De Volta Aos 15 (Fanfiction)

"O que é que está acontecendo?"

Por um momento, perdi Anita de vista na escola, então tomei a decisão de ir até a casa dela. Toquei a campainha e fui recebida pela mãe de Anita, que me cumprimentou calorosamente.

"Oi! Sou amiga da Anita, Isabella. Estou aqui para fazer um trabalho de grupo. Sou nova aqui em Imperatriz!" expliquei, tentando parecer confiante e amigável.

"Oi, Isabella, sou a Vânia. Prazer em conhecê-la! Pode entrar," ela disse com um sorriso caloroso.

"O prazer é todo meu! Obrigada," respondi, me sentindo acolhida.

"Suba, ela deve estar no quarto, é o primeiro à direita!" sugeriu Vania.

Agradeci e segui as instruções, subindo até o quarto de Anita. Ao entrar, me deparei com uma cena completamente surreal. Anita estava diante de um computador, mas algo estava errado. Era como se o quarto tivesse mudado, e Anita... ela estava mais velha. Era Anita, mas de alguma forma, ela parecia mais velha do que na escola. A confusão tomou conta de mim.

"O que é que acabou de acontecer?" eu perguntei, atordoada.

Anita se virou para mim com uma expressão perplexa. "Quem é você?" ela perguntou, demonstrando surpresa.

"Sou eu! A Isabella... e o que diabos está acontecendo?" questionei, incapaz de entender a situação.

"Não era suposto isso ter acontecido..." Anita murmurou, mais para si mesma do que para mim. "Estamos no futuro, ou, no presente, no caso?".

Minha mente estava lutando para compreender a realidade.

"O quê? Como assim? Ok, isso é um sonho, né..." fiz uma pausa e acrescentei com insegurança, "provavelmente." A sensação de que estava vivendo um episódio surreal de alguma série de ficção científica começou a tomar conta de mim, e eu me perguntei como havíamos chegado a esse ponto.

Anita me olhou com uma expressão séria. "Basicamente, estamos com 30 anos agora. Estamos no futuro, ou, no presente, no caso. Isso aconteceu por causa do Floguinho. Quando eu faço um post lá, eu volto para o presente, no caso, o futuro. E quando faço um post no futuro, eu volto para o passado... Entendeu?"

Eu estava boquiaberta, tentando assimilar o que ela estava dizendo. O Floguinho, algo que até então eu considerava apenas uma plataforma social, estava aparentemente desencadeando viagens no tempo.

"Isso é loucura!" eu finalmente consegui expressar, minha mente girando com a estranheza da situação.

Anita suspirou, parecendo um pouco sobrecarregada com a situação. "Eu sei, Isabella. É complicado. Mas, acho que agora estamos aqui, então temos que descobrir o que aconteceu entretanto."

A ideia de estar presa em uma linha do tempo caótica era inquietante, mas eu sabia que precisávamos encontrar uma solução.

"Porque você quis voltar para o futuro?" perguntei a Anita, ainda tentando compreender a situação.

"Para tentar resolver as minhas coisas com a Carol, ou para tentar voltar para o passado e impedir que esse acidente aconteça, mas isso é impossível..." Anita explicou, a frustração evidente em sua voz.

Fomos interrompidas por um ruído, e a porta do apartamento se abriu. Duas pessoas entraram, uma delas eu reconheci como Henrique, mas a outra estava um pouco menos clara para mim.

"Henrique! Camila! Oi!" Anita exclamou, parecendo surpresa com a chegada deles.

Eu assisti enquanto Anita e Camila se cumprimentavam, e em seguida, eu liguei Camila a César.

"O que vocês estão fazendo aqui?" perguntei, ainda tentando entender a situação.

"Amiga..." Camila começou, sua expressão séria. "Você esqueceu? Aliás, o que você está fazendo aqui?... Você precisa se preparar!"

"E Anita? Meu Deus, o que você está fazendo aqui? Está quase começando o teu casamento Amiga!" Camila continua.

"Casamento?" Anita pergunta assustada.

"Preparar...?" minha confusão crescia.

"Meu Deus, que amnésia é esta?" Henrique interveio, incrédulo com minha falta de memória.

A situação estava se tornando cada vez mais complexa.

"O casamento da Anita e do Joel. Eu vou tocar, e você ia dançar," Henrique explicou, tentando me refrescar a memória.

Saímos do apartamento e nos dirigimos ao local do casamento. Camila conduziu Anita para uma sala, deixando Henrique e eu do lado de fora.

"Oi, minha bailarina favorita!" outra pessoa, provavelmente Fabrício, se aproximou e me deu um beijo. Eu me afastei um pouco, me sentindo desconfortável. "Pronta para ser a melhor coisa deste casamento?"

"Ah... Eu preciso ir, com licença," eu respondi, sentindo a necessidade de me afastar da situação.

Voltei para perto de Anita e Camila. "Camila, preciso falar com a Anita a sós, você poderia nos deixar um pouco? É sobre a dança!"

"Claro! Eu volto já," Camila concordou e se afastou.

Assim que ficamos sozinhas, minha urgência tomou conta de mim. "Anita, precisamos sair daqui! Agora!" eu disse, buscando desesperadamente uma solução.

Anita concordou, e começamos a vasculhar a sala em busca de um meio de retornar ao nosso tempo. Encontramos um computador portátil e o ligamos. Por sorte, o computador estava desbloqueado, então acessamos a internet e pesquisamos sobre o Floguinho. Anita fez login em sua conta e postou outra foto aleatória que havíamos tirado naquele momento, uma imagem de algumas flores próximas. E então, mais uma vez, tudo mudou. Voltamos para o passado, mergulhando em um turbilhão de acontecimentos temporais.

Quando a névoa do tempo se dissipou, encontramo-nos novamente em um cenário familiar. Estávamos de volta ao presente, onde tudo tinha começado, e o alívio tomou conta de nós.

Anita olhou para mim com um sorriso de triunfo. "Conseguimos, Isabella! Voltamos!"

Eu me senti grata e aliviada por estarmos de volta, mas havia uma mistura de emoções. Tínhamos experimentado um salto no tempo, algo que parecia impossível. E agora, estávamos de volta ao presente, com a memória de tudo o que vivemos.

"Isso foi...incrível e assustador ao mesmo tempo," eu disse, ainda tentando processar tudo o que aconteceu.

Anita concordou. "Definitivamente. Acho que é hora de nos concentrarmos em resolver as coisas com a Carol e garantir que nada de ruim aconteça no futuro."

Concordamos em manter nossas experiências no Floguinho em segredo e, em seguida, nos dirigimos para enfrentar o que o nosso presente ou passado nos reservava.

Procuramos pela Carol pela cidade e finalmente a encontramos na igreja, onde Henrique estava tocando guitarra acústica. Carol percebeu a aproximação de Anita, enquanto eu optei por me sentar ao lado de Henrique, observando e aguardando que elas resolvessem seus assuntos.

Assisti à conversa entre Anita e Carol de uma distância respeitosa, enquanto Henrique continuava a tocar sua guitarra acústica suavemente. Era um momento de reconciliação, e ficou claro que as duas amigas estavam trabalhando para superar os desentendimentos.

Depois de um tempo, Carol e Anita compartilharam abraços e sorrisos, selando sua amizade mais uma vez.