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Sn

Tranquei a porta do meu apartamento e saí com minha mochila indo para o treino, entrei no elevador bem tranquila e desci tudo normal como todos os outros dias, cheguei na recepção e sai do elevador para ir até meu carro quando avistei um rosto conhecido.
- Herrera? - Chamei e a mulher se virou tirando atenção do celular e procurando quem havia chamado, me olhando um pouco surpresa.
- Oi, tá fazendo o que aqui? - Perguntou me olhando e eu a ancarei debochada, oxi a mulher no meu prédio e perguntando o que eu estava fazendo.
- Eu meio que moro aqui né bonita. - Falei e ela negou rindo.
- Não sabia, eu também moro aqui no quarto andar e você?- Só podia ser brincadeira.
- No sétimo, está indo para o treino ou esperando alguém? - Perguntei já que estava indo para o treino não custava nada levar a mulher junto, mas não sabia se alguém estava encarregada de buscar e levar ela então tive que perguntar.
- Estou tentando pedir um Uber, mas até agora sem chances não estou entendendo esse aplicativo direito talvez eu tenha que ir a pé mesmo. - Falou me olhando e eu neguei.
Eu posso levar você, agora presta atenção em pedir uber não é tão seguro quanto parece e outra andar a pé também não, ainda mais você que não é brasileira. - Comentei e ela me olhava atenta.
- Ok, então sempre que eu for sair vou fazer o que chamar uma das meninas para me acompanhar, porque eu não dirijo. - Falou me olhando como se eu tivesse alguma coisa com isso, eu em só estava avisando a mulher.
- Só estava te avisando, mas talvez seja uma boa arrumar alguém para te levar para o treino e trazer. - Falei e ela ficou me olhando sugestiva e eu neguei. - Não, nem pensar não sou empregada de ninguém. - Comentei e ela me olhou séria.
- Porque não você mora no mesmo prédio que eu, o que custa fazer isso por mim a gente e colega de time. - Disse ela me olhando tentando me convencer.
- Vai querer ir ou não? - Perguntei e ela concordou, não fazia mal levar a mulher um dia para o treino, mas agora todos os dias já não sei.
- Tudo bem, vou aceitar porque se não vou me atrasar para o treino. - Disse ela e então sai indo até onde estava meu carro estacionado, ainda fui gentil e abri a porta do carro para ela entrar. - Obrigada, não sabia que você conseguia ser gentil. - Disse ela me olhando no momento em que eu entrei no carro.
- Acho melhor você ficar quieta antes que eu te deixe aqui e vá para o treino sozinha. - Falei de cara fechada e ela riu e concordou.
- Tudo bem era brincadeira, estou realmente agradecida que você está me fazendo esse favor. - Eu em garota maluca, eu bem tranquila ajudando a querida e ela de deboche a por favor se liga.
- Tá de boa. - Falei e seguimos nosso caminho em silêncio, às vezes eu sentia ela me olhando mas nem dei bola. Cheguei no CT e graças a deus as meninas não estavam ali na frente ou se não eu ia escutar muitas piadinhas o resto da semana, quando pisei na na encontrei lelê mais afastada mexendo no celular e eu rapidamente me aproximei dela, precisava conversar com ela sobre o acontecido antes de outra pessoa contar.
- Oi baixinha, tenho um negócio para te contar. - Falei e ela me olhou antes de dar um sorriso.
- Oi, pode ir falando. - Disse ela largando o celular de lado.
- Tu não sabe quem mora no mesmo prédio que eu. - Falei e ela negou me olhando. - A Argentina. - Completei e ela gargalhou se desmanchando de tanto rir.
- Porra não acredito, que sorte em. - Comentou fazendo graça. - Vai ser uma pessoa boa e trazer e levar ela. - Falou e eu neguei.
- Não vou não, aliás alguém deveria explicar que ela precisa ter cuidado nas ruas. - A líbero me olhou com seu olhar julgador.
- Você não está se preocupando demais com ela não? - Perguntou e eu dei um soquinho em seu braço.
- Estou falando séria, e outra ela não dirige alguém deveria ser uma pessoa boa e dar carona para ela. - Falei e ela riu me olhando e levou sua mão repousando em meu ombro.
- Acho que essa pessoa pode ser você né. - Disse ela me olhando séria e eu neguei novamente.
- Não, eu trouxe ela hoje mas todo dia não vai dar, e outra ela ainda foi debochada ai como você é gentil, me tirando dentro do meu próprio carro sai fora. - Comentei e a mais nova só sabia rir.
- O que vocês tão rindo, e outra porque a lelê tá rindo de você e eu não? - Perguntou Pietra se aproximando e eu apenas mostrei o dedo do meio para ela.
- Ela não tá rindo de mim, se liga. - Me defendi e ela fez cara de deboche.
- Ei sabe quem é a nova vizinha da Sn, ela mesma a Argentina. São muito amigas vão morar bem pertinho uma da outra. - Neguei séria e já ia sair mas a mais baixa segurou meu braço.
- Agora falando séria, porra vai ser complicado se você não trazer a mulher e outra pessoa precisar ir buscar. - Disse ela e eu nem me importava com isso, a única coisa que eu não queria era que o clima entre a equipe ficasse estranho.
- Mas gente eu não sou obrigada a estar fazendo favor só porque ela é da equipe. - Falei a verdade, claro que sendo colegas eu poderia muito bem fazer isso, mas eu não tinha certeza se queria ser boa desse jeito.
- Claro que não, a gente não falou isso só comentamos que não vai mudar nada para você levar e trazer ela para o treino e só ficar quieta o caminho todo ela vai fazer o mesmo. - Disse Pietra e eu neguei, a Argentina não ficava quieta um minuto, sempre tinha dúvida sobre alguma coisa e ficava toda hora perguntando isso me dava nos nervos às vezes.
- Ela não vai, você já prestou atenção nela? - Perguntei e ela negou sorrindo. - Ela não fica quieta nunca e vocês sabem eu preciso de silêncio às vezes. - Falei tentando não cair no papo delas mas sabia que no fim acabaria acontecendo isso.
- E você não sabe conversar não minha filha, conversa com ela antes e explica isso. Espero que você não nos decepcione. - Disse Pietra pegando no ponto fraco.
- Eu espero também. - Comentou a baixinha e eu bufei irritada, elas sabiam muito bem me manipular odiava ser amiga delas às vezes.
- Tudo bem vou pensar sobre isso. - Falei e elas trocaram um olhar antes de me encarar novamente.
- Amiga coitada da mulher, ela está num país que ela não conhece, ela não dirige e você mesma sabe como as coisas podem ser perigosas para estrangeiros aqui, ainda mais que ela é Argentina. - Disse Pietra tentando me sensibilizar o que não estava funcionando, eu já sabia disso tudo aliás foi eu mesma que falei isso para elas antes, eu sempre dando asas a cobras e agora teria que ajudar a mulher ainda.
- Se liga eu acabei de falar isso para vocês para de ser sonsa, fica usando minhas palavras contra eu mesma. E outra está tão preocupada com a tua colega, porque você mesma não dá carona para ela? - Perguntei e ela gargalhou.
- Você mora mais perto e eu também sei que você tem um bom coração e vai fazer esse favor para a nossa companheira de equipe. Agora vamos lá já estão nos chamando para o treino. - Terminou de falar e saiu nos puxando para se juntar ao resto da equipe.











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