Sherlock Holmes e Jhon Watson

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ROIER

CAPÍTULO 3

Não sei bem em que momento, mas acabei dormindo enquanto mexia no celular. Des de que Bobby desapareceu, dormir se tornou uma luta diária, mas por algum motivo, ali naquele escritório, naquele sofá completamente desconfortável, consegui adormecer, acho que era o cheiro de café que fica o tempo todo no ar. Acordei com dor nas costas e com uma fome de três leões, eu não tinha comida nada o dia inteiro.

Quando me sentei pude sentir algo caindo, um casaco, o peguei do chão, era a jaqueta verde do detetive que passei o dia todo seguindo, olhei para os lados e o encontei de cabeça baixa na mesa, claramente dormindo, aproximei o casaco de minhas narinas e o cheirei, tinha cheirinho de café, assim como tudo que Cellbit tinha. Quando entrei em seu carro hoje mais cedo a primeira coisa que percebi era que o carro também tinha um predominante cheiro de café, não tão forte quanto o escritório, mas dava para sintir.

Me levantei e fui até o homen adormecido, cobri ele com o casaco e o observei. Durante todo o dia me permaneci quieto, o que não é o meu normal, eu falo e falo muito, mas quando estava com ele era como se todo o tempo ele quisesse sei lá, matar alguem? Era muito estranho. Eu sempre dizia não ter medo de nada, e relamente não tenho, mas sempre que me aproximava pelo menos um pouco de Cellbit meu corpo ficava estranho, era como se ele dissesse que eu estava em perigo, por isso resolvi manter uma distância segura, mesmo que eu estivesse muito curioso para saber sobre esse rapaz.

Agora, adormecido, ele não dava medo algum, meu corpo ainda enviava um sinal de perigo, mas eu decidi ignorar. Coloquei o casaco verde sobre ele e passei a observar seu rosto, não tinha percebido o quão bonito ele era, a barba o dava um charme maravilhoso e parecia destacar seus lábios. Olhei os papéis na mesa, todos jogados com anotações, o caderno que ele utilizou o dia inteiro para anotar o que fosse necessário para a investigação, estava aberto na mesa, um caneca branca com um restinho de café estava ao lado do caderno, e por fim o computador estava com o video da camera de segurança pausado, olhar para aquele video me fez estremecer.

Quando estavamos naquela sala com o polícial vendo o video da câmera se segurança, foi como se eu tivesse recebido um soco no estomago, a vontade de chorar era tão grande, mas consegui me segurar, ver meu garoto naquela gravação me deixou tão mal — ¿donde estas Bobby? — Senti minha garganta dar um nó e meus olhos arderem, eu teria desabado ali mesmo se um homen de cabelos loiro escuro não tivesse acordado.

— Hm? Roier...ainda está aqui. — Ele disse com a voz rouca de sono, que fez meu coração errar as batidas.

— Eu acordei agora, Estaba devolviendo tu chaqueta, inclusive, desculpa por ter dormido. — Passo a mão em meus cabelos envergonhado.

— Não se preocupe. — Ele sorriu de forma gentil e se levantou da cadeira, logo pegando o celular. — Nossa, ja são  20h.

Eu nem tinha percebi que era noite, Cellbit colocou sua jaqueta novamente e olhou para mim, não sei o que mudou, mas os alertas de perido que meu corpo emitia perto dele ja eram quase inexistentes. Acho que foram aqueles olhos.

Aqueles lindos olhos azuis, que me prendiam de uma forma que eu não  podia explicar, era como se todo o céu estivesse em seus olhos, sabe? Eram lindos.

— Então, quer dividir uma pizza? — ele perguntou sorrindo e não pude deixar de sorrir também.

— Si !!! Me muero de hambre. — Ele ri e eu também.

Looking for Bobby • Guapoduo!¡Onde histórias criam vida. Descubra agora