Capítulo XVIII - Mensageiro.

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Esse capítulo e o próximo estão cheio de emoções hein! Nosso querido Jimin precisa aprender  a confiar em seu rebelde ômega e pensar com a razão, por isso acredito que ele será vaiado nesses capítulos ksksksks

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Boa leitura!
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Londres 1222.
— Tae!

O cavaleiro loiro interrompeu sua contida apreciação do castelo ao ouvir a voz tão familiar.

— Kookie! — exclamou feliz, virando-se para a direção do chamado e adotando uma posição defensiva, uma vez que o grande amigo costumava tentar golpeá-lo sempre que o revia após uma longa ausência.

Qual não foi sua surpresa ao ver o belo rapaz ricamente vestido aproximar-se a passos graciosos e, detendo-se a alguns metros dele, alisar a roupa e fazer uma reverência. Era como se nunca houvesse conhecido Jeon Jungkook. Talvez, de certa forma, nunca houvesse, mesmo. Jamais o vira numa vestimenta tão bem cortada e ajustada a suas formas perfeitas.

A maior parte do tempo, a cabeleira negra solta o impedira de parecia-lhe os traços do rosto, ora realçados pelo lenço de seda e touca lisa, sem falar na sensualidade dos lábios finos. Quando ele, por um breve instante, baixou as pálpebras de maneira tão graciosa, cogitou seriamente se aquele não era outro Jungkook. Formal, fez uma mesura polida e ele se aproximou para lhe dar um levíssimo beijo no rosto. Nem seu cheiro, uma espécie de essência floral, era mais o do ômega.

— Bem-vindo a Ravensloft, Tae.

Só então, com o rosto a poucos centímetros do dele, notou o rosto fatigado, a expressão ansiosa, as olheiras profundas, o sobrolho preocupado, o sorriso hesitante. Céus, o que Park Jimin fizera para mudá-lo tanto assim? Onde estava o destemido e voluntarioso Jungkook com quem convivera durante anos? Evidentemente, ficava bonito com aquelas vestes, mas faltava-lhe algo infinitamente mais precioso. Taehyung limpou a garganta, cônscio dos olhares dos criados no pátio.

— Jungkook, peço perdão por chegar sem convite. Meu pai chamou-me ao lar e pensei em interromper minha viagem aqui e fazer-lhe uma visita, considerando que não sei quando poderei estar de volta a esta parte do país. Jimin fará objeção?

— Ele não se encontra em casa no momento — informou Jungkook, e algo em seus olhos o enfureceu ainda mais contra seu marido. — Está visitando outras propriedades, mas tenho certeza de que não fará objeção. Permita-me oferecer-lhe a hospitalidade de nosso salão.

Com um sorriso débil, o ômega se voltou para mostrar o caminho rumo à maior construção no pátio interno.

— É um castelo maravilhoso... Jungkook — comentou Taehyung, cortês.

— Não é mesmo? — replicou ele, sem entusiasmo.

A entrada do salão, Taehyung se deteve, pasmo não só com a amplidão do espaço, mas também com a ostentação e magnificência das tapeçarias encobrindo as paredes. Era luxo demais para seu gosto. Um salão de castelo não precisava se parecer com um palácio de sultão. Uns poucos tapetes eram mais que suficientes para o conforto. Aliás, não imaginava por que Jungkook ainda não mandara guardar os excedentes antes que a fumaça os arruinasse. Namjoon certamente o teria feito.

O salão era rico também em móveis finos, prova de que Park Jimin era um alfa de posses e bom gosto... O que não tinha importância, contudo, se ele não fazia Jungkook feliz. Em sua marcha constante, Jungkook já chegara à mesa principal no estrado. Taehyung apressou-se em juntar-se a ele, e ambos foram servidos de vinho por um criado de expressão curiosa. Sedento, o visitante tomou bastante da bebida e enxugou a boca com a mão. Jungkook tomou só um golinho de sua taça.

O Esposo do Guerreiro • Jjk + Pjm [ABΩ]Onde histórias criam vida. Descubra agora