Capítulo 1 - Nightmare.

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— Papai

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— Papai... conta de novo aquela história, por favor, por favoooor. — Juntando as mãos abaixo do queixo, Jas me envia aquele olharzinho pidão que me amolecia.

Abro um sorrisinho, até parece que sou capaz de dizer não a uma criança tão fofa como ele.

— Hmm... — Resmungo pensativo ao levantá-lo do chão. Seus braços cercam meus ombros pelo instante em que me curvo para pôr seu corpo já grandinho na cama, então, o aconchego devidamente sobre os lençóis.

— Papai, por favor. Eu prometo que vou dormir logo depois.

— Você sempre quer mais história quando acabo de contar alguma.

— Mas essa é especial, não é? Você disse que era. Então eu prometo que vou obedecer e ir dormir depois.

— Certo, certo. — Finjo um falso suspiro vencido, mas acabo rindo quando ele ergue o corpo para se sentar próximo a cabeceira. — A sua mãe pediu que eu não contasse histórias de terror para você...

— Bem, a mamãe não está aqui.

— Jas! Não pode esconder coisas da mamãe, ouviu? O melhor que pode fazer é tentar convencê-la que você já é um garoto crescido e corajoso, assim poderá escutar histórias de terror a vontade.

— Tá bom, papai. — Ele resmunga com desânimo, parecendo querer esquecer aquilo. — Agora me conta a história.

Dou um risinho, aproximando meus dedos de sua barriga para fazê-lo cócegas.

— Você está muito espertinho para meu gosto. Onde anda aprendendo isso, hein? É na casa da sua mãe? Com aquela turma do seu bairro? Hm? — Ele não se contém de rir, afastando minhas mãos e se remexendo quando não consegue tirá-las.

— Para pai! — Ri. — A minha mãe diz a mesma coisa. Que ando aprendendo besteiras com você.

— O quê? — Abro a boca chocado, parando com as cócegas à medida que ele ri apenas da minha expressão. — Ora... o que te ensino é importante... e também é muito relevante.

— É claro. — Ironiza. — Ontem você me disse que eu podia comer pasta de amendoim com sorvete antes do jantar, que não faz diferença a sobremesa vir primeiro.

— Ei, isso é verdade. No estômago vai dar no mesmo.

— Mamãe nunca me deixaria fazer isso.

— Bem... acho que esse é um ótimo momento para que eu comece a contar a história. — Jas ri baixinho e me observa puxar a cadeira de sua escrivaninha, onde ele normalmente usa para fazer seus desenhos, enquanto ponho os meus óculos de descanso.

— Para que os óculos, pai? Sei que você sabe tudinho de cabeça!

— Ora, preciso do estilo. Sempre fui muito estiloso.

NIGHTMARE • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora