seis.

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JEONGIN
point of view

Desci para o primeiro andar do prédio do hospital para pegar um café para mim e Bang Chan. Quando o elevador abriu no corredor do quarto que meu namorado estava, corri até o mesmo após escutar os gritos que vieram de lá.

Já fazia três semanas desde o aviso dado pelo médico, Seungmin ainda tinha chances de reagir.

— EU VI!

— Chan? — coloquei os copos em cima da mesa de apoio e me aproximei da cama. — O que aconteceu? Por que os gritos?

— Por que essa porcaria de botão não funciona? — ele reclamou. — Já perdi as contas de quantas vezes apertei isso.

— Chan... O que houve?

— AH, SIM! Onde está o médico, Jeongin?

— Bang Chan.

— Sim?

— O QUE ACONTECEU? — elevei o tom e ele me encarou.

— Desculpa, é o desespero. — ele se explicou. Bang chan inclinou a cabeça, apontando para a sua mão entrelaçada com a de Seungmin.

— O que tem?

— Não fui eu. — o mais velho sorriu para mim. — Eu só coloquei a mão por cima da dele. Jeongin, ele mexeu a mão!

Corri até o corredor e gritei por uma enfermeira o mais alto que pude. O pai do meu amigo quem apareceu, saindo de um dos outros quartos.

— Rapaz, está tudo bem? Por que a gritaria toda?

— Ele mexeu a mão. Seungmin mexeu a mão.

— Você tem certeza disso?

— Sim, ele apertou a minha mão. — Chan respondeu, eu apenas observava tudo do outro lado.

Sr. Park analisou Seungmin.

— Seungmin, você pode me ouvir?

Nenhuma resposta. Park colocou a mão por cima da do meu namorado.

— Aperte a minha mão se consegue me ouvir. O mais forte que puder. — Seungmin apertou a mão dele. Ele reagiu.

Meu coração batia acelerado, minhas mãos soavam e a minha boca estava seca. Fechei os olhos devagar, tentando reunir toda a esperança que ainda restava em mim.

Os olhos do mais velho abriram aos poucos, ele estava reagindo. Parecia com a visão pesada e estava sem entender o que estava acontecendo.

— O outro carro... — ele sussurrou.

— O quê? — o médico questionou.

— A moça... que estava... no outro carro... — a fala dele estava fraca. Por que os batimentos dele estavam diminuindo?

— Doutor, o monitor está parando. — A enfermeira que entrou no quarto disparou. — A respiração está fraca, os olhos estão visivelmente fechando e está com palpitação. É um início de parada cardíaca.

— Iniciando compressões. Todos para fora da sala! Agora! — O médico gritou e nos empurrou para fora, diversos enfermeiros entraram correndo e a porta da sala foi fechada.

— Eu quero ver meu namorado! — gritei angustiado. Chan segurou meus braços com força e me puxou para um abraço.

— Vai ficar tudo bem, Innie...

all i want - seunginOnde histórias criam vida. Descubra agora