A 14° Lua da 2° Fase

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ROSEANNE

Lalisa finalmente tinha dormido, mas eu estava velando ela, ela estava suando muito e eu estava extremamente preocupada. Deixamos ela apenas com um short folgado e ela estava nua do tronco para cima, mesmo que eu não quisesse que ela ficasse mostrando seu corpo tivemos que deixá-la sem nada por que os tecidos estavam grudando em seus machucados nas costas. A deitamos de lado para o tecido do lençol não grudar também.

Eu estava sentada em uma cadeira na frente dela, estávamos em meu antigo quarto, eu constantemente molhava um pano na água fria para limpar o suor em seu rosto, sua respiração estava pesada e eu estava me sentindo culpada. Bam me disse que o chicote do Diabo deixava machucados por longos anos.

Dá para acreditar? ANOS!

Depois que Bam me ajudou com Lalisa eu não deixei mais ninguém entrar no quarto, por que não queria que ninguém ficasse olhando minha....

— Roseanne? —  Ouvi uma voz familiar do outro lado da porta. Irene. —  Posso entrar?

—  O que você quer? —  Perguntei ao me aproximar da porta.

—  Eu não deveria fazer isso mas, sei como ajudar Lalisa. —  Eu ponderei um pouco, essas marcas foram feitas pelo pai do mal impossível curá-las.

— Sana está com você?

—  Não. Estou sozinha. —  Eu suspirei e abri a porta.

Irene me deu um sorriso e eu dei passagem para ela, ela caminhou até Lalisa e eu fiz uma careta.

—  Não se preocupe, não vou ficar reparando no corpo dela. Só quero vê-la de perto. —  Irene comentou se aproximando de Lalisa. —  Digamos que a filha do diabo é bem famosa, mas não sei se é pelo nível de poder e força ou pela beleza ou simplesmente por que ela tem atributos masculinos. —  Irene disse como se estivesse avaliando um alien para sua experiência.

—  Lalisa é a mulher mais bonita que eu já conheci.

—  Sua irmã. —  Eu fiz outra careta.

—  Eu sinceramente não estou ligando para isso, pelo menos não agora com Lalisa nesse estado então podemos pular isso?

—  Você sabe que não. Até por que incesto é pecado grave.

—  Não deveria ser considerado já que nós não sabíamos! —  Eu cruzei os braços a olhando feio.

— Nós? Como tem certeza que ela não sabia de nada?

—  Eu confio em Lalisa!

— Eu não confiaria em demônios, ainda mais a filha de Lúcifer.

—  Irene... —  Eu respirei fundo controlando minha raiva.

— De qualquer forma você vai continuar pecando, eu duvido que você se afaste dela mesmo agora que sabe de seu parentesco. Seus sentimentos por ela são muito intensos.

—  Você disse que sabia como ajudá-la! —  Eu bati meu pé no chão furiosa. —  Mas aparentemente veio apenas fazer críticas religiosas! Bem que eu imaginei que você faria isso. Um anjo ajudando um demônio? Piada!

—  Mas um anjo vai ajudar um demônio, não se esqueça que você é um Roseanne. —  Irene se aproximou de mim. —  Você tem um dom... na verdade não é que eu saiba como ajudá-la, mas sei como você pode ajudá-la. —  Ela enfatizou o "você".

—  Como?

—  Você tem um dom que não descobriu ainda. Por mais que essas marcas tenham sido feitas pelas trevas, a luz pode cura-las. Ou seja, você pode curá-la.

Eclipse | Chaelisa Onde histórias criam vida. Descubra agora