17. Deite-se

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Theo Book escutou atentamente a descrição de Gael sobre os terríveis eventos que Leroy utilizou para manipular a opinião pública contra os Moráfeis. A revolta crescia dentro dele à medida que compreendia o quão longe Leroy estava disposto a ir para garantir seu poder.

— Isso é uma distorção maligna da verdade! — exclamou Theo, sua voz ecoando no ambiente. — Leroy está deturpando os fatos para semear o medo e a discriminação contra vocês, Moráfeis. Não podemos deixar isso passar.

Gael concordou, com uma chama de determinação em seus olhos:

— Precisamos expor a verdade para o mundo. Mostrar que não somos monstros, mas seres que querem contribuir e coexistir pacificamente.

Alicia acrescentou, com tristeza:

— O mundo está sendo manipulado por falsidades. Precisamos encontrar uma maneira de revelar a verdade sobre Leroy e sua campanha difamatória.

Maya, com uma expressão decidida, disse:

— Temos que criar uma estratégia para desmascarar Leroy publicamente. As redes sociais e os meios de comunicação são nossos aliados nessa batalha por justiça e verdade.

Theo refletiu por um momento, avaliando a situação. Sabia que a batalha contra a falsidade seria difícil, mas era uma luta que valia a pena. Respirou fundo e se dirigiu aos amigos:

— Vamos nos organizar, juntos somos uma força imparável. Precisamos revelar a verdade e mostrar ao mundo que Leroy é o verdadeiro perigo. Unidos, conseguiremos. A hora de agir é agora.

A noite caía sobre a mansão Chromos, e as sombras dançavam nas paredes. O silêncio reinava, quebrado apenas pelo suave farfalhar das árvores lá fora. Yves, com o coração apertado pelo pânico que a solidão lhe causava, decidiu que não queria enfrentar essa crise sozinho.

Ele se levantou de sua cama, os pés descalços tocando o chão frio do quarto. Caminhou pelo corredor, guiado apenas pela luz tênue das estrelas que se infiltrava pelas janelas. Chegou à porta de Gael e, com mãos trêmulas, bateu suavemente.

Do outro lado, Gael, que estava absorto em pensamentos, foi surpreendido pelo toque na porta. Rapidamente, ele a abriu e deparou-se com o olhar preocupado e assustado de Yves.

— Yves, o que houve? Por que está acordado a essa hora? - Gael perguntou, preocupado.

Yves baixou o olhar, um misto de vergonha e medo pintando seu rosto angelical. Ele mordeu o lábio inferior, lutando para encontrar as palavras certas.

— Eu... Eu estou com medo do escuro, Gael. Não consigo dormir sozinho. Você se lembra de quando éramos mais jovens? Você sempre me acalmava quando eu tinha medo. - Yves disse, sua voz tremendo.

Gael sorriu gentilmente, relembrando daquela época mais simples e cheia de inocência.

— Claro que me lembro, Yves. Vamos, entre. Você nunca precisará enfrentar seus medos sozinho. - Gael abriu a porta um pouco mais, convidando Yves a entrar.

Yves adentrou o quarto, sentindo imediatamente um calor reconfortante. Ele se deitou ao lado de Gael, como faziam antigamente, e abraçou seu amigo.

— Obrigado, Gael. Você é o melhor amigo que alguém pode ter. - Yves disse, seu coração se acalmando aos poucos.

Gael acariciou os cabelos de Yves com ternura, reafirmando o vínculo especial entre eles.

— Estamos juntos nisso, Yves. Sempre estaremos. Juntos para sempre, não é?

Yves assentiu, os olhos pesando de sono e tranquilidade.

— Para sempre, Gael. Boa noite.

Aconchegados, os dois amigos adormeceram, reforçando a pureza, o companheirismo e a eterna amizade que os ligava desde os primeiros anos na mansão Chromos. E naquela noite, os sonhos de ambos foram embalados por uma sensação de segurança e amor genuíno.

Chromos - Ascensão dos MoráfeisOnde histórias criam vida. Descubra agora