Capítulo 2: Paris, 1793

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Oie, pessoas! Tudo bem? Então, nesse capítulo não tem aparição dos maridinhos :/ pois preciso dar contexto para a história, prometo que as coisas vão ficar mais interessantes nos próximos capítulos. Por favor, comentem! É o único jeito que eu tenho de saber se vcs estão gostando da história <3

Paris, 1793. O cenário era tumultuado devido à Revolução Francesa, com o povo nas ruas protestando contra a opressão e exigindo mudanças. Enquanto a cidade fervilhava com os acontecimentos históricos, Azazel encontrava-se sentado em um pequeno restaurante, absorto em seus pensamentos, saboreando um copo de vinho para aliviar a tensão que o cercava.

Seu olhar perdido reflete a tristeza que lhe acompanha desde aquele fatídico dia na biblioteca da Alexandria, onde Selestia, encontrou seu destino final.

A dor da perda ainda o assombrava, como se estivesse acontecendo naquele exato momento. A ausência de Selestia abriu um vazio em seu coração, uma ferida que parecia não cicatrizar. Ele se recorda dos seus últimos momentos juntos, das palavras não ditas e da promessa de sempre se reencontrarem.

Ele se culpa por não tê-la protegido o suficiente, por não ter sido capaz de evitar sua partida prematura.

De repente, uma figura misteriosa de capuz apareceu à sua mesa. Azazel ergueu os olhos, surpreso ao ver uma mulher ruiva, com parte do rosto escondido sob o capuz. Ele não a reconhecia e perguntou-se quem seria aquela visitante inesperada.

– Posso ajudá-la? – perguntou Azazel, mantendo uma postura cautelosa.

Quando ela abaixou o capuz, Azazel ficou momentaneamente cativado pela sua aparência.

– Selestia... É você? – indagou ele, incapaz de conter a incredulidade em sua voz.

Seus cabelos ruivos caíam em cachos suaves pelos ombros, e mesmo com parte de seu rosto queimado, sua beleza celestial ainda era evidente. Seus olhos dourados profundos e expressivos, revelando a sabedoria e a compaixão que ela carregava em sua alma.

As cicatrizes eram visíveis em metade do seu rosto, resultado das queimaduras causadas pelo terrível incêndio na biblioteca da Alexandria. As marcas das queimaduras cobriam sua bochecha e parte da testa, deixando a pele marcada e descolorida.

Algumas cicatrizes eram finas e delicadas, como linhas sinuosas que se entrelaçavam, enquanto outras eram mais pronunciadas, formando leves ondulações na pele.

– Sim, sou eu. – sorriu levemente.

Azazel ficou atordoado e furioso ao descobrir que Selestia estava viva esse tempo todo e não havia lhe contado. As emoções transbordaram dentro dele, uma mistura de alívio por ela estar bem e indignação por ela ter escondido a verdade.

– Como você pôde fazer isso?! – gritou Azazel, sua voz carregada de raiva. – Você me deixou pensar que estava morta por todos esses anos! Por que não me contou a verdade?

Selestia baixou o olhar, compreendendo a dor que sua decisão havia causado a ele.

– Eu sinto muito, Azazel. Eu queria ter te contado, mas ocorreram muitas mudanças. Deus me deixou viva para que eu seguisse uma missão, e com isso, estava sobrecarregada com novas responsabilidades.

– Sobrecarregada? E você acha que eu não me importo? Que não me preocupo com você? – retrucou Azazel, sua voz trêmula de emoção. –Eu pensei que você tinha morrido, Selestia. Pensei que nunca mais veria você.

Selestia abaixa o rosto envergonhada, enquanto ela lutava para encontrar as palavras certas.

– Eu queria ter te dito, Azazel, mas minha vida mudou drasticamente após uma promoção dada diretamente por Deus, fui incumbida de novas responsabilidades e afazeres celestiais. Não tive tempo de voltar antes.

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