Is It too much to ask?

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NOTAS DA ESCRITORA

Oieee gente!!! Estou de volta com mais um capítulo. Espero que gostem, novamente volto a dizer que daqui para frente será um pouco triste, irei mostrar flashbacks e a tristeza é necessária para a história mas prometo que depois às coisas irão melhorar! Vai demorar um pouquinho, mas vai melhorar!

Se estão gostando, por favorzinho, divulguem a fic (espero que não chegue nos dimaury) mas divulguem para os amiguinhos!!

Os capítulos estão "pequenos" mas os próximos serão maiores eu prometo!!

Volto a dizer, por favor, comentem o que estão achando, eu amo ler os comentários e também preciso saber se estão gostando para eu ter motivação de continuar.

Boa leitura <33

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DIEGO P.O.V

Não conseguia focar em mais nada, Amaury estava ali depois de 1 ano e eu não sabia o que fazer, ou como agir, o que é estranho, a gente costumava saber de tudo e hoje não sabemos mais de nada, a gente costumava a dividir tudo e hoje o que está dividido é a casa em que morávamos que Amaury quis deixar pra mim, pagando só a parte dele. O que está dividido é um divórcio doloroso, deixando pra trás toda nossa história. Mais flashes passam pela minha cabeça, dessa vez me lembro da expressão no rosto de Amaury quando eu sugeri o divórcio, o quanto ele estava quebrado e o quanto aquilo me quebrou, mas não podia deixar chegar ao extremo, ao ponto de nos odiarmos, a gente passou por coisas lindas e mágicas demais para tudo ser acabado por um sentimento destrutivo.

Consigo afastar os pensamentos à medida que eu ia ouvindo o diretor falar de fundo. O clima estava muito esquisito, estranho, pesado, e eu sabia que Amaury não ia falar nada, não nessa situação, ele tinha dificuldade de lidar com conflitos, então, eu decido quebrar o gelo, da pior maneira possível.

"Quanto tempo né." - eu digo e me arrependo logo em seguida, inferno, que situação horrorosa. Só consigo observar a expressão nele e seu comportamento. Frio. Muito frio. O suficiente pra congelar meus ossos se fosse preciso. Seus olhos eram frios, seu corpo estava enrijecido, as palavras eram ríspidas, eu conseguia ler cada parte dele, mesmo depois de 1 ano sem olhar pra ele. E aquilo acabou mais comigo. Amaury sempre foi a pessoa mais amorosa do mundo, ver ele desse jeito é como uma tortura.

A maneira como ele me respondeu doeu, doeu muito, mas não doeu mais do que doeu sua próxima resposta.

"Você sabe de quem é culpa da gente não ter se encontrado mais" - aquilo foi como uma facada, e eu não podia reclamar, a culpa era minha.


Passamos pelo teste de química, foi terrível ter que agir daquele jeito, foi terrível de ver tudo o que nos tornamos. Vejo Amaury se afastar e decido ir atrás, apressando meu passo para tentar alcançá-lo, já que um passo dele eram três meu. Consigo ver que ele percebeu e antes que eu pudesse falar algo, ele se virou e parou na minha frente, me fazendo ficar cara a cara com ele. Novamente, analiso seu rosto, suas expressões. O cansaço era visível, mas ele ainda tinha um brilho, acho que isso nunca vai se apagar, independente do que aconteça, ele tem esse dom de brilhar mesmo estando o mais machucado possível. Ele estava mais lindo do nunca, a barba bem maior, o cabelo também. Os músculos cresceram muito mais, o corpo escultural como sempre foi. Me doía pensar que tudo aquilo poderia ter passado pelas mãos de outro pessoa, tudo nesse momento me doía, mas eu precisava me manter firme, não podia desmoronar, não na frente dele. Ele me olha, finalmente, e solta um simples "o que foi", demostrando a frieza.

"Você tá diferente." - eu digo, mesmo sabendo que ele não ia se abrir comigo ou querer algum papo que não fosse profissional, mas eu sinto que precisamos de uma conversa, nem que fosse uma última conversa.

"Meu número é o mesmo, se quiser conversar, me liga, prefiro encarar isso de forma virtual do que cara a cara." - essa resposta foi um grande tapa na minha cara. Vejo ele se virar pra sair e seguro seu braço, podendo sentir perfeitamente seus músculos do bíceps enrijecido, sentindo meu corpo arrepiar.

"Em que momento a gente se perdeu assim?..." - vejo ele só me olhar e se afastar. Meus olhos instantaneamente começam a lacrimejar. Merda. Eu realmente perdi o amor da minha vida…

Eu nunca tinha me permitido sentir depois que me divorciei de Amaury. Sentir o peso do que estávamos abrindo mão, sentir a sua ausência. Sentir como tudo era tão sem graça sem ele. Eu vivia em um ciclo eterno de sempre me ocupar com um milhão de coisas ao mesmo só pra não conseguir sentir nada, porque eu não ia conseguir lidar. Não ia conseguir lidar com todo o amor e a ausência sem quebrar em milhões de pedacinhos. Então eu bloqueei tudo, por todo esse tempo eu consegui "seguir" minha vida sem pensar muito, mas esse encontro com ele foi o aval para eu desbloquear tudo e sentir os piores sentimentos da minha vida. Eu não havia me separado do meu marido, meu amor, mas também do meu melhor amigo, e acho que pior do que perder um grande amor, é perder uma grande amizade. Ver ele daquele jeito simplesmente acabou comigo, porque, novamente, o Amaury sempre foi uma pessoa alegre, fofo, amoroso, carinhoso, aberto e ele estava todos os opostos. Frio, fechado, estranho, triste. Fico pensando em como o amor é. Quando a gente está imerso à ele, tudo é incrível, mas quando você chega na superfície, se afasta dele, é a pior dor do mundo. Amar dói, não sabia que doía tanto, mas dói. Perder ele dói, muito, de maneiras que eu nem sei expressar. Agora eu entendo e me arrependo pra caralho.

AMAURY P.O.V

Vou embora do projac completamente acabado. Nem meus melhores e piores sonhos iria imaginar reencontrar o Diego do jeito que eu encontrei, ainda mais depois de tudo que aconteceu. Me pergunto se eu vou conseguir lidar? Passei esse tempo todo reprimindo todo e qualquer sentimento sobre essa situação. Eu sentia a falta, era inevitável, mas não eu podia me dar ao luxo de sentir de fato, ou eu ia quebrar. E agora eu quebrei. E não faço ideia de como vou conseguir me recompor.
Me divorciar de Diego mudou muita coisa em mim, eu me fechei, coisa que eu não fazia com ele, mas perder ele foi como perder uma parte de mim, então eu acho que essa parte feliz minha, foi junto com ele e agora, não sei o que fazer pra me reconectar com essa parte de novo. Sei que parece dramático e melancólico demais pensar assim, mas só quem amou de verdade e perdeu esse amor de uma maneira brusca, sabe que isso muda sua perspectiva sobre as coisas. E obviamente porque era recente, talvez passaria. Ou não.

Chego em casa retirando meu tênis, retirando a camisa, jogando em algum canto quando sinto meu celular vibrar no bolso, novamente um número desconhecido. Estranho por um breve momento mas dou de ombros atendendo, sentindo meu mundo cair novamente quando ouço a voz que ecoava do outro lado da linha. Diego.

"Amaury, por favor, me escuta, eu preciso conversar com você." - respiro fundo, muito fundo mesmo.

"Acho que a gente já conversou tudo aquela noite." - dizer aquelas palavras doía demais.

"Me arrependo amargamente daquela maldita noite, por favor, vamos conversar, descobri que preciso te dizer muita coisa." - fecho os olhos sentindo novamente um nó na garganta.

"Eu não sei se quero ouvir essas coisas Diego, eu tô profundamente machucado, e eu não fazia ideia que estava assim." - eu digo.

"Por favor, só mais uma conversa, nem que seja a última, se você não quiser mais me ver eu saio da novela, do Rio de Janeiro, da sua vida. Mas por favor, é pedir muito?" - aperto o celular em minha mão e abro os olhos, suspirando.

"Ok, vamos conversar. Vou te mandar o endereço e você vem. Já tô machucado mesmo, me machucar mais não vai fazer diferença." - digo e consigo ouvir ele soltar um suspiro, quase que como de alívio.

"Chego em 10 minutos. Obrigado, Maury." - ele desligar e eu tento processar. Maury. Que saudades de ouvir ele me chamar assim…

Always You - Dimaury Onde histórias criam vida. Descubra agora