hotel :: Raphael Veiga

14.

CAPÍTULO QUATORZE:
"jantar e questionamentos"

20 de maio de 2023

Raphael Veiga desceu as escadas da casa de Maria Vitória enquanto deixou a grávida conversando com a meia irmã sobre o suposto primeiro beijo de Júlia. Ele tinha um sorriso enorme no rosto, o jogador estava acostumado com uma família pequena e calma e não esse agito todo que ele presenciou em poucos minutos na casa que estava.

—vocês precisam de ajuda em alguma coisa? — perguntou indo até a cozinha e sentindo o cheiro delicioso de comida. Toda comida de mãe é boa, e isso é tipo uma regra das famílias brasileiras.

—não precisa, querido. Obrigada. — Dona Tereza falou sutilmente e ele sorriu.

—como está a pequenina? Com as consultas? — Foi o padrasto André quem perguntou enquanto botava uma panela de ferro bem grande no centro da mesa. Veiga demorou um pouco para entender que a pequenina era Maria Vitória e se lembrou das outras vezes que ouviu sua família a chamar assim.

—ela está bem, fez alguns exames antes de viajar com Bianca. — explicou calmo.

—Bianca está sempre junto, não é? — João perguntou e Raphael assentiu.

—se acostume com isso. — Luca falou tomando mais um gole de sua cerveja. — sempre foi assim.

—e nunca vai mudar. — Matheus adicionou.

—eu gosto de Bianca. — esclareceu Raphael, todos gostam de Bianca, ela praticamente cresceu ali com todos os irmãos.

—você foi nas consultas? — Cecília perguntou aparecendo atrás deles e entrando na sala de jantar.

—ainda não, é difícil encaixar horário. — Veiga estava com medo que alguém da família dela o julgasse ou achasse que ele não seria um bom pai, o suficiente para criar um filho com a pequenina deles. Mas nenhum deles esboçou alguma reação ruim ao jogador até agora, pelo contrario, pareciam apoiar até demais. — ela me disse que queria levar você numa consulta, Dona Tereza.

A mãe da garota abriu um sorriso de orelha a orelha. Igual o de Mavi. É sempre emocionante quando seu bebê tem um bebê e Maria seria provavelmente a primeira a dar essa oportunidade a sua mãe.

—mas espere ela te chamar antes de falar algo. — o camisa 23 pediu já que não era o lugar dele de pedir isso e sim de Mavi.

—pode deixar. — a senhora esclareceu.

Raphael analisou a casa ao redor pela primeira vez, é simples, porém não poderia ser mais aconchegante. A lareira estava acessa e é exatamente o tipo de casa de família grande, tem vários porta retratos e ao lado da porta de entrada, em cima do cabide de casacos, tem uma bandeira do Palmeiras presa na parede junto com aquela mesma foto que Veiga viu no antigo quarto de Maria. A foto dos quatro irmãos e seu pai.

—adorei a bandeira. — comentou sorrindo.

—assina ela. — Joao fala animado. — quer dizer, você pode assinar minha camis...

—que garoto mais chato. — a voz grossa de Júlia ecoou no cômodo e todos viraram o olhar para a gêmea e a grávida descendo as escadas.

—posso assinar sim. — Raphael concordou.

—deixa isso para depois, John. — Matheus pediu e o garotinho concordou.

Os gêmeos sempre viram Mavi, Matheus e Luca como uma inspiração. Ambos amam aqueles três como se fossem irmãos de sangue. Assim como Júlia pede dicas de roupas, maquiagens e ajuda com garotos para Maria... João também pede para Matheus e Luca. E as vezes o contrário também acontece, como João recorrer a Vitória e Júlia a os dois homens mais velhos. E eles amavam isso.

—comida está pronta. — Dona Tereza avisou e todos se sentaram na mesa, cada um sempre teve o seu lugar registrado na mesa de jantar desde sempre. Então apenas restou para Veiga uma cadeira entre Júlia e Mavi.

—pequenina, como está meu afilhado ou afilhada? — Luca perguntou.

—está bem. — falou sendo a primeira a se servir. — mãe, quero que você vá na próxima consulta comigo. — declarou olhando para Dona Tereza.

—claro, meu amor. Só me avisar quando. — a mulher falou e depois se virou para Veiga e abriu um sorriso de lado. Os dois já estavam se entendendo.

—já dá pra saber o sexo? — Julia perguntou.

—na próxima consulta sim, mas eu queria descobrir junto com todo mundo sabe. — Maria explicou e Raphael sorriu. Ele adoraria fazer um chá revelação entre os mais próximos, o jogador sempre sonhou em ser pai e fazer todas essas tradições de bebês.

—meu deus. — Cecília largou os talheres na mesa, fazendo um barulho alto. — vamos fazer um chá revelação, eu quero organizar tudo. Vai ser um amor. — falou animada. A mulher é organizadora de eventos e isso sempre facilitou muito os aniversários dessa família.

—caralho, gênia, Ceci. — Marheus se esticou na mesa para fazer um high five com sua cunhada.

—gente, pensei muito agora. — João interrompeu todos. — se for menina é branco e se for menino verde. E o tema vai ser Palmeira.

—boa, muleque. — Luca deu dois tapas nas costas do seu meio irmão e isso quase fez o garoto engasgar.

—calma gente. — Mavi riu dando mais uma mordida em sua comida.

—que calma, Mavi. — André fala. — agora até eu me animei.

—Veiga, você topa? — E todos os olhares daquela família foi parar no jogador. Nem se ele quisesse ele poderia falar não com toda aquela pressão em cima dele.

—mas é claro, bora. — o jogador respondeu fazendo Dona Tereza bater palmas animadas e Cecília abraçar o marido.

—to começando a gostar de ti, garoto. — Matheus fala e Veiga respira aliviado. É impossível odiar essa família.

Maria Vitória não falou nada, apenas seguiu com um sorriso no rosto enquanto aproveitava a comida maravilhosa de sua mãe. É... pelo jeito vamos ter um chá revelação na família.

[...]

Capítulo curtinho, mas especial gente! Quero largar mais uns 2 essa semana para recompensar.
Feliz ano novo, meus amores. que 2024 seja um ano melhor por favorrrrrr

Outra coisa bem importante, se vocês gostam do Gabigol deem uma olhada na nova fic que eu lancei dele, estou bem focada em Hotel e Eternity agora nas férias que eu tenho mais tempo. kisses