Capítulo XVI - Guardanapos de linho.

471 77 3
                                    

Londres 1222

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Londres 1222.

Jungkook espirrou violentamente ao acomodar-se no salão pela manhã, após a missa. Estava doente, e não apenas fisicamente, pois não conseguira encontrar Jimin depois que ele o deixara, furioso, na noite anterior. Gastara um tempo enorme vasculhando o castelo discretamente, só com uma capa leve sobre as vestes e descalço, a fim de não fazer barulho. Eis agora o resultado da decisão irracional: um belo resfriado.

Os olhos ardiam-lhe, o nariz escorara-lhe, a garganta alteava-lhe e, para completar, tossia. Seu corpo todo doía e temia vomitar ao comer qualquer coisa.

Bem preferiria estar na cama, sozinho, em paz, e o que o levara ao salão fora a terrível necessidade de explicar a Jungkook que ele, precipitadamente, tirara uma conclusão desastrosa. De algum modo, iria convencê-lo de que se entregara virgem na noite de núpcias. Quanto a seus sentimentos por Taehyung... Estavam tão diferentes agora. 

Constrangia-o sobremaneira recordar como quase lhe implorara que o desposasse. Ainda nutria grande afeto pelo amigo de tantos anos, mas nunca sentira por ele o desejo apaixonado que tinha pelo marido. Tinha de haver uma maneira de fazer Jimin acreditar!

Alguém entrou no salão e Jungkook ergueu o olhar, esperançoso, mas era Seokjin, mais belo e elegante do que nunca num vestido de seda que parecia ter sido moldado sobre seu corpo. Completavam a indumentária o lenço e o véu dos quais ele nunca se separava. Jungkook olhou para suas próprias vestes cor de cereja. Também era de fina seda, mas seu corpo parecia rejeitar o contato com o tecido. Quanto a acessórios e adereços, sempre os dispensara, em especial o véu sobre os cabelos.

Era tudo tão incômodo!

— Meu querido, você não está bem! — assustou-se Jin, contornando a mesa apressado. Pós a mão na testa de Jungkook. — Você devia estar na cama! Vou chamar o farmacêutico.

Jungkook espirrou de novo, mal resistindo à urgência de assoar o nariz no lenço de seda da outra.

— Vou me recolher após o desjejum — declarou, em voz rouca. — Eu... Preciso falar com Jimin sobre algo.

— Seja o que for, pode esperar — opinou o outro ômega, sinceramente preocupado.

Jungkook estava quente, mas ainda não febril. Se permanecesse naquele salão, porém, poderia piorar rapidamente.

— Não, não pode — teimou ele. Sem opção, Seokjin sentou-se à mesa.

Logo a seguir, Jimin chegou, com o padre e Lee Taemin a reboque. Até chegar à mesa principal, Jimin não se dignou olhar para Jeon, notando seu aspecto somente ao acomodar-se a seu lado.

— Você está doente — concluiu surpreso.

Jungkook teve de esperar o padre abençoar o alimento antes de replicar:

— Preciso falar com você.

— O que quer que tenha para me dizer pode esperar até eu voltar. Resolvi visitar algumas de nossas propriedades distantes.

O Esposo do Guerreiro • Jjk + Pjm [ABΩ]Onde histórias criam vida. Descubra agora