Number One (Chuuves)

Capítulo Nove

Punce it. Punce it. Punce it. Punce it. Punce it. A batida

ininterrupta da cabine do DJ sangrava pelo chão do clube e vibrava na sola dos sapatos de Jiwoo. A sensação era uma que ela frequentemente gostava e se identificava com os bons tempos de seu passado.

Não está noite.

Suas emoções espiralavam, e a música alta e as luzes em movimento só aumentavam a sensação de descontrole que ela não conseguia se livrar.

Dizer que Jiwoo ficou chocada ao ver Heejin ali nos degraus do National Theater of Korea era um eufemismo. Mas o reencontro também deixou suas emoções em conflito. Por um lado, ela estava nas nuvens por ver Heejin, sentindo falta dela todo esse tempo. Por outro lado, sua vida estava muito diferente ultimamente e ela não sabia como ser a pessoa que era quando saiu de Cheong-Ju. Muita coisa havia mudado, Heejin não notaria isso? E então havia Yves e o momento entre elas no estúdio, que ela ainda não havia processado completamente. Yves a beijou, algo que ela nunca teria previsto pela aversão bem estabelecida de Yves a correr riscos. O beijo em si estava fora dos padrões e ainda a afetava quando visitava a memória. Ela sacudiu a cabeça em advertência, sabendo muito bem que não poderia seguir esse caminho agora. Em vez disso, ela afastou a memória para a examinar mais tarde.

— Então você quer se trocar antes de conhecermos Jungeun? — Heejin perguntou logo depois que Yves as deixou.

Jiwoo olhou para seu jeans, collant e moletom.

— Tenho uma camisa na minha bolsa que posso usar. Mas, ei, eu não sei se posso ir a um monte de clubes hoje à noite, Hekkie. Abrimos em uma semana e esse show é um grande negócio.

— Pensei que você odiasse balé. — Heejin disse quase provocando enquanto ela manuseava o zíper de Jiwoo.

— Sim, bem, não estou dizendo que é meu gênero de dança preferido, mas pode ser realmente lindo. Este balé em particular é...

— Você fica muito fofa quando fica toda sonhadora desse jeito — Heejin disse, claramente não ouvindo. — A abertura parece muito legal, no entanto.

— Sobre isso, eu realmente pensei que você viria na próxima semana para que você pudesse estar lá comigo na noite de estreia.

— Eu sei, mas o momento não deu certo. Estou morrendo de vontade de ver você dançar toda empertigada e adequada, e em breve irei, mas há um armazém que Ryan alugou para o próximo sábado. Você se lembra dele, certo? Da lanchonete? É tipo uma festa de espuma e eu me ofereci para ajudar, trabalhar na porta, e eu não queria cancelar com ele no último minuto.

— Não. Entendi. Festa de espuma.

— Festa de espuma. — Heejin repetiu com ênfase, puxando o moletom de Jiwoo. Bem, como ela poderia esperar competir com isso? Foi quando Jiwoo percebeu quão distantes suas vidas estavam se tornando, mesmo depois de apenas alguns meses. O que isso dizia para o que estava por vir? Como elas deveriam construir um relacionamento se estivessem em dois caminhos completamente separados? — Melhor irmos — disse Heejin —, Jungeun já está neste lugar que ela diz ser apertado. Pessoas gostosas em todos os lugares.

Jiwoo respirou fundo e tomou uma decisão. Ela deveria aproveitar este tempo com Heejin, mas não às custas do trabalho que ela fez.

— Só uma parada, ok? Eu preciso acordar cedo amanhã para o ensaio, e meu corpo já está em chamas.

— Um clube e então saimos.

Exceto que elas não sairiam.

Eles foram ao Splash no distrito de Itaewon onde, fiel à palavra de Jungeun, pessoas bonitas dançavam ao som de uma batida hipnótica. Uma mulher de cabelo verde foi a DJ da cabine alta no canto e, a princípio, Jiwoo se viu relaxando e tentando se divertir. Ela se permitiu dois drinques, dois a mais do que seu novo limite ao trabalhar. Ela e Heejin se beijaram, dançaram e riram. Quando Jiwoo finalmente verificou seu relógio, duas horas haviam se passado.