I need to be saved - luotto

É... o próximo pode ser em você

Uma semana se passa, Marcelo estava cada vez mais revoltado com a situação da Luísa morar na casa do Otto. O clima na mansão estava cada vez melhor.

Depois de Otto terminar de levar Poliana na escola e voltar pra casa, vê Luísa concentrada no notebook em sua frente.

– Luísa? Você ainda não foi? Precisa de carona? – Pergunta adentrando a sala

– Me deixaram trabalhar de casa hoje. Está muito tumultuada a empresa. – Responde sem se desconcentrar

– Tá certo.

Otto se senta junto a Luísa na mesma e faz o mesmo que a mulher, trabalha.

Depois de um tempo, Otto se desconcentra e percebe a boca de Luísa seca. Ele se levanta e vai até a cozinha, toma água e pega um copo e o enche para Luísa.

Ele sai da cozinha e leva até ela, deixa do seu lado e Luísa nem percebe. Otto volta a se sentar. Luísa acaba tomando a água sem nem perceber que não estava ali antes.

Depois de um curto espaço de tempo, Luísa desliga o notebook e suspira fortemente, fazendo Otto se desconcentrar e olhar pra mesma.

– Tudo bem aí? – Pergunta receoso

– Tudo, só muito trabalho, mas já terminei quase tudo. – Luísa se levanta. – Eu vou lá na padaria, preciso falar com meu irmão.

– Ah, eu precisava levar o Bob pra passear, será que eu posso te acompanhar? – Pergunta receoso

– ach... acho... sim, sim, pode. – Afirma com vergonha de negar o pedido por mais que quisesse

Otto se levanta e coloca a carteira no bolso, pega a coleira e coloca no Bob. Eles saem da casa e começam a andar pela vizinhança. Estava um dia ensolarado, com ventania, um clima agradável e muitas árvores já amadurecidas, era primavera.

– O dia tá lindo hoje. – Comenta Luísa espontânea

– Está mesmo, Luísa.

Eles voltam a andar, até que Otto percebe que estava apenas com Bob. O homem se vira pra trás e vê Luísa apreciando um artista de rua pintando uma tela. Ele se aproxima e percebe o olhar de nostálgico da mulher, um sorriso solto tomava conta da expressão da mulher. Otto olha para Luísa e não pode deixar de sentir paz.

– Saudades?

– Saudades... – Luísa suspira e volta o olhar pra Otto

– Quando foi que você parou? E por que? – Pergunta colocando as mãos dentro do bolso

– No roubo dos quadros... percebi que não deveria investir, é só bobagem. Aliás, que posição a classe artística tem no Brasil? – Pergunta irônica

Otto engole seco e volta o olhar pra Luísa após ter o desviado.

– É difícil mesmo. – Comenta Otto

– Está tudo bem. Vamos? – Sugere Luísa

Eles seguem até a padaria e Otto acaba ficando e se sentando em uma mesa com Luísa por insistência de Durval.

Após Luísa pedir un suco, Otto pede um café e Vinícius sai da mesa, deixando-os sozinhos.

Otto estava tirando um nó no pelo do Bob enquanto Luísa ficava concentrada no seu celular.

Depois que Luísa já tinha tomado seu suco, sai da mesa e vai conversar com Durval.

– Já podemos ir? – Diz Luísa se sentando novamente a mesa

– Podemos sim. – Afirma Otto se levantando

Marcelo que acaba de adentrar a padaria e percebe sua noiva com o Otto em uma mesa do lado de fora. Ele vai até eles.