Laços inquebráveis

Capítulo 8

capítulo 8

Jeong-bin finalmente voltou para a escola. Su-ho e Beom-seok estavam jogando algum jogo online no celular, e Si-eun, como sempre, estava arduamente focado em seus estudos. Jeong-bin se aproximou da mesa de Si-eun, e Su-ho encarou-os, pronto para agir se Jeong-bin tentasse algo.

"Você tem um minuto?" Jeong-bin iniciou.

"Não tenho nada para falar com você."

"Ya, o que está acontecendo?" Su-ho se intrometeu.

"Eu serei rápido." Jeong-bin ignorou Su-ho

.

Si-eun encarou Jeong-bin por alguns segundos, mas o seguiu até uma sala vazia, e Su-ho e Beom-seok foram logo atrás.

"Ajude-me, por favor. Conheça meu advogado, e por favor, diga que o fentanil não era meu", Jeong-bin implorou.

Jeong-bin parecia patético fazendo esse pedido depois de tudo o que ele tinha feito a Si-eun.

"Beom-seok, você também. Isso está me deixando louco. Eu sou tudo para minha mãe", Jeong-bin continuou.

Jeong-bin se ajoelhou, todos o encararam, mas Si-eun não parecia convencido em ajudá-lo.

"Por favor, me ajude, ou então eu vou para o reformatório juvenil", Jeong-bin parecia decidido em se humilhar para conseguir o depoimento dos dois alunos.

"Si-eun, vamos apenas dar o testemunho. Não é tão difícil", Beom-seok pareceu comovido com o pedido de Jeong-bin.

Si-eun pensou por breves segundos e encarou Su-ho como se estivesse disposto a obedecer qualquer coisa que Su-ho mandasse. Si-eun decidiu ir dar o testemunho. Beom-seok, Si-eun e Jeong-bin pegaram um táxi até o local, enquanto Su-ho seguiu logo atrás de moto.

"Você está ferrado se isso for uma mentira. Estou falando sério quanto a isso", Su-ho quebrou o silêncio que persistia desde que eles saíram da escola.

Su-ho não recebeu resposta e olhou para trás, pedindo que os garotos se apressassem. Su-ho, como sempre, parecia uma criança se preocupando com o que iriam comer no jantar.

Si-eun respondeu que tinha que ir para o cursinho, mas logo foi interrompido pela visão da mesma gangue que o havia arrastado antes. Algo havia mudado; havia mais pessoas, e o que parecia ser o chefe deles

.

"Eu sabia", Su-ho já sentia a emboscada se aproximando.

"Prazer em conhecê-los, rapazes", o chefe da gangue falou. "Seok-dae, são eles, certo?"

Seok-dae acenou com a cabeça, enquanto Su-ho avaliava os membros da gangue, talvez considerando a possibilidade de uma luta.

"Por sua causa, Seok-dae está muito ferido, e acho que vocês deveriam arcar com os custos", o chefe segurou um papel de seguro na frente dos três amigos.

"O que você quer?" Su-ho guiou a conversa.

"Vou dar-lhes três dias. Tragam o dinheiro do acordo. 20.233.800,00 Won (cerca de 75 mil reais)", o chefe respondeu.

"Pare com essa porcaria", Su-ho deu uma gargalhada. "Ei, qual é a dessa encenação? Eu nunca bati no seu braço."

"Você quebrou o pulso dele", o chefe respondeu por Seok-dae.

"Vocês têm provas de que fizemos isso?" Si-eun finalmente falou.

"Vocês estão me deixando louco", o chefe começou a rir, puxando uma faca do bolso da blusa. "Eu mato pessoas por dinheiro. Eu também deixo alguns deficientes."

"Isso é algo para se orgulhar sendo um adulto?" Su-ho zombou.

Su-ho conseguiu irritar o chefe, que apontou a faca para o pescoço dele. Su-ho suspirou. Naquele momento, Si-eun estava com a mente em branco, e não havia muito que ele poderia fazer para ajudar seu amigo. O chefe murmurou mais algumas frases e, como um ato para assustá-los, fez um corte no braço de Su-ho.

"Seu pirralho irritante..." o chefe foi interrompido quando Si-eun avançou, proferindo vários socos no rosto dele. Si-eun sabia que devia muito a Su-ho, e aquela ação poderia finalmente deixá-los quites por toda a ajuda que ele tinha recebido.

Todos da gangue tumultuaram ao redor dos dois, e Si-eun estava possesso de ódio, nada o deteria. Su-ho teria ficado chocado, pois não esperava que Si-eun fosse tão impulsivo. Aquilo poderia tê-los colocado em perigo, e ele não sabia se conseguiriam enfrentar tantas pessoas ao mesmo tempo. De alguma forma, eles saíram vivos daquela situação.

Beom-seok tinha ido para casa, pois já era tarde, e ele não queria que seu pai o procurasse. Si-eun e Su-ho passaram em uma farmácia para comprar bandagens e remédios.

"Você é muito idiota, como um cara tão fraco poderia enfrentar o chefe de uma gangue?" Su-ho repreendeu Si-eun.

Si-eun também não entendia por que tinha sido tão impulsivo daquele jeito. Ele achava que era porque queria retribuir a ajuda de Su-ho, mas convenhamos que aquele não era o melhor jeito. Ele tinha sentido algo a mais quando viu seu amigo sendo golpeado.

"Eu não sei", Si-eun murmurou enquanto ajudava Su-ho com os curativos.

"Você parecia um cachorro pequeno raivoso", Su-ho riu enquanto gemia de dor pelo corte em seu braço.

De repente, eles se encararam, uma troca de olhares que quase sugeria um beijo. Si-eun sentiu seu coração acelerar com o riso de Su-ho e aquela troca de olhares intensos. Era como se algo especial estivesse no ar naquele momento, algo que ambos estavam relutantes em admitir. O som do vento e o cheiro da noite preenchiam o espaço entre eles, criando uma atmosfera carregada de emoção.

A hesitação persistia enquanto eles terminavam de cuidar dos ferimentos de Su-ho. Finalmente, Si-eun quebrou o silêncio e disse suavemente:

"Você sabe, Su-ho, isso foi apenas para retribuir um favor."

Su-ho olhou para Si-eun e disse:

"Não posso negar que há algo especial entre nós."

Si-eun tinha medo do que aquela frase significava. Ele tinha medo, e as palavras "algo especial entre nós" eram carregadas de possibilidades e incertezas. Ele se perguntou se estava interpretando corretamente ou se estava apenas pensando demais. Su-ho interrompeu os pensamentos de Si-eun.

"Eu vou te levar para casa esta tarde."

Pela primeira vez, Si-eun não contestou, ele apenas aceitou a gentileza de Su-ho. Chegando no apartamento de Si-eun, eles se despediram.

"Obrigado", Si-eun falou em um tom quase inaudível.

"O que?" Su-ho tinha escutado, mas queria provocar Si-eun um pouco mais.

Si-eun o encarou e apenas disse "idiota". Su-ho riu e acenou, dando tchau para Si-eun.

"See you tomorrow..."

Again - HAN (한)