capitulo 4

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capitulo 4

Alguns dias depois, um novo aluno chega à escola de Si-eun. A professora o apresenta.

"Tem um novo aluno, Beom-seok. Diga oi aos seus novos colegas de classe."

"Olá, sou Oh Beom-seok", responde Beom-seok, e a classe aplaude.

"Sejam legais com Beom-seok, okay?" adverte a professora. Beom-seok se senta no seu lugar, e a aula continua normalmente.

Na hora do almoço, um grupo de valentões se aproxima da mesa de Beom-seok.

"Oi, Oh Beom-seok, certo?" pergunta um dos rapazes.

"Sim", Beom-seok responde rapidamente.

"De onde você foi transferido?" alguém do grupo pergunta.

"Eu me transferi da Mungang High School."

"Ah, a família dele deve ser rica", comenta outro valentão.

"Se você é da Mungang, deve conhecer Ji-won, somos melhores amigos", diz Jeong-bin.

"Não tenho certeza se conheço", Beom-seok responde.

"Você não conhece Han Ji-won?" Jeong-bin insiste.

"O nome soa familiar, mas não o conheço", insiste Beom-seok.

Os valentões se entreolham, e Si-eun interrompe o tumulto:

"Saiam, este é o meu assento."

"Não quero", Jeong-bin retruca.

Si-eun, incomodado, pega uma caneta da mesa ao lado, quase pronto para atacar.

"Eu disse, saiam", Si-eun insiste.

Jeong-bin olha para a mão que Si-eun segurava a caneta e diz revoltado:

"Você perdeu a cabeça, vai me atacar, seu psicopata?"

Uma tensão se cria, mas Su-ho interrompe resmungando:

"Por que vocês falam tanto? Tem alguém tentando dormir aqui. Posso dormir em paz, por favor?", Su-ho implora.

"É melhor você ter cuidado", Jeong-bin diz a Si-eun.

O grupo se dispersa, Si-eun se senta, e Su-ho volta a dormir. Beom-seok olha por alguns segundos para Si-eun e vê marcas de dedos em seu pescoço, mas ele não pensa muito sobre isso e logo volta aos seus afazeres.

Durante a noite, Jeong-bin vai com seus amigos a uma boate, onde parecem se divertir, embora saibam que não é um lugar para estudantes. No entanto, nada que algumas id's falsas não resolvam

O nome de Si-eun surge na conversa, e eles começam a resmungar sobre como aquele nerd pode ser tão prepotente sendo tão fraco. Jeong-bin rosna furiosamente por não poder realmente machucar aquele cara.

"Talvez possamos afetar suas notas", alguém sugere. "Ele é obcecado quando se trata de notas. Talvez, mexendo nisso, possamos deixá-lo realmente maluco."

Jeong-bin parece pensar mais sobre isso. Si-eun sempre vai para um cursinho depois da aula, sendo um aluno dedicado. Assim que termina sua aula, ele vai direto para casa estudar mais. No caminho para casa, ele esbarra em alguns caras que tentam entregar algo a ele, falando sobre não serem os entregadores habituais. Si-eun, confuso, fica parado até ouvir uma voz grave dizendo:

"Eu disse que é uma menina."

Os caras escondem rapidamente a caixa que estavam segurando.

"Droga, estragamos tudo", dizem.

Si-eun não se importa muito e diz: "Saia."

"O quê?"

"Saia, você está no meu caminho", Si-eun insiste.

"Eu não gosto do seu tom. Você deve estar querendo morrer", o cara diz irritado.

Si-eun tira uma caneta do bolso, pronto para se defender.

"Pare de me encarar, vou te esmagar", o desconhecido continua as ameaças.

Uma pessoa grande sai do beco e empurra o cara desconhecido. Si-eun continua seu caminho normalmente.

Na escola, Jeong-bin chega cumprimentando seus amigos e vai direto para a mesa de Beom-seok.

"Beom-seok, nosso professor está te chamando lá fora."

Beom-seok não contesta e apenas se levanta, saindo da sala. Lá fora, ele não encontra o professor, e Jeong-bin chega logo atrás dele.

"Beba isso", Jeong-bin entrega um refrigerante a Beom-seok. "Parece que você passou por momentos difíceis em sua antiga escola. Eu conversei com Ji-won ontem."

"O quê?" Beom-seok fica confuso.

"Parece que você foi espancado lá. Estou certo?" Jeong-bin usa essa situação a seu favor e coage Beom-seok a fazer parte de seu plano para mexer com Si-eun.

"Não estou tentando te assustar, mas você poderia me fazer um favor?" Jeong-bin tira um adesivo de fentanil do bolso.

O fentanil é um opioide utilizado como medicação para a dor e também pode ser usado juntamente com outros medicamentos para a anestesia. Ele tem um rápido início de acção e os seus efeitos geralmente duram menos de uma hora ou duas

A prova começa, e Beom-seok dá um tapa no pescoço de Si-eun, tentando colar o adesivo nele. Cerca de 5 minutos depois, o adesivo começa a fazer efeito em Si-eun. Si-eun fica tonto e não consegue se concentrar na prova. Logo percebe o adesivo em seu pescoço e se levanta abruptamente, saindo da sala. Após um tempo, ele volta para a prova, e sem parar começa a dar vários tapas em seu rosto.

Todos na sala ficam assustados vendo aquele cara se comportar de maneira estranha. A professora, assustada, pergunta por que Si-eun está agindo daquela forma, mas ele permanece calado.

Finalmente, chega a hora de corrigir as provas. No momento, Si-eun não tinha errado nenhuma questão até chegar à maldita questão de número 15. Si-eun bate violentamente na mesa, e todos na sala se entreolham.

Si-eun olha para Beom-seok e, de repente, se levanta, indo em direção ao grupo de valentões com uma caneta na mão. Como um psicopata, ele puxa uma cadeira e a arremessa contra Jeong-bin. Em seguida, enfia a caneta que segurava, na mão de outro valentão da cadeira ao lado. Si-eun começa a espancar Jeong-bin, enrola a cortina da janela em torno da cabeça do valentão e continua a dar socos repetidos.

Jeong-bin cai no chão, e antes que Si-eun pudesse chutar o rosto do valentão, Su-ho puxa Si-eun, derrubando-o no chão.

"É o suficiente. Não cruze a linha", Su-ho afirma.

"O que você pensa que é?" Si-eun parece furioso.

"Eu? Um anjo da guarda que acabou de acordar de uma soneca."

Si-eun não consegue medir o quanto está furioso, mas o que ele poderia fazer? Ele não conseguiria lutar contra Su-ho e nem parecia o certo a se fazer. Si-eun, aos poucos, se acalma até a professora chegar na sala e ligar imediatamente para a ambulância.

Su-ho entende que Si-eun é constantemente incomodado por Jeong-bin e seu grupo, mas esse era mesmo o único jeito de resolver a situação? Su-ho estava disposto a gastar todas as suas forças para defender Si-eun se ele pedisse.

Laços inquebráveisOnde histórias criam vida. Descubra agora