A 21° Lua

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LALISA

Roseanne entrou no banheiro com a caixa de primeiro socorros e desesperada se ajoelhou na  minha frente abrindo a caixa pegando algodão e soro.

— Lalisa o que deu em você? — Ela disse preocupada enquanto molhava o algodão.

— Eu só estava irritada. — Eu disse dando de ombros.

— Você é louca! — Ela passou o algodão na minha testa que por incrível que pareça o corte estava lá. Nítido e profundo.

Jisoo franziu o cenho e me perguntou mentalmente se não era para ter cicatrizado. Sim era, mas devido a falta de "proteínas" No meu organismo isso não aconteceu.
Roseanne terminou de limpar meu machucado e colocou um curativo. Pegou um lenço molhado para limpar os fios de minha franja sujo de sangue e a ajeitou no lugar.

— Obrigada. — Agradeci me levantando do chão.

— Eu levo a caixinha de volta, vou aproveitar e falar com Jennie. — Jisoo disse pegado a caixinha e saindo do banheiro.

Eu e Rosé ficamos em silêncio por alguns segundos até ela o quebrar.

— Por que estava nervosa a ponto de se machucar? — Ela perguntou me olhando.

— Nada demais. — Cruzei os braços. — Apenas um pequena discussão com os meus amigos.

— Sei... — Ela suspirou. — Você deveria aprender a controlar seus nervos. — Eu dei de ombros.

Ela me encarou por alguns segundos, mordeu o lábio inferior e soltou um suspiro andando até a porta do banheiro.

— Só não... Se machuque de novo, por favor. — Ela abriu a porta e saiu.

Eu apoiei minhas mãos na pia do banheiro e suspirei. Isso foi estranho... Eu e ela agimos como se não nos conhecêssemos. Ou apenas meras conhecidas.
Deixei um suspiro de frustração sair e ouvi o sinal tocar anunciando que era hora da primeira aula. Como hoje é segunda feira, tenho aula de biologia mais eu vou? Claro que não.
Não estou afim de ficar em clima estranho com ninguém principalmente Rosé aliás é até melhor já que o principal motivo dos meus problemas é ela.

Fui para as arquibancadas e aqueles idiotas ja não estavam mais la. Me joguei sentando e olhando para o céu nublado de hoje.

— Manoban! — Olhei para o lado quando escutei a voz conhecida.

— Hwasa? — Franzi o cenho. — O que faz aqui?

— Seu pai mandou chamá-la. E de acordo com o mesmo é urgente.

Eu bufei revirando os olhos fui até Hwasa e seguimos a uma parede que o portal para o inferno ja estava acionado.
Passamos por ele e eu logo senti a mudança de temperatura que o ar fresco foi substituído por mormaço.

Saímos no salão principal e Hwasa saiu pelo corredor.

— Lalisa! — Ouvi a voz grave e risonha do meu pai.

— Oi pai. — Eu disse o encarando sem humor. — O que você quer?

— Não seja uma menina rebelde Lalisa. Você já passou dos 117 anos não é mais uma adolescente. — Ele disse se sentando em sua poltrona e estendendo a mão.

Revirei os olhos e fui até ele beijando a mão do mesmo. Ele fez um gesto para eu me sentar na poltrona ao lado e assim eu fiz.

— Tenho uma ótima notícia. — Ele disse sorrindo. — Moonbyul está de volta. — Eu revirei os olhos.

— O que aquela filha da puta quer agora? — Meu pai soltou uma gargalhada.

— Você não muda nunca Lalisa. Por isso é a minha favorita. — Ela disse bagunçando minha franja. — Ela disse que estava com saudades.

Eclipse | Chaelisa Onde histórias criam vida. Descubra agora