Capítulo 11: Falando no Diabo...

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Oie gente! Voltei!!! Perdão a ausência, eu precisava de um tempo para organizar meus horários e a escrita. Mas agora sim, a história vai tomar um rumo interessante!
Espero que gostem, boa leitura <3

Crowley estacionou o Bentley elegantemente em frente à casa de Selestia. O motor ronronava suavemente antes de ser desligado. Os faróis do carro cortaram a escuridão da noite, mas o céu estrelado era ainda mais impressionante. O demônio não pôde deixar de parar por um momento, virando-se para admirar o espetáculo cósmico acima deles.

A noite estava clara e as estrelas pareciam brilhar com uma intensidade deslumbrante. Havia uma serenidade no ar que contrastava com o caos de suas vidas diárias. Crowley ficou hipnotizado pela vastidão do universo acima, uma visão que sempre o intrigava.

Era a primeira vez, desde tempos incontáveis, que ele olhava para o céu estrelado da Terra. A beleza da vista o surpreendeu profundamente.

As estrelas pontilhavam o firmamento como diamantes incrustados em veludo negro. Ele podia ver constelações que mal se lembrava de ter conhecido e outras que talvez nunca tivesse visto antes. A vastidão do universo se estendia diante dele, infinita e misteriosa.

Cada uma delas era uma obra de arte celeste que ele havia moldado e espalhado pelos céus da Terra ao longo das eras. Era um sentimento especial, como se cada estrela fosse uma lembrança de seu próprio trabalho e das histórias que havia testemunhado.

No entanto, ele notou a ausência de estrelas criadas por Selestia. Aquela vastidão de constelações era dominada por sua própria arte celestial. Curioso, ele virou-se para Selestia.

– Onde estão suas criações?

Selestia, que estava prestes a entrar em sua casa, pausou seu caminho se aproximando do demônio.

– As estrelas que eu faço não são visíveis da Terra.

Crowley, confuso, franziu a testa e insistiu:

– Sério? Tanto trabalho para não serem visíveis?

Selestia deu de ombros, um pequeno sorriso brincando em seus lábios.

– Isso é verdade. Mas eu escolho não criar estrelas visíveis para a Terra, Crowley. Eu prefiro dar destaque às estrelas que você cria.

Crowley olhava perplexo para o céu estrelado, tentando entender a escolha de Selestia de não criar estrelas visíveis para a Terra. Aquela decisão o intrigava, mas também o deixava curioso sobre os motivos por trás dela.

Enquanto observava as estrelas brilhando intensamente no firmamento, ele sentiu que era o momento certo para compartilhar um segredo que há muito o atormentava.

– Antes de perceber que minha visão foi distorcida como uma punição, eu acreditava que Deus havia destruído minhas estrelas como castigo. – ele admitiu com uma voz calma, porém carregada de emoção.

Selestia virou-se para ele, seus olhos dourados expressando empatia enquanto escutava atentamente. Ela estava interessada nas palavras dele e no que ele estava prestes a revelar.

– Quando olhei para o céu a primeira vez após a queda, aquele mesmo céu repleto de estrelas que criei, e imaginava que Deus havia apagado as luzes do meu trabalho, tornando-me incapaz de ver a beleza das estrelas que eu mesmo dei aos humanos. – continuou Crowley, seu olhar fixo nas estrelas. – Aquela sensação de impotência, acreditar que eu havia sido punido, era um fardo que eu carregava.

Selestia manteve sua postura serena e atenta. Ela sabia a profundidade do que Crowley estava compartilhando. Era um fardo pesado e emocional que ele carregava por séculos.

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