Eu tenho que ir, mas não se preocupe;
Você vai ficar bem por si mesma;
Embora estejamos dando um final para o nosso relacionamento;
Não se sinta mal por mim;
Eu vou conseguir vê-la novamente não importa de que forma;
Me receba alegremente, então.
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- Tankhun? Ah, prazer.
Estendi minha mão em sua direção, ele encarou o gesto, confuso, e finalmente, apertou minha mão, desajeitado.
- Eu não vejo muitos fados, na verdade, você é o primeiro.
Não pude deixar de notar que, Tankhun segurou-se para não revirar seus olhos, provavelmente pela situação de luto, ele apenas balançou a cabeça, fazendo um pouco do pó de seus cabelos caírem. Balançou as mãos e me encarou:
- Bom, na verdade, é raro sim. E o correto é fada, mesmo eu sendo um rapaz.
Assenti com a cabeça, num sinal de que tinha entendido, não deixando de estar curioso quanto à falta das asas em Tankhun.
- Mas, se você é uma fada, onde estão suas asas?
Tankhun cerrou seus dentes, aparentemente irritado, suas sobrancelhas se juntaram numa expressão séria e alguns grãos brilhantes caíram-lhe sobre o nariz, assemelhando a uma criança. Mas além de irritado, parecia estar envergonhado, já que na sua pele branca, as bochechas coradas ficaram visíveis, sua expressão de assemelhava à uma senhora que acabou de levar alguma cantada de algum pervertido.
- Escute, eu estou tentando ser educado nessa dia de pêsames. Perguntar sobre as asas de uma fada é muito indelicado. Eu prefiro mostrar as minhas porque eu não quero, e isso não seria de sua conta! Meus pêsames pela sua mãe, passar bem.
Tankhun me deixou sozinho, virando suas costas. Pelo que já havia estudado sobre fadas, asas são realmente um assunto delicado para elas, para entender melhor, é como se perguntasse a um jovem se ele ainda era virgem. Mas, sinceramente, pensava que Tankhun havia exagerado, sua expressão me dava a impressão de que ele me socaria. Tentei afastar aquele pensamento, e por mais mórbido que parecesse, queria me focar no velório, pois, eu tinha o grande dom de procurar outros assuntos a tratar quando algo me magoava.
Eu não podia deixar de pensar em querer descobrir quem era o assassino de Victória, uma estranha raiva se instalava no meu peito por aquela pessoa, sem nem mesmo conhece-la. Como eu poderia julgar alguém desconhecido? Era inevitável, um vazio tremulava em meu peito, sentia como se, esse assassino, além de matar, roubava, roubou minha mãe de mim.
E quando as lágrimas já queriam cair novamente, eu deixei o saguão, indo até um outro corredor, este, que ficava longe até mesmo de outros salões. Apenas fiquei, meu corpo parado no meio do corredor, não me permitiria chorar. Não de novo, já passara a noite toda derretendo em lágrimas.
Estranhamente, quando ouvi a voz de Vegas, meu corpo relaxou.
Por Vegas:
A morte de Victória com toda a certeza me deixou sem chão, pois, além da rainha ser a única fonte de bondade no governo, ela era mãe de Pete. O gosto ruim e a preocupação que sentia enquanto me arrumava para o funeral era desgastante. Algumas lágrimas de desespero caíram quando soube que Victória havia sido assassinada.
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𝐂𝐮𝐫𝐬𝐞𝐝 - 𝐕𝐞𝐠𝐚𝐬𝐏𝐞𝐭𝐞
FanfictionEm um reino muito distante, havia um povo cheio de fartura, graças ao bom rei, porém no dia do casamento da Majestade, uma feiticeira muito poderosa, invadiu a grande cerimônia e interrompeu a felicidade de todos. Lançando a maldição que, a cada ano...