Always You - Dimaury

A gente se perdeu e não se encontrou mais...

 
NOTAS DA ESCRITORA:

Oieee gente!!! Estou de volta com mais um capítulo. Espero que gostem, daqui para frente será um pouco triste, mas prometo que depois às coisas irão melhorar!

Por favor, comentem o que estão achando, eu amo ler os comentários e também preciso saber se estão gostando para eu ter motivação de continuar.

Boa leitura<33

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AMAURY P.O.V 

Era uma manhã de segunda-feira e eu ouço o meu despertador tocar, levando minha mão até o mesmo, desligando o som que ecoava pelo quarto, não importa o quão descansado eu estivesse, som de despertador sempre será irritante. Me sento na cama, esticando meus músculos e não evito de olhar para o lado vazio da minha cama, era quase como um ritual toda manhã. Suspiro, indo até a janela do meu quarto, abrindo as cortinas, podendo ver os raios de sol iluminarem o ambiente e meu rosto. Vou até o banheiro, escovo meus dentes, tomo um banho bem quente, sentindo a água bater sob meus músculos. Minha vida estava entrando no eixo, mas sempre tem aquele vazio, aquela sensação de que falta algo, talvez porque realmente faltava, mas não me dou o luxo ao pensar nisso, o que passou, passou, estou vivendo meu presente e meu futuro e pretendo continuar assim. Desligo o chuveiro, secando meu cabelo e enrolo a toalha em minha cintura, parando em frente ao espelho. Tateio minhas mãos por toda pia, sem sucesso, atrás da minha navalha de fazer barba, começando a abrir todas as gavetas daquele banheiro, sem sucesso. Não estava no meu maior dia de paciência então apenas troco de roupa, colocando uma regata branca e uma bermuda mais confortável, hoje era dia de faxinar a casa. Já comecei arrumando a cama, organizando meu guarda-roupa continuando cada processo por toda casa, eu era perfeccionista e queria que tudo ficasse do meu jeitinho. O ensaio do teatro para minha peça "A Luta" era só a noite, então precisava manter minha cabeça ocupada durante essa folga da manhã. Estava passando aspirador de por no último cômodo quando ouço meu celular tocar, rodando a casa toda atrás dele. Assim que eu encontro, vejo ser uma ligação desconhecida. Encaro a tela do aparelho, pensando se valia a pena atender ou não. Poderia ser algum bandido clonando meu número e chip, poderia ser um admirador secreto ou poderia ser só alguém tentando falar comigo. Atendo, ouvindo uma voz máscula ecoar do outro lado da tela no meu ouvido. 

"Amaury Lorenzo?" - a voz me pergunta. Então era alguém que me conhecia 

"Sou eu mesmo, quem fala?" - pergunto, franzindo a testa estranhando. 

"Bom dia meu caro, tudo bem? Eu sou o diretor de elenco da novela Terra e Paixão, na qual você enviou um material muito interessante para o personagem do Ramiro Neves. Gostamos muito da sua audição e queríamos dizer que você foi escalado para fazer o personagem e também entramos em contato para perguntar se você não consegue vir até o Projac hoje, para fazer uma leitura em conjunto e fazer o teste de química com o seu par romântico, precisamos avaliar os dois juntos para termos certeza da nossa decisão. - meu coração já estava saindo pela boca só de ouvir ele falar que era o diretor de elenco da novela na qual eu mandei uma audição. Confesso que não estava dando nada, mas sinto meu coração pular de alegria, sempre foi meu maior sonho poder atuar em uma novela grande, ainda mais na globo. 

"Claro, será um prazer imenso. Vou tomar um banho e chego aí em alguns minutos" - digo tentando não parecer nervoso quando na verdade todos os músculos do meu corpo estavam tensionados, até mesmos músculos que eu não sabia que existia. 

"Estamos no aguardo, uma boa manhã." - antes que eu pudesse responder, a minha já havia caído. 

Largo tudo que estava em minha mão e corro para o banheiro tomar outro banho. Arrumo meu cabelo, visto uma cueca box branca, uma calça jeans clara, um suéter cor de terra, meu relógio, um tênis mais sofisticado e perfume, muito perfume, não sei qual diferença faria o perfume, não estava indo para um almoço romântico ou algo do tipo, mas precisava estar apresentável. Chamo um Uber pelo aplicativo e desço, já ouvindo a notificação de que havia chegado. Rio de Janeiro toda passava como vulto pela janela do carro, era uma cidade magnífica, tenho várias memórias boas, mas não me permito pensar nelas, pois uma hora chegaria ao D… paraliso e espanto qualquer pensamento sobre ele e o nome dele da minha cabeça, precisava estar bem para conseguir esse papel e conhecer meu o par romântico. Consigo avistar o Projac indicando que eu havia chegado, descendo do carro, agradecendo o motorista e adentrando ao local.