Capítulo 1

341 19 1
                                    

Finalmente eu estava atravessando essa porcaria de portão pela última vez, finalmente estava livre até desse uniforme azul ridículo que mais parecia que eu ia a um culto evangélico do que escutar,retirei a gravata e a joguei na calçada assim que sai sentindo uma doce brisa no rosto, oque eu poderia jurar que tinha haver com a maravilhosa sensação de liberdade.


- Finalmente livre dessa porra! - Digo sorridente.



- Oque vamos fazer agora? - Perguntou meu namorado Ricardo, vindo logo atrás, na verdade já estava de saco cheio dele e da vadia da mãe que achava que iríamos casar e etc.. bem foda se ela e a família dele.


- Você eu não sei, aliás eu não quero mais namorar com você, você é chato pra caramba e perde mais tempo batendo punheta do que dando atenção pra mim ! - Digo mandando a real na cara dessa poc e também um beijo irônico, porquê eu sou assim.. bem malévola mesmo.



- Você não pode terminar comigo! - Disse ele vindo em minha direção e eu desviando para o lado.



- Olé touro, sim eu posso e já fiz baby ! - Digo dando de ombros e andando para bem longe dele, enquanto ele ficava ali parado com uma cara de tacho ou como eu costumava dizer uma cara de cu do caralho.



Apesar de eu ser filho de advogados relativamente bem sucedidos, eu não tinha lá muita educação segundo eles, afinal fui criado por outras pessoas e não por eles, tipo a minha babá a Senhora larissa, um amor de pessoa e está até hoje trabalhando lá, afinal para os meus é melhor que além de confiança esteja lá, porquê na cabeça doentia deles eu poderia acabar me matando ou botando fogo na casa.


Minha casa não era muito longe da escola de qualquer forma, amo morar em São Paulo, tudo perto e não é tão perigoso quanto a favela que alguns parentes meus moram, mas eles preferem morar lá por algum motivo mesmo tendo como sair de lá, não que eu esteja julgando mas né ?

Assim que eu cheguei em casa encontrei meus pais sentados no sofá oque eu até fiquei surpreso, normalmente eles não estariam em casa, como sempre estariam em reuniões, jantares com os conhecidos deles e etc..


- Sente-se Gabriel! - Disse minha mãe e eu me sentei no sofá de frente para eles, havia uma mesa entre os dois sofás da sala.



- Aconteceu alguma coisa ? - Perguntei já aflito.



- Nada de tão importante,como você já acabou de terminar a escola e temos que viajar por um tempo, sua avó quer muito te ver e como sabe ela mora no Rio de janeiro! - Disse meu pai.



- E isso quer dizer que...- Acabei mordendo a língua, só de pensar nessa possibilidade não me agrada nenhum pouco.



- Você irá para o Rio de janeiro amanhã, a passagem já está comprada ou seja não adianta debater ou falar que não vai ! - Disse minha mãe, ela estava seria até demais e eu decidi nem retrucar afinal mesmo eu não querendo ir, eu teria que ir, seria mais esperto concordar e fingir que tá tudo bem.



- Tá bom, sem problema! - Digo dando de ombros.



Eles me olharam sem entender, mas acabei levando e indo em direção a cozinha, estava com fome e não estava afim de alongar uma coisa que não teria jeito e acabar perdendo tempo com algo que estava longe do meu controle no momento.
Peguei uma maçã na fruteira e lavei na pia da cozinha, era incrível como a vida tem dessas coisas de nós surpreender, mesmo que seja de uma forma fodida como essa, pelo menos eu não tinha mais o bosta do meu ex atrás de mim e isso já era um grande alívio por sorte, entretanto iria para o Rio de janeiro e pelo pouco que eu sei, eu estava mais fodido que camisinha furada, isso se fosse ser mais fodido que isso.

- Me surpreende você não ter feito um show! - Disse meu pai, ele entrou na cozinha sorrindo pra mim.

- Isso não faria vocês mudarem de ideia de qualquer forma! - Digo dando de ombros.


- Realmente, vou mandar fazerem suas malas ! - Disse ele me olhando por uns segundos e saindo, me deixando sozinho novamente.



- Miseráveis! - Digo, essa palavra resumia meus pais de uma forma plena.

O Dono Do Morro - Romance Gay Onde histórias criam vida. Descubra agora