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CAPÍTULO OITO:
amuleto palmeirense

11 de maio de 2023

Raphael Veiga se sentia mais nervoso do que nunca, mas Maria Vitória não poderia estar mais aliviada. Era como se um peso enorme tivesse saído das costas dela mesmo sabendo que aquilo era só o começo dessa história.

Ambos haviam decido que iriam escolher um dia para se encontrarem e conversarem melhor já que dentro de um estádio lotado de fãs não era o melhor lugar do mundo para eles decidirem aquilo ontem.

O clima em São Paulo estava bom, nem muito frio e nem muito calor. O clima perfeito para Mavi já que outono era sua estação preferido no mundo todo.

—e aí? — Richard chegou por trás no gramado dando um tapa forte no pescoço de Veiga. Quando o jogador se virou se encontrou com Rios, Endrick, Scarpa e Piquerez. — o que a mulher queria?

Ele ficou quieto por um minuto pensando, ele não sabia se contava ou não e se aquele seria o momento certo, além de não saber a opinião de Mavi sobre deixar isso público, mas Veiga confiava naqueles três homens com a sua vida e sabia que se pedisse para deixar apenas entre eles, eles deixariam.

esta surdo? — dessa vez foi Endrick quem perguntou enquanto começava o alongamento. Esse garoto era uma máquina.

—fica quieto, to pensando. — Veiga mandou e eles trocaram um olhar duvidoso um entre o outro, sabendo que Veiga ou estava em dúvida se contava ou não ou pensava como explicar o que tinha acontecido.

—cara, fala logo! — Richard manda pulando de um lado para o outro. — eu tenho ansiedade.

—olha o que eu vou contar pra vocês agora, não pode ser espalhado ainda. Vocês sabem como toda essa merda de internet funciona.

—eita, a conversa foi séria então. — Piquerez comenta esfregando a mão uma na outra.

—ai caralho, fiquei nervoso. — fala Scarpa esperando Veiga começar a falar.

—Mavi está grávida. — o susto foi tanto que todos eles ficaram em silêncio por um minuto. De boca aberta, completamente em choque com o que tinham acabado de ouvir.

—VOCÊ VAI SER... — Endrick estava prestes a gritar a palavra "pai" quando Veiga o chutou na canela, fazendo o garoto calar a boca e todos os outros jogadores, preparador físico e treinador olhar para eles.

—cala a boca, garoto idiota. — Piquerez foi quem xingou dessa vez, tendo zero paciência com o grito de Endrick.

—Veiga, 'cê tá falando sério? — Scarpa perguntou baixinho pegando no ombro do homem. — você vai ter um filho?

—não to acreditando. — Richard passa a mão pelo rosto várias vezes e depois larga um tapa forte, pela segunda vez no dia, no pescoço de Raphael.

— mas que porra? — ele passa a mão no lugar que estava ardendo. — gente, não estou brincando com vocês e nem ela comigo. Não dormi ontem de noite e fiquei desesperado. Eu sempre quis ter um filho, mas não pensei que fosse ser assim. — confessa, passando a mão no cabelo e apoiando-as no joelho depois.

—você nem conhece a mulher direito, cara. — Piquerez se pronuncia.

—você não conhece camisinha, não? — Veiga nem se deu o trabalho de responder o comentário de criança do adolescente ao lado deles.

—Mavi é gente boa, garanto isso pra vocês. Ela é fotógrafa de Marina. — defende a mulher. — estamos combinando tudo ainda.

Após mais alguns segundos em silêncio os outros três jogadores trocam alguns olhares e finalmente... soltaram um sorriso.

—caralho, eu vou ser tio. — Scarpa puxou Veiga para um abraço e ambos soltaram um sorriso.

—eu não sou mais a criança do grupo. — Endrick se enfia no abraço também

—cala a boca, você é sim. — Richard manda. — mini Veiga vai ser bebê do grupo, você continua no seu posto de criança. — fala nos fazendo rir mais.

Agora o Palmeiras não perdoava ninguém, eles tinham encontrado seu amuleto da sorte.


☀️🇧🇷☀️

Veiga entrou no carro após o treino de hoje e a primeira coisa que fez foi pegar o celular para ligar pra Maria Vitória. Após algumas chamadas a mulher atendeu.

—alô — a voz dela soou do outro lado da linha, e Veiga conseguiu escutar várias pessoas falando atrás.

—oi, Mavi. — Veiga enfiou a chave no carro e o motor fez barulho. — está ocupada?

—não não. — ela respondeu rápido. — estou na casa da minha mãe. Precisa de algo?

—queria saber se você podia sair pra algum lugar. E conversarmos um pouco mais, mas você está com sua família... — Mavi logo o interrompeu sem nem pensar duas vezes.

—quer saber? Vamos! Por favor. — Maria Vitória pediu rápido e os gritos atrás ficaram cada vez mais fácil de Veiga escutar.

—está tudo bem? — Veiga perguntou começando a dirigir. — me manda o endereço e eu te busco.

—tá bom. — Mavi tirou o celular do ouvido e digitou rapidinho o endereço no contato de Raphael, que logo recebeu. — estou bem sim, só preciso de um... MATHEUS, CALA A BOCA. — Veiga tirou o celular do ouvido quando se assustou com o grito da mulher. — venha logo.

Raphael desligou o celular e dirigiu em direção ao endereço que Maria havia mandado.

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