Quentes

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Pov. Angelina

- Puta merda, Angelina! Vai com calma!

A voz dele saiu trêmula e abafada por causa do capacete, eu olhei por cima do ombro, vendo Ghost na garupa da minha moto branca completamente por cima de mim.

Seus braços estão envolta da minha cintura, enquanto ele joga o peso dele nas minhas costas de um jeito provocador e sensual, sem deixar qualquer espaço para eu me mexer e ficar grudada com ele. Sentia o calor do seu corpo atrás de mim, era uma sensação de confiança e liberdade embriagante, suas mãos agarradas a minha cintura, a força dele e a proteção faz meu coração bater mais rápido. O sinal fica verde novamente, eu senti a adrenalina correr nas minhas veias, acelero a moto, fazendo ela rugir pelas ruas de Londres passando por várias vias movimentadas com o ruído da moto estalando alto, era uma noite fria, com o vento balançando meus cabelos e a jaqueta escura do Ghost.

Muitos pensamentos rodeavam minha mente enquanto eu pilotava, apesar da excitação do atual momento, não conseguia parar de pensar no homem que estava atrás de mim e que momentos iríamos compartilhar a partir daquela viagem. Sentir uma sensação eufórica ao pensar no futuro, sabendo que esse era o pior momento para desenvolver uma paixão, logo por quem.

A cabeça de Ghost pesou no meu ombro e eu tento controlar minhas emoções, indo mais devagar, agora a cidade era uma pintura bonita e cheia de luzes brilhantes e não um borrão passando rápido. Reduzir ainda mais a velocidade, entrando no estacionamento no McDonald's, coloquei o pé no chão, fazendo um aceno para Ghost descer, mas ele riu tirando o capacete.

- Sério, fast-food? - Ele perguntou com um semblante surpreso.

- Eu achei que você não ia curtir um jantar a luz de velas e violino. - Respondi dando nos ombros e sorrindo - Sem falar que não tem ninguém agora, pode comer sem a máscara. - Eu tiro meu capacete logo em seguida, jogando o cabelo bagunçado para trás.

Ele riu leve, enquanto seus olhos passeavam pelo estacionamento vazio, então ele se moveu para sair da moto e quando seus pés tocaram no chão, ele ficou na minha frente e abaixou a máscara hospitalar preta que cobria sua boca. Ghost usava calça moletom escura, tênis branco e moletom cinza com o capuz cobrindo sua cabeça, além de uma jaqueta jeans escura estilo anos 90.

Antes que eu pudesse contemplar seu rosto ou seu corpo, ele tocou meus lábios, num beijo quente e lento.

Fico surpreendida com o beijo, não esperava esse tipo de ação dele naquele momento. Mas, não perco muito tempo pensando sobre isso, devolvo o beijo numa intensidade ainda maior e com um sorriso malicioso nos lábios. Minha mão deslizou pelo pescoço dele, com os dedos explorando cada parte de seu rosto descoberto, sentindo a pele áspera da barba curta, as cicatrizes na bochecha, o mandíbula bem marcada.

Nosso beijo parou lentamente, com ele se afastando com a respiração ofegante. Fiquei olhando para os lábios dele e logo depois para todo seu rosto, com desejo e curiosidade. Ele era muito bonito, mas do eu imaginava na verdade, seu rosto era robusto e forte, com os traços marcantes de um homem que passou por muita coisa na vida, com várias pequenas cicatrizes, seus olhos claros e profundos captavam a luz mesmo em ambientes escuros, e seu cabelo loiro escuro contrastava com a palidez da pele, dando a aparência de um homem misterioso e intrigante. As cordas vocais de seu pescoço eram proeminentes, dando uma impressão de poder e determinação, e seus lábios eram sensuais e atraentes.

- Sem máscaras hoje. - Ele diz afastando seus lábios, seus olhos brilham com um desejo ardente por mim, eu tento beijar ele novamente, mas ele sorrir de canto e afasta seu corpo colocando as mãos no bolso da jaqueta escura. - Vamos entrar e comer agora.

GATILHO _ Ghost/COD Onde histórias criam vida. Descubra agora