Capítulo 02: Sangue e Cristal.

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...

Acordar...

A parte mais difícil do dia.

Não entendo o porquê, mas para mim, sinto-me completamente destruído quando me levanto da cama. Minhas costas doem, a boca seca e a insana vontade de ir para o banheiro me faz odiar esse momento.

Além disso, hoje, com certeza, o dia será longo...

Após minhas necessidades matinais, arrumo minha cama e me preparo para o dia.

Ontem à noite, logo depois da reforma da cozinha, fiz uma pequena lista de conceitos básicos e maneiras para que Auri, pelo menos, aprenda a não destruir a casa. Dependendo da velocidade, posso até ensiná-la algumas receitas ou até mesmo fazer algumas coisas de artesanato.

Estou sendo bem otimista.

Com certeza, adoraria receber alguma ajuda para fazer minhas criações, mas mesmo que ela não consiga fazer isso... ainda seria muito bom ter alguém para conversar aqui em casa.

— Hm... é muito solitário ficar sozinho... —  falo sem pensar.

Ok, ok, preciso me concentrar. Sempre acabo sendo redundante quando penso demais.

Pego minha lista, coloco-a no bolso e me preparo para descer.

— Auri! — chamo-a enquanto desço as escadas, mas não encontro nenhuma pista de sua presença imediatamente.

Depois de chamá-la algumas vezes, decido calmamente procurá-la pela casa.

Sala, ela não está aqui.

Na oficina, não.

Quarto dos meus pais, também não está.

Cozinha, graças aos deuses que não.

Quando termino de procurar por toda a casa, começo a ficar preocupado... Nisso, decido procurar por ela do lado de fora da casa.

Abrindo a porta, a primeira coisa que ouço é um forte estrondo vindo de não muito longe.

— Será que é ela? — me pergunto, mas com um pouco de esperança e sem muitas opções, decido dar uma olhada na direção do barulho.

Chegando lá, não percebo nada fora do comum, nem algo que possa me levar ao paradeiro da Auri. Apenas algumas árvores, pedras e flores.

— Auri!!! — grito seu nome bem alto. Mas nenhuma resposta. (Um esquilo aparece)

Então, quando estava entrando em desespero, ouço outro estrondo...

Dessa vez, muito mais próximo.

Eu rapidamente corro em direção ao som.

Mas, quanto mais me aproximo, mais percebo que algo de estranho está acontecendo.

— O som está vindo de dentro do bosque. —  falo para mim mesmo, tendo certeza de que algo de errado está acontecendo.

Em meio às árvores, me escondo... finalmente chego ao último local do estrondo que havia escutado antes.

Onde, para minha surpresa, novamente não encontro nada.

— Mas o que? Aquilo é... —  falo aterrorizado.

Nesse exato momento, percebo minha fatídica situação.

— Um mutante? —  penso no mesmo ritmo em que tremo por inteiro. Meu corpo por um momento, não se mexia... Mas o medo acaba me dando coragem o suficiente para poder me esconder.

LíriKa: A Deusa Da Proteção.Onde histórias criam vida. Descubra agora