália rindo.


- Estou vendo ! - Acabei rindo também.


Nathan sorriu e me olhou por uns segundos, eu tinha que assumir que eu gostei muito de seus olhos e talvez o dono do morro não fosse tão ruim assim.

O portão se abriu, minha avó estava com um vestido vermelho decotado, estava com seus cabelos vermelhos em uma cor extremamente forte(ou seja cafona, parecia uma prostituta um pouco velha), ela sorriu ao nos ver, acabou abraçando Nathan, depois Nathália e depois eu, oque me fez sentir nela um cheiro de álcool como se fosse vinho, só que uma versão mais barata e ruim.



- Que bom que você está aqui meu neto! - Disse ela, minha avó tem 65 anos, quando ela teve meu pai segundo ele ela tinha uns 15 anos.


- Bom está entregue! - Disse Nathan.


- Olha não vai dar para você ficar aqui agora, estou ocupada fazendo umas coisas na cama - Disse ele e olhou para Nathan - Ele pode ir com vocês e voltar de noite ? - Perguntou olhando para Nathan.



- Mais..- Disse Nathan que foi interrompido bruscamente por Nathália.



- Claro, a mala dele pode ficar aqui pelo menos? - Perguntou sorrindo.




- Claro ! - Disse ela sorrindo.


Acabou que acabamos colocando minhas coisas dentro da casa dela, havia um quatro que segundo ela eu iria dormir, o quatro era bonito até com um azul escuro nas paredes, havia uma cama de solteiro e um guarda roupa pequeno com três portas, coloquei minhas coisas lá e fomos embora.
Ela também disse que o quarto dela era o último no corredor, também havia perto do quarto dela o quarto dos meus primos Sara e Daniel, eles não estavam em casa no momento.

Enfim estávamos indo para casa do Nathan que era onde a Natália iria ficar um tempo até ver se arrumava um lugar, fiquei pensando que talvez a minha avó era mais interessante que os meus pais juntos.



- Pelo menos podemos ficar juntos e conversar ! - Comentou Nathan olhando para Nathália.



- Sim, porém estou um pouco cansada! - Disse ela - Viajar é um saco e eu não gosto muito, já que é cansativo mentalmente! - Conluio ela.



- Um dia podemos ir a praia, Copacabana não fica tão longe assim ainda mais de carro! - Disse Nathan sorrindo.


- Claro é uma boa ideia, só vi o mar pela televisão! - Digo e os dois me olhavam surpresos, oque fez minhas bochechas esquentar muito.


Nathan me abraçou forte e depois veio Nathália, estava um de cada lado.
Admito que fiquei confuso nessa hora.



- Pobrezinho, pobrezinho - Diziam os dois, oque me fez ficar mais corado ainda.

Droga porquê eu fui fazer esse comentário, agora eles acham que eu sou 'pobrezinho" que vergonha.

Eles me soltaram e se afastaram e um olhou para o outro e depois sorriu de uma forma um pouco maliciosa.


- Certo vamos a praia amanhã! - Disseram juntos, ficaram me olhando como se eu fosse uma espécie em extinção.

Parece que essa praia vai dar oque falar, meu pai do céu... socorro.

O Dono Do Morro - Romance Gay Onde histórias criam vida. Descubra agora