Theo Book escutou atentamente a descrição de Gael sobre os terríveis eventos que Leroy utilizou para manipular a opinião pública contra os Moráfeis. A revolta crescia dentro dele à medida que compreendia o quão longe Leroy estava disposto a ir para garantir seu poder.
— Isso é uma distorção maligna da verdade! — exclamou Theo, sua voz ecoando no ambiente. — Leroy está deturpando os fatos para semear o medo e a discriminação contra vocês, Moráfeis. Não podemos deixar isso passar.
Gael concordou, com uma chama de determinação em seus olhos:
— Precisamos expor a verdade para o mundo. Mostrar que não somos monstros, mas seres que querem contribuir e coexistir pacificamente.
Alicia acrescentou, com tristeza:
— O mundo está sendo manipulado por falsidades. Precisamos encontrar uma maneira de revelar a verdade sobre Leroy e sua campanha difamatória.
Maya, com uma expressão decidida, disse:
— Temos que criar uma estratégia para desmascarar Leroy publicamente. As redes sociais e os meios de comunicação são nossos aliados nessa batalha por justiça e verdade.
Theo refletiu por um momento, avaliando a situação. Sabia que a batalha contra a falsidade seria difícil, mas era uma luta que valia a pena. Respirou fundo e se dirigiu aos amigos:
— Vamos nos organizar, juntos somos uma força imparável. Precisamos revelar a verdade e mostrar ao mundo que Leroy é o verdadeiro perigo. Unidos, conseguiremos. A hora de agir é agora.
A noite caía sobre a mansão Chromos, e as sombras dançavam nas paredes. O silêncio reinava, quebrado apenas pelo suave farfalhar das árvores lá fora. Yves, com o coração apertado pelo pânico que a solidão lhe causava, decidiu que não queria enfrentar essa crise sozinho.
Ele se levantou de sua cama, os pés descalços tocando o chão frio do quarto. Caminhou pelo corredor, guiado apenas pela luz tênue das estrelas que se infiltrava pelas janelas. Chegou à porta de Gael e, com mãos trêmulas, bateu suavemente.
Do outro lado, Gael, que estava absorto em pensamentos, foi surpreendido pelo toque na porta. Rapidamente, ele a abriu e deparou-se com o olhar preocupado e assustado de Yves.
— Yves, o que houve? Por que está acordado a essa hora? - Gael perguntou, preocupado.
Yves baixou o olhar, um misto de vergonha e medo pintando seu rosto angelical. Ele mordeu o lábio inferior, lutando para encontrar as palavras certas.
— Eu... Eu estou com medo do escuro, Gael. Não consigo dormir sozinho. Você se lembra de quando éramos mais jovens? Você sempre me acalmava quando eu tinha medo. - Yves disse, sua voz tremendo.
Gael sorriu gentilmente, relembrando daquela época mais simples e cheia de inocência.
— Claro que me lembro, Yves. Vamos, entre. Você nunca precisará enfrentar seus medos sozinho. - Gael abriu a porta um pouco mais, convidando Yves a entrar.
Yves adentrou o quarto, sentindo imediatamente um calor reconfortante. Ele se deitou ao lado de Gael, como faziam antigamente, e abraçou seu amigo.
— Obrigado, Gael. Você é o melhor amigo que alguém pode ter. - Yves disse, seu coração se acalmando aos poucos.
Gael acariciou os cabelos de Yves com ternura, reafirmando o vínculo especial entre eles.
— Estamos juntos nisso, Yves. Sempre estaremos. Juntos para sempre, não é?
Yves assentiu, os olhos pesando de sono e tranquilidade.
— Para sempre, Gael. Boa noite.
Aconchegados, os dois amigos adormeceram, reforçando a pureza, o companheirismo e a eterna amizade que os ligava desde os primeiros anos na mansão Chromos. E naquela noite, os sonhos de ambos foram embalados por uma sensação de segurança e amor genuíno.
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Chromos - Ascensão dos Moráfeis
Science Fiction+14 | Este conteúdo pode incluir violência e temas maduros. Contém imagens que podem ser perturbadoras para algumas pessoas. _______________________________ Num futuro pós-guerra, os Moráfeis, integram-se à realidade. Gael, um jovem brasileiro, her...