Capítulo 3 - Rave Sangrenta.

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— Mas pai

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— Mas pai... você não viu o Niffler chegando?

— Ah, não, não. Essas pestinhas são rápidas e conseguem avistar um brilhante de longe!

— O que o Jimin fez? Ele deve ter te achado um panacão, não é?

— É... — Ri de sua fala. — Deve ter sim, mas ele me ajudou. O Jimin foi crucial na nossa busca.

— Ele disse que fez a maior parte. Disse que você só chorava.

— Pera lá, quando você andou perguntando isso para ele? Sou eu que conto as histórias aqui!

— Deixa quieto, papai. Me conte mais sobre a Rave Sangrenta.

***

A Rave Sangrenta era literalmente uma rave, mas não era tão sangrenta assim — no sentido literal. Na verdade, estava cheia de monstrengos saltitantes, animados e loucos. A maioria usando fantasias cobertas pelo que parecia sangue falso, ou ao menos era o que eu, para manter minha saúde mental em dia, pensava ser.

O lugar estava completamente lotado mesmo que fosse longe da Cage, localizada onde deveria ser a cidade daquele Mundo. Aqui, era uma espécie de galpão afastado do centro urbano e que exibia um som extremamente alto e pouco revigorante. Bem, talvez fosse pouco revigorante só para mim que estava me cagando de medo e preocupação.

No meio daqueles corpos cada vez mais estranhos, me segurei no braço de Jimin que abria espaço para percorrer a multidão dançante. Esbarrei em alguns, pisei nos pés de outros, pedi até desculpas, mas eles pareciam acostumados com a salubridade do lugar.

Por incrível que pareça estava calor ali e não era só eu que suava como um porco assado porque em minha frente estava a nuca de Jimin e ela parecia tomar uma cor mais rosada, ou alaranjada, de sua pele peculiar. As gotículas de suor acampadas acabavam descendo à medida que caminhávamos e nos embrenhávamos no que parecia ser mesmo uma selva.

Mais próximo do DJ, que era um bicho de tamanho médio, gordinho, estiloso e elétrico, a quantidade de corpos aumentou e fiquei insistentemente colado nas costas do meu guia.

Em um empurrão da multidão que pulava, meu braço se soltou do seu e Jimin parou imediatamente para me puxar com uma de suas mãos. Entrelaçamos nossos dedos, só para que ficasse mais difícil de nos perder um do outro e andamos até a lateral do galpão, ainda próximo do palco e do DJ.

— Hey! — Ele gritou no meu ouvido. — Está muito cheio então eu vou tentar subir em algum lugar alto para ter uma visão mais ampla, ok?

Assenti. Mas quando Jimin tentou soltar seus dedos dos meus eu o segurei. Não fiz de propósito, muito menos tive a intenção, só fiquei muito nervoso e amedrontado com a ideia de ficar sozinho.

— O que foi?

— É q-que... eu... para onde você vai?

— Tentar subir no palco, acho. Deve ser o único jeito de tentar encontrá-lo.

NIGHTMARE • JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora