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CAPÍTULO DOIS:
Copacabana e suas maravilhas

18 de fevereiro de 2023

AS ONDAS DO MAR ESTOURAVAM fazendo um barulho alto, o sol queimava as costas de quem caminhava pelas ruas e os pés na areia quente e branca. Verão é realmente a melhor época do ano, o bronze, os chinelos havaianas brancos e as camisetas de time.

Mavi entrava na beira da praia com os chinelos já nas mãos e a câmera presa no pescoço. Marina não parava de falar um minuto sobre como queria as fotos no mar e na areia, as posições, os ângulos. E Maria só analisava a praia ao seu redor, largou o chinelo na areia e sua mochila com os equipamentos de iluminação, logo começou a arrumar a câmera enquanto usava um boné por causa do Sol forte. Mavi usava um short branco jeans e curto e um biquíni por baixa do camisa do Palmeiras verde e larga que ela roubou de seu irmão mais velho, Matheus. O cabelo no ombro e a franja curta suando na testa, os lábios carnudos e os cílios extremamente longos que realçavam os olhos castanhos.

—ouviu, Mavi? — Marina perguntou, ela gostava de Marina pois ela era simples, não era aquelas modelos chatas e neuróticas procurando sempre pela perfeição. Além de ser divertida e as duas se darem super bem.

—aham, claro. — ela não ouviu nada, estava focada em programar sua câmera.

Marina era ruiva com um longo cabelo e super alta, bem diferente de Mavi. Suas sardas eram ao redor do nariz e apareciam ainda mais quando estava no sol, o corpo cumprido ficava lindo no biquíni rosa que ela usava.

—certo, to pronta. — avisou se sentando na areia enquanto Marina encontrava a posição perfeita em frente ao mar.

O biquíni cavado rosa. O cabelo molhado escorrendo água era o que mais chamava atenção em todas as fotos que estavam sendo tiradas, as sobrancelhas espessas sobressaiam emolduradas, o sol brilhava deixando os olhos dela castanhos 10 vezes mais claro. E claro, a famosa cintura, extremamente fina e sem nenhuma tatuagem desenhada pelo seu corpo.
Em algumas das fotos tiradas, Marina segurava uma prancha de surf branca e amarela e um pouco suja de areia, de um metro e noventa de comprimento que tapava sua bunda.

—caralho, Mavi. — Marina estende a mão pedindo um high-five após as ver as fotos tiradas. — você se superou. — se sentaram lado a lado na areia enquanto analisavam as fotos.

—a minha favorita foi essa. — mostrou. O cabelo escorrendo e o biquíni um pouco molhado. Ela não segurava uma prancha nessa foto, mostrando o corpo inteiro. O oceano não podia estar mais azul e um pouco de vento balançava as árvores. O sol ocupava o seu lugar de meio-dia no céu. As gaivotas guinchavam atrás conforme desciam e subiam sobre o mar.

—você tem bom gosto, garota. — elogia. — tem quantos anos mesmo?

—25. — responde levantando a cabeça para encara-la. — por que?

—eu iria chutar 12. — Marina falou rindo. Mavi tinha um sorriso e uma carinha de criança. — nasceu em São Paulo mesmo?

—sim, mas eu gosto de lá.

—você tem uma carinha de Ipanema. — falou.

—mentindo para mim logo cedo? — Mavi fechou os olhos quando teve que levantar a cabeça para encarar Marina e o sol praticamente a cegou.

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