Desejo-te

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Já era a quinta vez que eu levantava da cama aquela noite, dava a crer que era o conto de fadas da princesa e a ervilha. De tão incomodo que estava estar aí durante horas.

Senti meio que um desconforto ou sei lá, mal consigo explicar. É tudo muito estranho.

Como estava um pouco mais húmido hoje, peguei uma das camisas pijama de Ryomen, até porque  ele não faz questão de reclamar quando uso as suas roupas. E elas são grandes e confortáveis, não preciso usar nada por baixo porque tapa basicamente tudo. Qual é o tamanho desse homem? Eu não faço ideia!

Vocês podem perguntar: E como vai a vida de recém casados?

Engraçado, é que não mudou nadinha! Ele continua a sua rotina de trabalho e casa, cumprimenta quando quer! Aff! Ele me dá nos nervos, eu juro! Não custa nada fingir ser um pouco educado. Eu não pedi para estar nessa situação.
Ele age como se alguém o tivesse obrigado a estar casado ou algo assim. Ele acha que é fácil para mim passar por toda essa situação? Com quase 17 anos e estar casado com sei lá quem que o meu querido pai me jogou a custo zero... Que ódio desses dois!

Acho que vou pôr a teoria do leite morno em prática, preciso relaxar para poder dormir, "puxa, eu quero dormir e aproveitar, porque amanhã aquele ogro vai estar no meu pé". Em pequenas lamúrias pulei para o chão e não me importo em andar descalço. De qualquer forma o frio dessa casa não cessa-fogo.

Desço as escadas sem fazer barulho, ao virar do corredor vejo a lâmpada da cozinha ligada, "será que esqueci de desligar da última vez que vim? Eu lembro de a ter desligado". Ignoro isso e abro a geladeira para ver se tem leite.

Achei ele e me estiquei para pegar a chávena para pôr no microondas, "Ah! Meu Deus!", mas apanhei um susto quando uma parede de músculo chocou contra o meu dorso, que deixou todo meu corpo arrepiado, Ryomen!

— Ressaca infinita ou estás sem sono?—, ele entrega a chávena sem recuar um passo, olhei para cima e rocei de leve em seu membro varonil, movendo o meu quadril com agilidade, que o fez morder os lábios de uma forma surpresa.

— Talvez seja...O que você acha, hum?— Estava a ser uma visão do paraíso, ver seus lábios entreabertos soltarem pequenos suspiros, seu membro dá os pequenos espasmos de vida, sua respiração aquecia a minha nuca.

Mas isso durou até ele quebrar o nosso contacto e sorrir ladinho. Propositalmente para me afetar.

— Acho que você está muito atrevido esses dias.— Estava com aquele sorriso de arrancar o fôlego.

— Acho que ao menos um dos dois tem que usufruir o que é seu!— Não me importei com o que ele di oksse, virei de frente para ele e circulei meu dedo no seu peitoral desnudo.

Nós trocamos olhares e carícias que queimavam as nossas peles. Estava escrito nos seus olhos que ele me desejava, existia uma chama tão ardente entre nós, que nossas línguas pareciam ser a composição da própria gasolina.

"Ah!" Me contorcia em seus braços enquanto busca por mais em movimentos bruscos e tão suaves que só o atrito do nosso corpo sabia ter, suspiros sôfregos ecoavam pelo comodo, que em quatro paredes guardavam segredos de uma vida de luxúria e prazer. Suas mãos deslizantes, não resistiam a melodiosa canção dos beijos estalados no meu pescoço, e me ergueram prensando meu corpo contra parede.

Gemi enquanto rebolava no volume em sua calça, posso não ter experiência, mas não sou tão santo assim.

— Uhm! Que capetinha, hein! — Ryomen passa as mãos sem timidez para dentro do meu pijama, dando apertos marcantes na minha bunda. — Sem calcinha e com o meu pijama. Poço considerar isso uma sedução? — Arfou entre dentes. 

Uma metade de nós dois (Sem Escolha) || SukuFushi.GoyuuOnde histórias criam vida. Descubra agora