ODIADA POR UM BARÃO || LIVRO II

𝒞𝒶𝓅í𝓉𝓊𝓁𝑜 Ix

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O dia estava nublado, nenhum rastro de sol desejava aparecer. Emery olhou ao redor e percebeu que estava no mesmo parque do dia anterior, mas não existia nenhuma presença de pessoas por ali.

Estava deserto.

Seu corpo sentado sob a toalha de piquenique, com as mesmas frutas vermelhas em sua frente.

—Aceitou passear comigo, mas está pensando em outro. Sabe o quanto eu odeio ser feito de idiota?

—Senhor Cresswell? —Se virou assustada. Ele a olhava sério e com os dentes cerrados, a aura dele transmitia qualquer coisa que não fosse sua gentileza— Eu...não estou pensando em ninguém.

Sua voz saiu trêmula

—E quanto ao barão? —ele estreitou os olhos e se inclinou para perto dela, apoiou as mãos em seu rosto— Seja minha, Emery.

Emery recuou assustada. O que era aquilo afinal? Ele não era assim e o que ela estava fazendo no parque naquela hora? O passeio não tinha terminado?

— Eu não posso. Eu não quero ser sua! — Afirmou, ela. O rosto de Andros ficou mais sombrio. Sentiu os pelos da sua nuca se arrepiarem.

—Como não??? Isso não foi um pedido, foi uma ordem. —Ele agarrou o seu braço e a derrubou com as costas contra a grama, pressionava suas mãos contra seus punhos, o corpo se encaixando entre suas coxas— Você será minha Emery. Farei de você minha esposa.

—Você é louco!! Me SOLTA!!!–Se rebateu embaixo dele. Pressionou os olhos na tentativa de juntar forças para lutar com ele.

Mas, algo estranho aconteceu, seus pulsos não estavam mais sendo pressionados com aquela força masculina, ela sentia alguém entrelaçar seus dedos e puxá-la para cima. Ao abrir os olhos o avistou, o barão que tanto aparecia na sua vida e pensamentos.

—...Você...—Murmurou, seu rosto estava molhado com lágrimas que foram causadas pelo Lorde Cresswell—...Cadê? Cadê o Cresswell?

Miles sorriu, um sorriso breve e acolhedor. Ele tocou em seu rosto, de uma forma diferente do outro e que seu corpo ansiou para que continuasse.

—Cresswell? Não existe nenhum Cresswell aqui, apenas nós dois... eu e você, longe de todos.

— Nós? O que você está dizendo? —Indagou. Ele continuou acariciando cada parte do seu rosto, o polegar massageando sua bochecha enquanto os outros dedos tocavam em sua nuca. Quando menos se deu conta, o barão estava alguns centímetros de seus lábios. Ele iria beijá-la, e por instinto e desejo que invadiu seu corpo, Emery se aproximou mais para receber aquele toque.

— Emery, eu...

..............

—Irmã, acorda! —Disse, Cornelia. Ela empurrava o corpo adormecido de Emery sob a cama. Suspirou fundo quando ouviu um resmungo de desaprovação de sua irmã— Emery!! —Sacudiu-a novamente, com mais força e sem dó.

A morena arregalou os olhos e deu grito ao avistar Cornelia sentada ao seu lado. Seu rosto estava tenso e séria. Precisou erguer o tronco no colchão para entender o que tinha acontecido e onde ela estava, e quando seus olhos escuros se voltaram para cada detalhe, percebeu que continuava em seu quarto desde a noite passada. Ou seja, tudo que ela tinha 'vivido com o Lorde Cresswell e o barão Kister, foi apenas um sonho.

—Emery! —Cornelia chamou-a novamente. Preocupada com sua expressão de desespero. A mais velha voltou os olhos para ela e bateu as mãos no próprio rosto— Não faça isso, vai se machucar