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- Para de me encher Letícia, o juro que momento foi que a gente se tornou amigas, acho que quero rever essa amizade. - Falei e continuei caminhando até a quadra deixando ela para trás, estava ali caminhando bem plena quando ela pulou nas minhas costas essa baixinha. - Puta merda véi não vou ter paz hoje pelo visto. - Falei e ela começou a rir.
- Me solta. - Pediu e eu neguei ela que veio pular lá minhas costas agora que aguente ficar ai.
- Não vou mesmo, não queria tar pulando nos outros agora vai ficar aí e eu vou te largar lá na quadra. - Comentei e ela abraçou meu pescoço para não cair, caminhei com ela até a quadra e então larguei ela aí. - Pronto criança já pode descer. - Falei e ela saiu das minhas costas, me virei e tava todas as meninas do time encarando a gente, meio que todas elas já estavam acostumadas com nossas brincadeiras menos a Herrera que estava me olhando com uma cara nada boa.
- Acho que a tua namorada está brava, o que você fez em? - Perguntou a baixinha e eu neguei não tinha feito nada, mas minha intuição apontava para ciúmes.
- Ela deve estar com ciúmes, você sabe ela meio que tem ciúmes de vocês eu já falei isso, e nem comece com palestrina e nem risadinhas eu sei, e bem absurdo onde já se viu ela ter ciúmes de vocês, a gente e meio que e só amigas. Eu já conversei com ela sobre isso, mas ela ainda fica tendo esses ciúmes. - Expliquei e a baixinha concordou mais se segurando para não rir.
- Talvez seja porque você não e tão carinhosa com ela, vai saber ela deve ficar pensando nisso. - Disse ela e eu neguei, eu era muito carinhosa e estava sempre implicando com ela e fazendo brincadeiras do mesmo jeito que eu faço com as meninas.
- Impossível eu trato vocês do mesmo jeito, ela quer que eu vá lá e de um beijo na boca dela agora. - Falei e lelê começou a rir. - Estou falando sério, eu não sei o que ela quer que eu faça. - Falei e encarei a baixinha rindo, minha vida a cada dia mais virando piada. Eu já tive meus rolos mas nunca deu certo ao ponto de evoluir para um namoro, então não sei o que fazer mais. O humilhação só queria uns beijinhos e agora estou nesse dilema de não saber se eu que passo essa insegurança para ela ter ciúmes ou apenas ela que tinha esse ciúmes mesmo.
- Eu era você ia lá falar com ela, a mulher já está encarando você a um bom tempo. - Encarei a mulher ela estava sentada me olhando, mas desviou se olhar e começou a colocar seu tênis, como ela estava um pouco mais afastada das outras meninas séria melhor para tentar conversar com ela. Me aproximei da mulher e sentei ao seu lado, mas ela nem se deu o trabalho de virar seus olhos para me olhar, me aproximei um pouquinho mais e ela virou seu rosto e me encarou séria.
- Que foi? - Perguntei e ela negou voltando a colocar seu tênis. - Então porque você está me olhando seria desse jeito, já quero deixar claro que eu não fiz nada. - Falei e ela esboçou um sorriso, mas negou e desviou seu olhar do meu novamente.
- Não é nada eu prometo, só coisa da minha cabeça você já falou que eu não preciso ter ciúmes dela, então tudo bem vou ficar no meu canto quietinha, eu sei que você não gosta desses ciúmes, só ignora logo passa. - Se explicou e eu fiquei ali ao lado dela, quando ela terminou de colocar seu tênis ficamos ali conversando até o treino começar. A temporada estava quase começando e nossa pré temporada estava a todo vapor, a gente tentando chegar bem unidas para o início dos jogos. No final do treino eu assim como mais alguns companheiras estávamos todas exaustas, era treino na quadra e ali ninguém aliviava. Me deitei na quadra e ali fiquei, precisava descansar um pouco e só depois iria para casa é a tarde ainda tinha treino na academia.
- Está cansada? - Abri meus olhos e encarei a mulher ali na frente e concordei vendo ela sorrir e se sentar ao meu lado, levou sua mão e iniciou um carinho na minha mão que estava ali ao meu lado. - Estou mortinha também, como está seu ombro eu vi que se tava reclamando de um desconforto. - Neguei não tinha passado de um susto graças a deus, tinha sentido ele em um ataque mas não era nada demais, apenas um mal jeito.
- Não foi nada apenas um susto já conversei com a fisioterapeuta e ela falou que não é nada demais. - Falei e ela concordou sorrindo.
- Que bom, a gente vai para casa? - Perguntou e eu neguei, tinha combinado de ir almoçar na casa da Pietra, mas tinha esquecido de falar isso para ela.
- Eu combinei de ir almoçar na casa Pietra. - Falei a olhando e ela desviou seu olhar do meu.
- A tudo bem, você consegue me largar em casa antes de ir pra lá? - Perguntou e eu encarei ela.
- Você não quer ir junto comigo? - Perguntei e ela me olhou meio perdida.
- Eu achei que não estava sendo convidada. - Falou e eu neguei, e claro que ela estava convidada também as meninas mesmo que convidaram a gente.
- Oxi, é claro que você está convidada, elas são suas amigas agora também Herrera. Ei ainda está chateada? - Perguntei e ela negou sorrindo, me levantei sentando ao lado dela e me aproximei dando um beijo em seu rosto.
- Desculpa, as vezes eu ainda acho que elas não gostam de mim por você sabe, se fica o treino sempre conversando comigo elas devendo ficar um pouco assim por eu estar roubando a amiga delas. - Falou e eu fui obrigada a rir do pensamento dela.
- Para com isso, vamos lá as meninas já devem estar esperando você. - Me levantei e ajudei ela a se levantar, saímos até o estacionamento e no caminho encontramos as meninas por ali e seguimos até meu carro já que a gente ia todas juntas. - Gente fação um favor para mim e deixem claro para a Candelaria que vocês não ficam chateadas por eu passar mais tempo com ela do que com vocês. - Pedi e a mulher me olhou de lado de cara fechada.
- Fica tranquila Argentina a gente te agradece por não precisar ficar convivendo tanto com a Sn. - Falou Pietra e elas começaram a rir.
- E não precisa ter ciúmes da gente não, eu namoro e essa aqui também. - Disse lelê apontando para Pietra que concordou.
- Pode ficar tranquila a gente não gosta dessa coisa feia aí, se você quiser é toda sua. - Falou e Herrera sorriu e me olhou antes de se aproximar e me dar um beijo no rosto.
- Parem de chamar ela de feia, meu bebê não é feio não. - Tentou me defender e as meninas já começaram a incomodar ela.
- Seu bebê, ai que nojo, achei que a mais gay do time era a lelê, mas pelo visto ela perdeu o posto para você. - Encarei Pietra pelo retrovisor do carro e comecei a rir.
- Se chamou de bebê tem que colocar para mamar né. - Falei baixinho em seu ouvido e ela sorriu me olhou.
- Eu meio que tô tentando fazer isso, mas a gente sempre e interrompidas. - Falou e eu neguei voltando a prestar atenção no trânsito.
- Vamos parar de falar sobre isso, não temos tempo para isso agora. - A mulher concordou e então seguimos em silêncio o resto do caminho até a casa da Pietra que faria nosso almoço.🇦🇷......