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Sn

- Você não precisa me levar se não quiser. - Encarei a Argentina e neguei.
- Estou te esperando preciso falar com você. - Falei e ela me olhou e concordou.
- Tudo bem pode falar. - Disse ela parada em minha frente ao lado do meu carro, e eu fiz sinal pedindo para ela entrar para a gente ir para casa. - Nossa e ainda fica me dando ordens. - Resmungou entrando no carro e eu me segurei para não rir. - O que você queria falar comigo? - Perguntou e consegui perceber que a mulher era muito curiosa, isso me dava uma ótima ideia de como estressar ela, mas não faria isso agora pois não estava para conversar hoje ainda mais com ela que não ficava quieta um minuto.
- Depois de pensar muito, mas muito mesmo tipo passei o dia todo pensando nisso, cheguei a conclusão que posso te dar carona todos os dias até o treino e te levar para a sua casa. Mas entretanto tudo isso com uma condição, se quer assim tudo bem se não que pena mesmo. - Falei e ela continuava a me olhar atenta.
- Tudo bem pode falar qual é a sua condição, mas eu sabia que você seria uma boa pessoa e faria isso por mim. - Comentou e eu quase voltei atrás na minha decisão, era o primeiro dia e a mulher já estava me estressando com seus comentários.
- Estou fazendo isso porque não quero parecer uma filha da puta que não leva a própria colega de equipe para o treino, mas também não abuse muito da minha boa vontade. - Disse ela concordou me olhando.
- Pode falar a condição. - Pediu e eu a olhei antes de voltar a falar.
- Ok, é bem simples, apenas gosto de ficar em silêncio então nada de ficar falando muito, isso me deixa estressada um pouco, ainda mais se eu estiver cansada. - Expliquei enquanto dirigia pela cidade indo em direção ao nosso prédio.
- Então quando você não estiver cansada eu posso conversar? - Perguntou me fazendo respirar bem fundo, ela estava me testando não é possível só podia ser isso acabei de falar e a mulher já começou com pergunta.
- Sempre estou cansada após o treino. - Falei e escutei sua risada.
- Sn agora seria muito tarde para pedir para você me levar até o mercado? - Encarei a mulher assim que ela falou e eu  já fechei a cara, estava quase chegando em casa e ela me vem com isso agora depois da gente ter passado pelos dois mercados mais próximos.
- Isso é sério? - Perguntei e ela sorriu concordando. -
- Se não quiser eu dou outro jeito ou eu passo amanhã. - Respirei fundo fazendo a volta em direção ao mercado onde geralmente eu frequentava.
- Mais uma regra, nada de falar as coisas depois de estar quase chegando em casa. - Falei a olhando séria e ela concordou.
- E que você não me deu tempo para falar, mandou eu ficar quieta e até agora só reclamou. - Disse ela cruzando os braços me fazendo rir.
- Tudo bem, me desculpa se foi isso que pareceu que eu falei, apenas realmente gosto de silêncio não estou reclamando que se fala muito. - Comentei estacionando o carro e ela me olhou preocupada.
- Você acha que eu falo muito? - Perguntou me fazendo rir.
- Eu acho muitas coisas sobre vocês, mas acho que se não deveria se importar com isso. - Falei e ela me olhou sem entender.
- Como que não vou me importar estou desde o dia que cheguei tentando fazer amizade com você, e até agora parece que não consegui avançar nem um pouco em busca dessa amizade. - Disse ela me deixando surpresa eu achando que a mulher estava sendo debochada e chata, sendo que na verdade ela só queria fazer amizade.
- Você quer ser minha amiga? - Perguntei confusa e ela concordou.
- Sim, você é a única que eu tinha conversado antes de chegar ao clube, passei as minhas férias pensando em como conseguir me aproximar de você. Não tenho ninguém aqui Sn, estou sozinha num país diferente do meu, só queria uma amiga, mas tá tudo bem esqueci isso vou seguir suas regras. - Se explicou despejando aquilo tudo em mim me deixando um pouco mal.
- Não calma aí, me desculpa não tinha pensado por esse lado achei que estava apenas implicando comigo. A gente pode tentar se amigas sim, vou te ajudar no que precisar. Vem vamos lá fazer suas compras. - Falei e ela sorriu concordando e então saímos do carro para ir comprar as coisas que ela precisa. Ajudei a mulher a comprar as coisas que ela precisava e então saímos do mercado seguindo para casa, a mulher ainda me fez explicar um monte de coisa para ela no caminho, mas não ia negar já que tinha avisado que iria ajudar ela. Estacionei o carro na minha vaga da garagem e desci do carro já pegando minha mochila com as coisas do treino e as compras da mulher na mão.
- Pode deixar que levo. - Disse ela e eu neguei.
Tá de boas eu levo para você, não está pesado. - Falei e entramos no nosso prédio já indo para o andar dela.
- Pode entrar. - Comentou abrindo a porta do apartamento dela me dando espaço para eu entrar. Caminhei pelo lugar que ainda parecia meio bagunçado, e não tinha nada dela por ali, apenas as mobílias. - Larga aqui Sn. - Pediu e eu larguei as compras dela em cima da mesa da cozinha.
- Foi o pessoal do time que escolheu o apartamento para você? - Perguntei e ela concordou.
- Sim, mas eu meio que pedi para eles me indicarem algum lugar já que não conhecia nada por aqui. Eles escolheram esse, é mobiliado então é tranquilo apenas preciso instalar internet, mas tenho plano no celular então nem vou me estressar com isso agora. - Disse ela e eu concordei, nem sabia o quanto devia ser ruim estar em um país longe da sua casa sem conhecer ninguém para poder te ajudar, vendo ela falar isso me fazia lembrar da Roberta lá do outro lado do mundo sozinha.
- Se você quiser posso resolver isso para você. - Falei e ela sorriu me olhando.
- Não precisa você já me ajudou bastante hoje, não vou abusar da sua boa vontade. - Disse ela meio sem jeito e eu neguei me aproximando.
- Não, tá tudo bem. Deve ser difícil estar em um país que você não conhece ninguém, vou te ajudar no que precisar. - Comentei e ela sorriu.
- Obrigada, eu agradeço pela ajuda e eu realmente estava tentando essa amizade. - Se explicou e eu concordei.
- Vamos tentar sim, agora preciso ir para minha casa se precisar de alguma coisa pode me chamar. - Fale e ela concordou e deu um passo à frente e me abraçou.
- Obrigada por tudo mesmo, desculpa se me expressei errado nos primeiros dias. - Se desculpou e eu apenas concordei e aceitei o abraço dela.
- Tá tudo bem, até criei um codinome para você, acredita? - Perguntei e ela riu me soltando.
- Qual? - Perguntou curiosa.
- Argentina. - Falei e ela riu.
- Bem previsível brasileira. - Disse ela me fazendo rir.
- Nada de roubar minhas ideias. - Falei sorrindo. - Pode deixar que vou resolver esse seu problema com a internet, mas agora preciso ir. - Falei e saí subindo para minha casa tinha muitas coisas para contar para as meninas.
















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